sábado, 28 de julho de 2012

Minuta Fenaban 2012/2013

Prezados colegas.

Disponibilizamos aos colegas, para conhecimento, as reivindicações da nossa categoria para a campanha salarial deste ano (vide link em anexo).

Cabe salientar que esta minuta é o resultado das propostas retiradas das conferências estaduais e votadas na conferência Nacional que ocorreu no último final de semana em Curitiba.

Quanto ao índice, o Rio Grande do Sul havia apontado em conferência Estadual um índice de 15 %, mas a maioria dos estados e delegados apontaram para o índice de 10,25 % que será nossa pedida.

Iniciaremos nossas atividades de campanha salarial, inclusive na próxima segunda-feira, Às 17:30 horas realizaremos Assembléia para pactuar os primeiros elementos desta campanha.

Com votos de um final de semana abençoado a todos  os colegas.

Sindicato dos Bancários de Ijuí e Região.

Confira aqui a Minuta Fenaban 2012/2013

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Itaú lucra R$ 7,12 bi no 1º semestre, mas fecha 9 mil empregos em um ano

Entre junho de 2011 e junho deste ano o Itaú fechou 9.014 postos de trabalho (8,8% do quadro de funcionários), dos quais 3.777 apenas no segundo trimestre de 2012, segundo o balanço divulgado nesta terça-feira 24 pelo maior banco privado do país. O brutal corte de empregos ocorreu mesmo com o lucro líquido de R$ 7,12 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, que representa um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2011.

"É inadmissível que um banco com esse resultado gigantesco, que não enfrenta nenhum problema, demita tantos trabalhadores, como também estão fazendo o Bradesco e o HSBC. É uma política socialmente irresponsável, que joga contra o desenvolvimento e os interesses do país", acusa Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Vamos denunciar essa política nefasta à sociedade e intensificar a mobilização e a luta pelo emprego na Campanha Nacional dos Bancários deste ano."

Compare aqui os balanços do Itaú nos primeiros semestres de 2011 e 1012.

O lucro do semestre seria ainda maior se o Itaú não tivesse aumentado em 26,7% as despesas para provisões para crédito de liquidação duvidosa, no comparativo entre os primeiros semestres de 2011 e 2012, chegando a R$ 12 bilhões. Essas provisões representam 38 vezes o aumento de 0,7% na inadimplência registrada pelo banco no mesmo período.

"Seguindo a mesma política do Bradesco, que divulgou o balanço na segunda-feira, o Itaú eleva de forma descabida as provisões para créditos duvidosos em relação à inadimplência real. Esse é um truque manjado dos bancos para maquiar o balanço", denuncia Carlos Cordeiro.

"Com essa manobra contábil de reduzir o lucro líquido superdimensionando as provisões para uma inadimplência que na verdade é baixa, os bancos atingem vários objetivos simultaneamente. Chantageiam o governo e a sociedade para justificar as demissões e os juros, spreads e tarifas altíssimos", acrescenta Carlos Cordeiro. "E com isso ainda reduzem a distribuição de PLR aos trabalhadores."

Receitas com tarifas crescem

Os ativos totais do Itaú chegaram a R$ 888,8 bilhões, um crescimento de 12,15% em relação ao primeiro semestre do ano passado. A receita de prestação de serviços aumentou em 8,17% nesse período (para R$ 7,2 bilhões), o que significa que apenas com essa rubrica o Itaú paga uma vez e meia todas as despesas de pessoal. As rendas com tarifas bancárias cresceram ainda mais: 16,06%.

"Ou seja, a exemplo do Bradesco a redução da taxa Selic também no Itaú não teve efeitos. O banco não baixou os juros e ainda aumentou as tarifas, afrontando os esforços do governo de reduzir o custo do crédito e realizando um verdadeiro saque de toda a população", conclui o presidente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT

Banrisulenses exigem resposta à proposta de Plano de Carreira

Na primeira reunião da Comissão Paritária após a entrega da proposta do novo Plano de Carreira construída pelos funcionários à direção do banco, nesta quarta, dia 25, os representantes dos trabalhadores cobraram do Banrisul uma posição sobre o documento.

