quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Campanha 2010: bancos não querem garantir empregos

Foto: Jailton Garcia - Contraf/CUT
         Emprego foi o tema da terceira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação dos Bancos (Fenaban) pela Campanha Nacional Unificada 2010. A reunião começou na tarde de quarta 8 e prossegue nesta quinta, 9.
          Não houve qualquer avanço na negociação de hoje. Os representantes da Fenaban não querem debater a geração de postos de trabalho e a garantia de emprego. Tentaram até desqualificar os números divulgados pelo próprio setor, via Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), para evitar a discussão.
          Os integrantes do Comando Nacional disseram que o crescimento do lucro, do volume de crédito e de vários outros indicadores, apontam o aumento do trabalho do bancário e a necessidade de mais contratações. Os sindicalistas também questionaram os negociadores da Fenaban sobre a quantidade de trabalhadores que se desligam dos bancos todos os anos. Somente no primeiro semestre de 2010 houve 18 mil desligamentos no país. Em contrapartida os bancos geraram somente 0,61% dos postos criados no Brasil durante o mesmo período.
         Os negociadores da Fenaban alegam que o tema Emprego deve tratado banco a banco, mas os bancários não aceitam esta proposta.
         Terceirização 
          Outro ponto colocado em debate pelos bancários foi a possibilidade dos bancos agregarem serviços de natureza bancária, que hoje são prestados por terceirizados.
          Segundo o diretor da Fetrafi-RS e membro do Comando Nacional, Arnoni Hanke, a Fenaban agiu novamente de maneira evasiva na negociação. “Não há interesse dos banqueiros em discutir o tema Emprego porque isto afeta diretamente a sua lógica exploratória. No ponto de vista dos bancos não há motivo para ser coerente e justo com os trabalhadores. Os banqueiros se acham no direito de descartar os bancários e reduzir os salários dos novos admitidos, afinal reduzir custos é lucrar mais”, observa.
           O sindicalista diz que os bancários vão insistir neste tema e não aceitarão a postura irresponsável da Fenaban. “Nós vamos romper com esta lógica dos bancos porque temos argumentos e números que sustentam as nossas propostas. A manutenção do emprego e a melhoria das condições de trabalho são essenciais para a categoria”, enfatiza Hanke.
Fonte: Imprensa Seeb São Paulo com edição da Fetrafi-RS

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