Os bancos brasileiros são bem avaliados pela agência americana de classificação de risco Fitch Ratings, que mantém perspectiva positiva para as instituições financeiras locais. "O crescimento não deve retornar ao ritmo (exagerado) visto antes da crise, e os indícios são de que haja equilíbrio entre os empréstimos para consumidores e os corporativos e para pequenas e médias empresas", disse a agência na semana passada.
Na avaliação da Fitch, no segundo semestre de 2010, a rentabilidade dos bancos brasileiros deve permanecer robusta, guiada por um contínuo crescimento do volume de empréstimos. O crédito, afirma a agência, deve se manter como o fator mais importante de geração de receita no segundo semestre deste ano, acompanhando o bom desempenho da economia brasileira.
Uma das instituições que tem mostrado fôlego é o Banco do Brasil, cujo papel está ao redor da cotação máxima. Mesmo assim, o banco teve sua recomendação elevada de neutra para compra pelo Goldman Sachs. "Nos últimos três meses, o BB reportou resultados sólidos, (...) mas há preocupações se o banco vai embarcar numa expansão internacional agressiva ou se tem de elevar o capital, o que consideramos medidas exageradas", afirma o banco em relatório.
De acordo com os analistas do Goldman, as ações do BB vêm sendo negociadas com desconto de 27% ante as do Bradesco. "Embora o desconto seja parcialmente justificado por conta de menor liquidez, controle governamental e maior volatilidade nos resultados, baseados no histórico, acreditamos que algo entre 20% e 25% é um nível justo."
A ingerência política do governo e o fato de a instituição atuar fortemente no mercado de crédito agrícola são fatores de risco que devem ser avaliados pelo investidor, ressalta João Augusto Sales, da consultoria Lopes Filho & Associados. Os empréstimos agrícolas são considerados de alto risco e retorno baixo. A boa notícia é que o BB tem procurado melhorar sua governança corporativa e é o único banco a ter apenas ações ordinárias (ON, com direito a voto) listadas na bolsa, lembra o economista.
Um fator positivo para o BB está no fato de o banco ter obtido, no ano passado, autorização para atuar na área de crédito imobiliário, que cresce rapidamente. "Além disso, uma série de fusões e aquisições fortaleceu o banco", diz Sales. A compra de parte de 49% do Banco Votorantim, em janeiro de 2009, por exemplo, tornou a instituição presente no negócio de financiamento de veículos.
Já a aquisição da Nossa Caixa, em novembro de 2008, possibilitou ao BB incorporar seu setor de crédito consignado. O acordo com a seguradora espanhola Mapfre, fechado em maio deste ano, criou a segunda maior seguradora do Brasil. O economista da Lopes Filho recomenda manutenção com viés positivo para as ações do BB, com potencial de valorização de 28% para os próximos 12 meses.
Na avaliação da Fitch, no segundo semestre de 2010, a rentabilidade dos bancos brasileiros deve permanecer robusta, guiada por um contínuo crescimento do volume de empréstimos. O crédito, afirma a agência, deve se manter como o fator mais importante de geração de receita no segundo semestre deste ano, acompanhando o bom desempenho da economia brasileira.
Uma das instituições que tem mostrado fôlego é o Banco do Brasil, cujo papel está ao redor da cotação máxima. Mesmo assim, o banco teve sua recomendação elevada de neutra para compra pelo Goldman Sachs. "Nos últimos três meses, o BB reportou resultados sólidos, (...) mas há preocupações se o banco vai embarcar numa expansão internacional agressiva ou se tem de elevar o capital, o que consideramos medidas exageradas", afirma o banco em relatório.
De acordo com os analistas do Goldman, as ações do BB vêm sendo negociadas com desconto de 27% ante as do Bradesco. "Embora o desconto seja parcialmente justificado por conta de menor liquidez, controle governamental e maior volatilidade nos resultados, baseados no histórico, acreditamos que algo entre 20% e 25% é um nível justo."
A ingerência política do governo e o fato de a instituição atuar fortemente no mercado de crédito agrícola são fatores de risco que devem ser avaliados pelo investidor, ressalta João Augusto Sales, da consultoria Lopes Filho & Associados. Os empréstimos agrícolas são considerados de alto risco e retorno baixo. A boa notícia é que o BB tem procurado melhorar sua governança corporativa e é o único banco a ter apenas ações ordinárias (ON, com direito a voto) listadas na bolsa, lembra o economista.
Um fator positivo para o BB está no fato de o banco ter obtido, no ano passado, autorização para atuar na área de crédito imobiliário, que cresce rapidamente. "Além disso, uma série de fusões e aquisições fortaleceu o banco", diz Sales. A compra de parte de 49% do Banco Votorantim, em janeiro de 2009, por exemplo, tornou a instituição presente no negócio de financiamento de veículos.
Já a aquisição da Nossa Caixa, em novembro de 2008, possibilitou ao BB incorporar seu setor de crédito consignado. O acordo com a seguradora espanhola Mapfre, fechado em maio deste ano, criou a segunda maior seguradora do Brasil. O economista da Lopes Filho recomenda manutenção com viés positivo para as ações do BB, com potencial de valorização de 28% para os próximos 12 meses.
Fonte: Valor Econômico
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