Segundo os representantes do Banrisul, a instituição financeira está estudando o conteúdo e se comprometeu de apresentar uma resposta no dia 3 de agosto, quando acontece novo encontro. A proposta foi entregue no dia 27 de junho.

A reunião começou com uma crítica por parte dos banrisulenses quanto à Instrução Normativa enviada recentemente dispondo sobre a avaliação da rede de agências. Os bancários discordam do método e do conteúdo da IN, que casou desconforto e insegurança nas unidades.

“Estamos negociando o Plano de Carreira, sendo que um dos itens que está sendo revisto é exatamente a avaliação, e o banco simplesmente envia essa IN, sem conversar com ninguém”, observa o presidente do SindBancários, Mauro Salles.

Os representantes dos banrisulenses também deixaram claro que o banco precisa analisar e se posicionar ante a proposta apresentada, pois, construído através de um debate amplo e democrático com os funcionários, o plano representa o verdadeiro anseio de todos.

“O novo plano precisa efetivamente apresentar uma perspectiva na carreira e valorizar os funcionários, com promoções por tempo e merecimento e sem limitação das vagas. Os banrisulenses mostraram que querem um piso melhor, jornada de seis horas para e que os critérios de avaliações para comissionamento e ascensão da carreira sejam objetivos e democráticos”, complementa a diretora da Fetrafi-RS e funcionária do Banrisul, Denise Correa.

Mauro analisa que o novo plano vem trazendo uma grande expectativa junto a categoria e que os funcionários precisam se mobilizar. “Está na hora de o Banrisul sair do discurso e mostrar na prática que irá resolver o problema”, complementa o presidente do SindBancários.

Fonte: SindBancários

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Mesa temática sobre saúde avalia PCMSO e debate Sipat

Apesar da falta de avanços concretos, discussão sobre saúde do trabalhador vão prosseguir após a conclusão da campanha salarial 2012 da categoria bancária. Trabalhadores apostam na possibilidade de melhorias contínuas.

O debate sobre a avaliação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e a Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat) foram os dois assuntos tratados na reunião temática sobre Saúde do Trabalhador, realizada nesta terça-feira (24), em São Paulo, entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Esse encontro, no entanto, não houve avanços concretos, mas o debate continua aberto e vai prosseguir após a conclusão da campanha salarial 2012 da categoria bancaria.

Na reunião, a Contraf/CUT reafirmou a proposta apresentada na reunião anterior, dia 26 de junho, sobre a elaboração de um formulário em conjunto, entre bancos e bancários, para a avaliação do programa por parte dos trabalhadores no momento da realização dos exames previstos no PCMSO.

Nesse ponto, os representantes dos bancários insistiram na necessidade da construção do formulário em conjunto, para ser respondido pelo bancário quando fizer o exame periódico, com remessa posterior de cópia ao sindicato para que seja feita uma avaliação conjunta do programa. O objetivo, nesse caso, é contribuir para melhorar o conteúdo. No entanto, a Fenaban continua resistente à proposta e insiste que os trabalhadores devem usar os canais que já existem no banco. Foi decidido então manter as portas abertas e continuar a discussão ao final da campanha nacional deste ano.

Sipat
A cláusula 58 da Convenção Coletiva dos Bancários estabelece que os bancos informarão os sindicatos sobre as datas e conteúdos das Sipats. Os representantes dos bancários reivindicaram que o informe do banco ao sindicato seja feito com 30 dias de antecedência e que também seja informado o local onde a Sipat vai acontecer.

Os negociadores da Fenaban assumiram o compromisso de consultar os bancos sobre a possibilidade de incluir essa reivindicação na convenção coletiva de trabalho de 2012, porém, com algumas ressalvas.

Não foi encerrada a discussão em relação à Sipat, apesar do não registro de avanços. As portas foram deixadas abertas para eventuais entendimentos. Os bancários estão convencidos de que, tanto no PCMSO quanto na Sipat, existe a possibilidade concreta de melhorias contínuas.

