quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Caixa se compromete a atualizar Sipon

Decisão foi tomada após pressão sindical

A insistente cobrança da Contraf-CUT, federações e sindicatos, junto com a Fenae, para melhorias no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) da Caixa surtiu efeito. 
Na reunião do Fórum Paritário sobre Condições de Trabalho, realizada na terça-feira (21), em Brasília, a empresa assumiu o compromisso de atualizar a versão do sistema da chamada estação única. O objetivo é impedir que os empregados continuem trabalhando além da jornada.

Os problemas de inconsistências na implementação da estação única junto ao Sistema de Automação de Produtos e Serviços de Agências (Sisag) foram criticados pelos representados dos empregados, já que inúmeros trabalhadores continuam a exercer suas atividades na ilegalidade. Muitos saem do ponto eletrônico, mas continuam a trabalhar para cumprir o volume excessivo de trabalho.

A Caixa informou que foram feitos ajustes no Sistema, e que uma nova versão estará em piloto em duas agências do Distrito Federal. Sendo aprovado o piloto, uma nova versão da estação única será disponibilizada para toda a rede nesta quinta-feira (23).

"A estação única do ponto é um avanço fruto de reivindicação do movimento sindical que pode amenizar muitas fraudes dentro da empresa, mas ainda não contempla todas as melhorias necessárias. Uma questão urgente é a de mais contratação dos concursados para que os empregados parem de trabalhar além da jornada devido ao excesso de serviço", destaca Fabiana Uehara, diretora da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de Brasília.

Pagamento das horas-extras

Foram debatidas ainda questões relativas ao pagamento de 100% das horas extras a empregados de agências com até 15 trabalhadores. A possibilidade do pagamento total dessas horas é uma conquista do último aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho assinado entre o movimento sindical e a empresa. Nesse sentido, a Caixa informou que divulgou comunicado interno (CE Susec/Gerel 010/2014) em 15 de janeiro, explicando qual procedimento o gestor deverá tomar para fazer o pagamento total.

Atualmente o empregado que deseja fazer essa opção deve encaminhar email para o gestor informando sobre a escolha pela compensação ou pagamento total.

A Caixa informou que a partir de março o próprio empregado terá a opção no sistema para escolher a forma de pagamento das 100% das horas extras realizadas em agências com até 15 empregados.

Segurança no trabalho

A Caixa apresentou um projeto-piloto para o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), hoje assinado por técnicos, passando a ser realizados por cipeiros. O projeto será implantado em três capitais, começando por Curitiba (PR), depois Goiânia (GO) e Belém (PA).

O piloto terá o cipeiro trabalhando juntamente com o gestor da área com objetivo de unificar as demandas do Termo de Verificação de Ambiência (TVA) e do PPRA. A Caixa também informou que foi solicitado um estudo para valorizar o cipeiro. A valorização do cipeiro é um item de reivindicação aprovado no 29º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa.

O movimento sindical reforçou a questão do fortalecimento da Gipes, da Gilog e do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt). Também foi reforçada a necessidade da contratação de mais empregados.

Fóruns regionais e critérios objetivos

Durante o encontro, a Caixa apresentou uma proposta prévia de Fóruns regionais em várias cidades para discutir estrutura, empregados por unidade, jornada e assédio moral. Esses grupos terão representantes da Caixa e também membros indicados pela Contraf-CUT.

O movimento sindical vai avaliar a proposta e fazer as considerações dos trabalhadores sobre o tema na próxima reunião do Fórum, que está marcada para 13 de fevereiro.

Os representantes dos trabalhadores também destacaram na reunião a importância da Caixa determinar critérios objetivos de comissionamento e descomissionamentos dentro da empresa para evitar situações de violência organizacional e assédio moral.

Fonte: Contraf-CUT e Fenae

Contraf-CUT e CNTV apresentam pesquisa ao Ministério da Justiça

Pesquisa nacional aponta mortes em assaltos a bancos
 
A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) levou nesta quinta-feira (30) ao Ministério da Justiça, em Brasília, os números da nova Pesquisa Nacional de Mortes em Assaltos envolvendo Bancos. O levantamento, elaborado pelas duas entidades, com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese, foi lançado na quarta (29) e foi apresentado para a secretária nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, Regina Miki. 
A pesquisa apontou 65 assassinatos em 2013, atingindo clientes, vigilantes, policiais, bancários, transeuntes e vítimas de balas perdidas em tiroteios.

As principais ocorrências (49%) foram o crime de "saidinha de banco", que provocou 32 mortes, o assalto a correspondentes bancários (22%), que matou 14 pessoas, e o assalto a agências (12%), que tirou a vida de 8 pessoas. Houve também mortes em assaltos a caixas eletrônicos (6), abastecimento de caixas eletrônicos (3) e assaltos a postos de atendimento (2).

