sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ato dos Banrisulenses cobra negociações e exige saída de Bordini no dia 13

          Os funcionários do Banrisul aprovaram, na noite desta quinta, dia 9, em assembleia na Casa dos Bancários, a realização de um ato político em frente à Direção Geral do banco. Serão cobradas a abertura das negociações com o movimento sindical e a saída do vice-presidente do banco, Rubens Bordini, cujo nome já foi envolvido em outros esquemas de corrupção, como o caixa dois na campanha da governadora Yeda Crusius. Ela foi acusada de utilizar parte do dinheiro na compra de uma casa. Bordini era o tesoureiro da campanha em 2006.
           Com mesa composta pelo secretário-geral do SindBancários, Fábio Soares Alves, o Fabinho, e pela diretora de Saúde, Lourdes Rossoni, a assembleia também definiu indicativo de greve a partir do dia 22, quarta-feira. A paralisação de 24 horas será avaliada em novas assembleias na terça, 21, por sindicatos de todo o Estado.
          A assembleia iniciou com os relatos do diretor de Saúde da Fetrafi-RS, Amaro Souza, sobre a reunião do Comando Nacional com a Fenaban, que não apresentou avanços. Logo após, Lourdes informou em que situação está a negociação específicas com o Banrisul: com a minuta entregue dia 25 de agosto para direção, até o momento o banco não sinalizou ou agendou uma data para iniciar as reuniões.
          Outro ponto abordado foi a deflagração da operação Mercari pela Polícia Federal e suas consequências. Os banrisulenses se mostraram indignados com a situação e aprovaram reuniões com representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS), Ministério Público do Estado (MP/RS), Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) para cobrar o aprofundamento das investigações.
           Entre terça, dia 14, e sexta, dia 17, dirigentes sindicais realizarão caravanas, visitando as agências e conscientizando os banrisulenses sobre a importância da mobilização na luta por melhores condições de trabalho e salário.
           Para Fabinho, a pauta específica dos banrisulenses contempla a necessidade de todos os bancários, que conseguirão avanços importantes se fizerem uma mobilização forte. “Hoje, 30% dos nossos colegas chegaram ao banco faz pouco tempo. Eles se sentem desvalorizados e desmotivados quando veem os colegas do Banco do Brasil e a Caixa recebendo muito mais; eles merecem melhores salários. Outros 30% estão há mais tempo, e tem suas necessidade, assim como os outros 30% que logo vão se desligar e necessitam de condições para viverem tranquilamente quando deixarem o Banrisul”, observou.
           “Em 2008, fizemos uma paralisação que durou apenas uma semana e conseguimos muitos avanços. O sucesso estava na união dos banrisulenses. Estamos passando por uma pressão insuportável com a redução de custos, do cafezinho, até de papel higiênico. Estamos sucateados”, afirmou Lourdes. Para a diretora de Saúde, a Campanha Nacional é o melhor momento para que os funcionários do banco mostrem que não concordam com a precarização do trabalho. “Se lutarmos juntos, conseguiremos reverter esse cenário que a cada ano fica pior”, garantiu.
           “As declarações de todos os presentes mostram que saímos daqui unificados. E assim certamente acontecerá em todo o Estado, onde acontecerão nos próximos dias assembleia para deliberar e aprovar a paralisação”, disse Amaro. Em sua avaliação, os banrisulenses não podem se contentar apenas com o que for aprovado com a Fenaban. “Estamos há muito tempo pedindo o pagamento das comissões aos Operadores de Negócios, a jornada de 6 horas para todos sem redução salarial e o auxílio-educação”, concluiu.
Fonte: Imprensa SindBancários

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