Fonte: Fenae com edição da Fetrafi-RS

Desaquecimento econômico não impede reajustes salariais maiores

Média do ganho real no semestre foi de 2,75%.

 Apesar do fraco desempenho da economia neste ano os trabalhadores conquistaram altos ganhos reais no primeiro semestre. Três fatores justificam o elevado índice médio de reajustes. O mercado de trabalho ainda aquecido, o recuo da inflação e os impactos do reajuste do salário mínimo criaram um cenário favorável para que as categorias com data-base nos seis primeiros meses do ano tivessem ganhos reais mais robustos que em 2011, ainda que os reajustes nominais tenham sido menores. 

Um levantamento feito pelo Valor em convenções coletivas de trabalho registradas no Ministério do Trabalho mostra que o ganho real médio dos trabalhadores no primeiro semestre ficou em 2,75%. O índice é 1,27 ponto percentual maior que o registrado em igual período do ano passado, de 1,48%.

Neste ano, foram analisadas 391 convenções assinadas por sindicatos em todo o país, com base na representatividade e importância do setor para a sua região. O índice de 2,7% carrega efeitos do ganho real médio de 3,65% registrado em janeiro, como reflexo da valorização real de 7,5% do salário mínimo.
 
Trajetória ascendenteOs reajustes estão ganhando força nos últimos meses. Desde fevereiro, a média negociada sempre cresce em relação ao mês anterior, à exceção de abril (2,06%), que foi menor que em março (2,91%) - resultado atípico para o mês. A tendência, segundo especialistas consultados, é que os ganhos reais continuem em trajetória ascendente, uma vez que categorias com tradição em negociações têm data-base no segundo semestre, como metalúrgicos do ABC e comerciários de São Paulo.

"Existe também uma expectativa de que o cenário econômico melhore em razão das medidas de estímulo", diz José Silvestre, coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). "Isso favorece as negociações realizadas em um quadro de inflação menor, o que ajuda na composição do ganho real."

O acumulado em 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para deflacionar os salários, caiu ininterruptamente desde setembro do ano passado. Em maio, o índice estava em 4,86%, enquanto que em maio de 2011 registrava, em 12 meses, alta de 6,44%.
 
Puxando para baixo
A última ata do Copom apontou preocupação com os reajustes. Segundo o texto, o Copom vê que "um risco significativo reside na possibilidade de concessão de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade e suas repercussões negativas sobre a dinâmica da inflação".

Apesar dos altos reajustes, Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, não vê risco inflacionário neste movimento. "A economia passa por um momento de desaceleração. Não acredito que esse ganho real maior seja o suficiente para colocar em risco a inflação através de maior consumo", diz. "Minha maior preocupação está na alimentação que, recentemente, voltou a subir."

Vale, que projeta alta de 1,5% para o PIB deste ano, diz que os reajustes elevados são um importante fator para alavancar a atividade. "O mercado doméstico, apesar de mais fraco que no ano passado, tem força para impulsionar esse crescimento pífio", diz.

Em maio, os comerciários no Distrito Federal reajustaram em 10% os salários da categoria. Geralda Godinho, diretora da federação que os representa, diz que a atividade fraca dificultou a negociação. "Quando a economia vai mal, fica mais difícil conseguir ganho real. Contou a favor dos trabalhadores os empresários estarem confiantes para o segundo semestre", diz.
 
Compensação
Para Silvestre, do Dieese, o mercado de trabalho apertado compensa a atividade fraca. A falta de profissionais e o custo elevado para substituí-los faz com que as empresas mantenham os seus funcionários e dá maior poder de barganha aos trabalhadores. "A geração de postos de trabalho vem menor que em anos anteriores, mas o desemprego continua estável."

A falta de mão de obra foi o argumento dos trabalhadores em turismo e hospitalidade de Minas Gerais neste ano. Ce: m data-base em maio, eles negociaram um reajuste nominal de 12% (ganho real de 6,8%). "Dissemos aos empregadores que eles perderiam funcionários se insistissem em apenas repor a inflação. Em hotelaria, falta mão de obra, principalmente qualificada", diz Ricardo Castro, advogado da federação que representa 35 sindicatos da categoria.