"Queremos chamar a atenção do Ministério da Justiça para essas mortes e discutir o problema da insegurança no atendimento bancário, diante do enorme descaso dos bancos que tratam a segurança como custo que pode ser reduzido para aumentar ainda mais os seus lucros bilionários", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

"Além das mortes, essa violência ainda deixa inúmeros feridos e traumatizados pelo Brasil afora, acabando com os sonhos e as esperanças de muita gente", alerta José Boaventura, presidente da CNTV.

"Vamos discutir medidas urgentes para mudar essa realidade, pois a vida das pessoas tem que ser colocada em primeiro lugar", ressalta Cordeiro.

Fonte: Contraf-CUT com CNTV

Fundação Banrisul reestrutura Plano de Benefícios I (PB I)

Começa processo de adesão voluntária dos participantes
 
Começa na próxima semana o processo de adesão voluntária dos participantes do Plano de Benefícios I (PB I) da Fundação Banrisul às soluções previstas na reestruturação do plano. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) aprovou, pela Portaria 718, de 20.12.2013, a criação do Plano de Benefícios Saldado (PB Saldado), de benefício definido, e do Plano de Benefícios FBPREV II, de contribuição variável. Permanece inalterado o PB I, que terá mudanças posteriores. 
Com a aprovação dos novos planos, os participantes ativos poderão escolher entre uma das seguintes opções: permanecer no PB I, migrar sua reserva para o PB Saldado, migrar sua reserva para o Plano FBPREV II ou migrar sua reserva para o Plano PB Saldado e ao mesmo tempo aderir ao FBPREV II. Participantes assistidos poderão aderir à migração para os novos planos ou permanecer no plano original, sem alteração das regras nem dos benefícios.

Quem aderir a uma das migrações receberá um incentivo mínimo de R$ 4.000,00 que poderá atingir R$ 6.000,00 se o nível de adesão ultrapassar 80% dos participantes. O incentivo será pago pelos patrocinadores e creditado na conta corrente de cada um. Além deste incentivo, o valor da reserva será acrescido de um valor proporcional à reserva matemática individual de cada participante, calculado principalmente para absorver o impacto da redução da taxa de juros atuarial de 5,5% para 4,85%, valor a ser pago pelos patrocinadores e creditados na reserva matemática do participante (plano CV) ou no diretamente no Plano de Benefícios Saldado (plano BD).

No PB Saldado o benefício mínimo aumentará de 10% para 15% do Salário Real de Benefício Saldado, garantindo um piso mínimo equivalente a R$400,00, observadas as respectivas proporcionalidades, O valor correspondente a essa melhoria também será alcançado aos que migrarem suas reservas para o FBPREV II.

Em ambos novos planos será adotada a concessão de benefício proporcional a partir dos 55 anos de idade. No PB Saldado, a cota familiar de pensão será elevada de 50% do complemento de aposentadoria para 55% do complemento líquido de aposentadoria. O valor correspondente a essa melhoria também atingirá os que migrarem para o FBPREV II.

Tanto no PB Saldado quanto no Plano FBPREV II será garantida a paridade contributiva entre patrocinador e participantes - no atual plano PB I, os participantes contribuem com valores superiores aos do Banrisul.

Foram negociadas também alterações relevantes no modelo de governança, com ganhos importantes para todos os participantes da Fundação Banrisul. Os participantes passarão a eleger dois dos quatro diretores, o de Previdência e o Administrativo, serão criados comitês consultivos por modalidade de plano (BD e CV) e será exigido quórum qualificado das reuniões do Conselho Deliberativo que deliberarem sobre alterações de estatutos, regulamentos de planos de benefícios, custeio e plano de gestão administrativa. Estas alterações trarão mais segurança aos participantes, pois dificultam qualquer decisão unilateral dos patrocinadores em mudanças relevantes para os participantes.

Com relação aos participantes que permanecerem no PB I, haverá mudanças futuras, pois a Fundação firmou um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) com a PREVIC, comprometendo-se a modificar o regulamento para alterar o critério de reajuste dos benefícios, desvinculando-o do reajuste salarial dos funcionários da ativa; alterar o critério de cálculo dos benefícios, adotando a média dos últimos 36 meses em vez dos atuais 12; reduzir a taxa de juros atuarial de 5,5% para 4,5%.

Melhor solução é sempre a negociada - A aprovação da PREVIC encerra o processo de debates e negociações que envolveram dirigentes da Fundação Banrisul, o patrocinador Banrisul e as entidades representativas dos trabalhadores: Sindicatos dos Bancários de Porto Alegre (RS), Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do RS (Fetrafi-RS) e Associação dos

Aposentados do Banrisul (Afaban)

A ANAPAR acompanhou grande parte do processo negocial e participou de várias reuniões na PREVIC, junto com as entidades representativas. A solução final pode não contemplar todas as demandas e anseios dos participantes, mas é a solução possível dentro de um processo negocial que procurou conciliar os interesses de todas as partes e resolve o problema do déficit do plano de benefícios.


Fonte: Anapar