Na Bahia, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Cargas, que representa 40 mil trabalhadores, conquistou um reajuste de 9% em maio (3,9% real). É a falta de profissionais que permitiu esse ganho, segundo Magno Lavigne, presidente do sindicato. "Há um déficit de até 8 mil motoristas na Bahia." Ele explica que o sindicato está adequando o salário dos motoristas ao do setor de transportes.

As demissões que começaram em alguns segmentos da indústria, segundo Silvestre, podem se refletir em negociações do setor que, por reunir categorias mais organizadas, serve como referência para outros.
 
No entanto, ele avalia que o impacto do reajuste do mínimo permanece e compensa as incertezas quanto à economia. "Quando a indústria sofre um baque, isso se reflete nas negociações em geral. Por outro lado, o impacto do mínimo não perde validade."
 

Fonte: Valor Econômico

Dieese analisa lucratividade do Itaú

Órgão enfatiza elevação de provisões para devedores duvidosos.


No primeiro semestre de 2012, o Lucro Líquido Recorrente1 do Itaú-Unibanco foi de R$ 7,129 bilhões, o que significou um crescimento de 2,5% com relação ao mesmo período do ano passado. A Carteira de Crédito atingiu a cifra de R$ 413,4 bilhões em junho de 2012 - crescimento de 14,8% em relação a junho de 2011. As operações com pessoas físicas somaram R$ 147,331 bilhões e as operações com pessoas jurídicas R$ 241,145 bilhões, com crescimento de 8,4% e 15,6% respectivamente, na comparação com junho de 2011.

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias passou de 4,2% para 5,2% na comparação com o 1º semestre do ano passado. No entanto, o indicador mostra sinais de estabilização. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano a variação foi de apenas 0,1 ponto percentual. Além disso, o índice de inadimplência de 15 a 90 dias (que serve como medida da inadimplência futura) caiu de 4,8% para 4,5% entre os dois primeiros trimestres de 2012.

Ainda assim, as despesas de provisão para devedores duvidosos (PDD) apresentaram forte crescimento de 26,7% ante o primeiro semestre de 2011, chegando a R$ 12,020 bilhões, com impacto negativo no resultado do Itaú Unibanco. Por outro lado as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias subiram 10,3% no semestre, atingindo a cifra de R$ 10,082 bilhões.

Somente com esta receita o Itaú Unibanco é capaz de cobrir 148% do total de suas despesas de pessoal. Seguindo a mesma tendência do ano passado o Itaú Unibanco segue reduzindo com velocidade preocupante os empregos na instituição. Em um ano são 9.014 postos de trabalho a menos, sendo que 3.777 foram cortados somente nos últimos três meses. O relatório do banco atribui esta queda a venda da empresa Orbitall e a “continuidade da reestruturação da área de crédito ao consumidor”.

Fonte: Dieese com edição Fetrafi-RS

terça-feira, 24 de julho de 2012

Bradesco aumenta lucro para R$ 2,8 bi no trimestre, mas fecha 571 empregos

O Bradesco fechou 571 postos de trabalho no segundo trimestre de 2012, apesar de registrar lucro líquido de R$ 2,867 bilhões no período, um crescimento de 0,8% em relação ao primeiro trimestre, segundo o balanço divulgado nesta segunda-feira 23 pelo segundo maior banco privado do país. No semestre, o lucro líquido já chega a R$ 5,72 bilhões.

O lucro líquido aumentou mesmo com a elevação em 39,8% das provisões para créditos de liquidação duvidosa, que saltaram de R$ 2,43 bilhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 3,40 bi no mesmo período de 2012 - embora o índice de inadimplência superior a 90 dias tenha crescido apenas 0,5%.

O número de empregados diminuiu de 105.102 em março deste ano para 104.531 em junho, com fechamento de 571 postos de trabalho. "Assim como o Itaú e o HSBC, o Bradesco fechou empregos, o que precisa ser denunciado e virar também mobilização. Isso reforça a luta pelo emprego na Campanha Nacional", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

"Ao elevar de forma descabida as provisões para créditos duvidosos, uma vez que ela não têm nenhuma relação razoável com a inadimplência real, o Bradesco está usando o velho truque de maquiar o balanço para reduzir o lucro líquido e assim tentar justificar demissões e diminuir a distribuição de PLR aos bancários", critica Carlos Cordeiro.

Os ativos totais do banco ficaram em R$ 830,5 bilhões, um crescimento de 20,5% em 12 meses e de 5,2% ante o primeiro trimestre. Essa expansão foi puxada pela evolução da carteira de títulos e valores mobiliários, que dão lastro às operações de tesouraria. O estoque desses papéis teve alta de 39,4% em 12 meses, para R$ 322,5 bilhões, bastante superior à expansão do crédito. Em três meses, a variação foi de 9,3%.

Receitas com tarifas crescem, crédito se retrai

As receitas do Bradesco com cobrança de tarifas bancárias cresceram 6,83% no segundo trimestre comparado com o primeiro e 20,27% em relação ao mesmo período de 2011.

Já as operações de crédito aumentaram em apenas 3,49% no segundo trimestre em relação ao primeiro e em 11,3% comparado com o mesmo trimestre do ano passado. Ao divulgar o balanço, o Bradesco previu que a expansão de sua carteira de crédito para 2012, que anteriormente estimava entre 18% a 22%, deverá diminuir e ficar entre 14% a 18%.

"Esse é outro truque dos bancos que precisa ser desmascarado para a sociedade. Utilizam um aumento insignificante da inadimplência para chantagear a sociedade brasileira e dessa forma justificar as tarifas, spreads e juros mais altos do mundo, além de reduzir a expansão da oferta de crédito", acrescenta Carlos Cordeiro.

"A redução da Selic não teve efeitos no Bradesco, que não reduziu juros e ainda subiu tarifas. A sociedade brasileira não pode continuar aceitando esse terrorismo. O sistema financeiro nacional está mais sólido do que nunca e os lucros continuam crescendo de forma escandalosa. Não há nenhuma justificativa para demissões, enxugamento do crédito e manutenção desse nível escorchante de tarifas e juros", salienta o presidente da Contraf-CUT.

"Com esse corte inaceitável de vagas, vamos incluir também o Bradesco na agenda de mobilização contra as dispensas e a rotatividade, a exemplo do Itaú e do HSBC. Além disso, vamos reforçar ainda mais a luta pelo emprego na Campanha Nacional dos Bancários 2012", conclui Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Assembleias deliberam sobre minuta na próxima segunda-feira, 30

Os bancários deliberam na próxima segunda-feira, 30 de julho, sobre a minuta de reivindicações que será apresentada à Fenaban na Campanha Salarial 2012. A apreciação da minuta irá ocorrer em assembleias gerais realizadas pelos sindicatos da Fetrafi-RS, no fim da tarde. O documento está sendo elaborado pela Contraf/CUT a partir das reivindicações aprovadas na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada no último fim de semana, em Curitiba/PR.

Devido às atividades já programadas para esta semana, que incluem o Sistema Diretivo da Fetrafi-RS na quinta-feira, 26 e o Diálogos para Ação na sexta, 27, a Federação decidiu agendar as assembleias para o início da próxima semana. Esta será mais uma etapa dos encaminhamentos legais para a Campanha Salarial 2012. O edital único para convocação das assembleias será publicado nesta quarta-feira, 25, em jornal de circulação estadual.

A pauta de reivindicações aprovada no último domingo, na plenária final da Conferência, inclui reajuste de 10,25% (inflação mais 5% de aumento real) aprovada pela maioria dos votos dos delegados e delegadas, piso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416) e PLR equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos. Os bancários também querem mais contratações, fim da rotatividade do emprego, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral.

A minuta de reivindicações será entregue à Fenaban no dia 1º de agosto, sendo que as duas primeiras rodadas de negociação da campanha já estão marcadas para os dias 7 e 8 e 15 e 16 de agosto.
O Sistema Diretivo da Federação, discute nesta quinta-feira, 26, a organização, a marca a ser utilizada e a data para o lançamento público da Campanha Salarial dos Bancários de 2012.

Fonte: Fetrafi-RS

Bradesco não emite CAT e Sindicato denuncia ao Ministério Público

O Sindicato dos Bancários do Litoral Norte registrou denúncia contra o Bradesco junto ao Ministério Público do Trabalho na terça-feira passada (17), porque o banco não emitiu a Comunicação de Acidente do Trabalho para funcionários que presenciaram assalto. O ataque à agência de Torres ocorreu no dia 02 de julho.

A entidade cobrou várias vezes a emissão do documento do Setor de Recursos Humanos do banco, mas não obteve retorno. O Sindicato então efetuou denúncia no MTE, baseado no artigo 22 da Lei 8.213/91, que obriga o empregador a emitir o documento junto à Previdência Social.

“O assalto foi uma situação traumática para os funcionários do banco, pois os marginais estavam armados e fazendo ameaças o tempo todo. Além disso, fizeram questão de dizer que sabiam detalhes sobre a vida pessoal de todos, como os locais onde moram, nomes de filhos e outras informações”, destaca o diretor do Sindicato dos Bancários do Litoral Norte, Jefferson Cougo.

O dirigente salienta que o Sindicato está cumprindo o seu papel no sentido de resguardar o direito dos colegas vítimas do ataque. A emissão da CAT garante o registro da ocorrência e a possível vinculação do ataque à origem de problemas de saúde pós-traumáticos.
Relembre o caso:
A agência do Bradesco no Centro de Torres, na base do Sindicato dos Bancários do Litoral Norte, foi atacada por ladrões na manhã da segunda-feira, 02 de julho. Dois bandidos renderam vigilantes e funcionários que chegavam para o trabalho.
 
Todos os bancários foram levados para a sala onde fica o cofre. No lado de fora da agência, outro assaltante ficou vigiando o movimento. Segundo a BM, os ladrões chegaram a passar trote para o telefone 190, tentando desviar a atenção dos policiais.

Os assaltantes acabaram desistindo de aguardar pela abertura do cofre e fugiram sem roubar o dinheiro, mas levaram dois revólveres dos vigilantes e dois coletes à prova de balas.

*Fetrafi-RS

Criminosos explodem caixa eletrônico em Bento Gonçalves

Homens armados explodiram um caixa eletrônico na madrugada desta sexta-feira, 20, em Bento Gonçalves. A ação aconteceu em um posto de combustíveis localizado na Avenida Humberto de Alencar Castelo Branco, no bairro Fenavinho. O município pertence à base do Sindicato dos Bancários de Bento Gonçalves e Região.

Criminosos, em dois carros, invadiram o posto foram a um caixa eletrônico instalado no pátio. Enquanto parte da quadrilha instalava explosivos no equipamento, outrosbandidos atiraram contra câmeras de vigilância.

PMs que estavam em patrulhamento nas proximidadesescutaram os disparos e, quando se deslocavam na direção no posto, escutaram o estrondo de uma explosão. Os bandidos recolhiam o dinheiro no momento em que os brigadianos chegaram. Houve troca de tiros e os criminosos embarcaram nos dois veículos e fugiram.

Funcionários e um grupo de clientes que estava no posto, que funciona 24 horas, não ficaram feridos. A BM da Serra fez buscas à quadrilha, mas os assaltantes não foram presos.
 
*Pioneiro com edição da Fetrafi-RS
 

Santander é condenado a enquadrar como bancário prestador de serviço

A Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu recurso interposto pelo Banco Santander S.A. A instituição buscava reformar a decisão da Terceira Turma do TST que manteve o enquadramento como bancário de um empregado terceirizado da empresa Meridional Informática.

O Santander argumentou que a Meridional prestava serviços de dados a algumas empresas não integrantes do mesmo grupo econômico do banco. Com isso, não poderia ser enquadrado na parte final da Súmula 239 do TST, que reconhece como bancário o empregado de empresa de processamento que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômico.

O relator na SDI-1, ministro Lelio Bentes Corrêa, salientou que, de acordo com a decisão da Terceira Turma, a prestação de serviço da Meridional Informática era dirigida exclusivamente a atender o Santander, direta ou indiretamente. Ainda, segundo o relator, na decisão ficou demonstrada que a prestação de serviços a outras empresas era "inexpressiva e insignificante" em relação à quantidade de trabalho prestado em favor do banco, de "aproximadamente 96%".
Para Lelio Bentes, em situações em que a quantidade de trabalho prestado a terceiras empresas é irrisória (4%), a condição de bancário deve ser reconhecida "sob pena de o Poder Judiciário permitir artifícios que visam a burlar a legislação do trabalho". O relator observou ainda que a decisão trazida para confronto de tese é inespecífica por registrar tese genérica no sentido de inaplicabilidade do entendimento da Súmula 239.
*TST

Saidinha: Mulher é assaltada após sacar na agência Navegantes do Bradesco

Carro teve o vidro quebrado.

Uma mulher foi assaltada nesta ultima sexta, dia 20, após sair da agência Navegantes do Bradesco. Ela teria sido seguida por dois bandidos em uma moto assim que deixou a unidade. A mulher foi abordada no estacionamento conveniado ao banco, situado ao lado do estabelecimento. Ela estava dentro do seu carro, que teve o vidro quebrado pelo bandido.
Este seria o segundo caso do crime de saidinha que ocorre nas imediações neste mês.


Estatística do Medo – Julho de 2012
1. Dia 2: Bradesco - Torres - Tentativa de assalto com cárcere de funcionários
2. Dia 4: Banrisul - Porto Alegre (Carlos Gomes) - Saidinha com morte de assaltante
3. Dia 6: Banrisul - Canoas (Chácara Barreto) - tentativa de assalto
4. Dia 9: Sicredi - Quevedos - tentativa de arrombamento
5. Dia 10: Julio de Castilhos – assalto
6. Dia 20: Bradesco (agência Navegantes) – saidinha

*SindBancários
 

Bancários querem reajuste de 10,25%, PLR e piso maiores e mais empregos


Os 629 delegados (428 homens e 201mulheres) e 43 observadores de todo o país que participaram da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em Curitibabna plenária final deste domingo 22 a pauta de reivindicações da Campanha 2012, que inclui reajuste de 10,25% (inflação mais 5% de aumento real) aprovado pela maioria dos votos, piso igual ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416), PLR equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, além de mais contratações e fim da rotatividade, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral. 

Os delegados também aprovaram como bandeira política a construção de uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, na qual a sociedade possa discutir e definir qual o papel que os bancos devem desempenhar no país.

A pauta de reivindicações será entregue à Fenaban no dia 1º de agosto. E já estão marcadas as duas primeiras rodadas de negociação, nos dias 7 e 8 e 15 e 16.

A Conferência também decidiu intensificar a luta pelo cumprimento da jornada de 6 horas para todos , pela contratação da remuneração total do bancário e pela ampliação da campanha pela inclusão bancária, que assegure prestação de todos os serviços financeiros a toda a população, realizada em agências e PABs por profissionais bancários, de forma a garantir atendimento de qualidade, respeitando as normas de segurança e protegendo o sigilo bancário.
O coroamento de um processo democrático de discussão
A 14ª Conferência, que começou na sexta-feira 20, foi o ponto culminante de um processo de participação e democracia da categoria em todo o país, que passou por assembleias, consultas dos sindicatos junto às suas bases, encontros estaduais e conferências regionais. "Esse é um processo que coroa o movimento que teve início lá atrás", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

 Segundo Cordeiro, "entramos agora na fase das mobilizações que tratarão não apenas da remuneração e do emprego, mas também dos demais eixos que compõem a minuta aprovada neste domingo. Estamos com a categoria bastante mobilizada para termos sucesso em todas as nossas reivindicações".

"Esta Conferência Nacional, resultado de um amplo e democrático processo de debates, atende a expectativa dos bancários de todo o país e aproxima ainda mais o movimento sindical da realidade cotidiana da categoria, da vida do bancário em seu local de trabalho e consolida a nossa unidade", afirma Carlos de Souza, vice-presidente da Contraf-CUT.

As principais reivindicações
* Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97%.
* PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
* Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
* Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
* Auxílio-refeição e vale-alimentação, cada um igual ao salário mínimo nacional (R$ 622,00).
* Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e ampliação da inclusão bancária.
* Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
* Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
* Mais segurança nas agências e postos bancários.
* Previdência complementar para todos os trabalhadores.
* Contratação total da remuneração, o que inclui a parte variável da remuneração.
* Igualdade de oportunidades.
Crédito: Leandro Taques - Contraf-CUT
Rede de Comunicação dos Bancários com Edição Fetrafi-RS

Grupo propõe novas cláusulas de remuneração e remete índice à plenária

O grupo que debateu as reivindicações de remuneração que farão parte da pauta a ser entregue aos banqueiros definiu, na tarde deste sábado 21, no segundo dia da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, que o índice de reajuste dos salários e a fórmula da PLR serão definidos pela plenária final da conferência, neste domingo. O grupo decidiu também incluir novas cláusulas sobre remuneração para a Campanha Nacional 2012. 
Por exemplo, facultar aos funcionários em férias o adiantamento de salário na época da concessão, cujo desconto se dará em 10 vezes sem juros. Além disso, oferecer a opção do valor em dinheiro no lugar de vale-transporte - para uso com combustível ou fretado -, já que o entendimento dos trabalhadores é de que a empresa deve custear o transporte do empregado.

Piso - Também está definido que o piso salarial a ser reivindicado será o salário mínimo previsto pelo Dieese, no valor de R$ 2.416,38.

Auxílios - O valor do salário mínimo oficial, atualmente de R$ 622, é a reivindicação dos bancários para os vale-refeição e também para a cesta-alimentação. Também será reivindicado que o pagamento seja estendido aos aposentados e trabalhadores, além da licença-maternidade, em licença-paternidade que está prevista na pauta de saúde. O auxílio-creche/babá também terá o valor do salário mínimo oficial vigente.

Os bancários também aprovaram no grupo a inclusão na pauta do pagamento integral de auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

Plenária definirá índice
Por decisão dos trabalhadores reunidos no grupo de remuneração, foram encaminhados para decisão da plenária geral, que será realizada na manhã deste domingo, os valores do índice, o formato da PLR, da gratificação de caixa, a regulamentação da remuneração variável e o pagamento do adicional de hora extra. Também será debatida a criação do vale-cultura.
Rede de Comunicação dos Bancários
Alan de F. Brito e Cláudia Motta
Crédito: Alan de F. Brito

Grupo prioriza construção da Conferência Nacional do Sistema Financeiro

Foi aprovada na tarde deste sábado 21 por grupo de trabalho específico da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, em Curitiba (PR), a adoção de ações imediatas pelo movimento sindical bancário para a construção da Conferência Nacional do Sistema Financeiro. A ideia é envolver a categoria bancária e toda a sociedade na mobilização em busca desse objetivo.

Para estruturar a Conferência Nacional do Sistema Financeiro, o grupo propõe que sejam tomadas iniciativas no sentido de criar uma comissão tripartite com representantes do governo federal e das instituições financeiras para estruturação da Conferência. A definição será da plenária final, que ocorrerá na manhã deste domingo 22.

Conforme ressaltou o coordenador dos trabalhos do grupo, Carlos de Souza, vice-presidente da Contraf-CUT e diretor dos Sindicato do Rio de Janeiro, as definições acerca da Conferência Nacional do Sistema Financeira resultaram de debate que vem das conferências regionais dos bancários e que foi bastante aprofundado aqui em Curitiba. "Conseguimos não só condensar múltiplas ideias como também definir estratégias de mobilização para discutir o sistema financeiro que o país e a sociedade precisam".
Entre as propostas encaminhadas à deliberação da plenária final está também a de elaboração de projeto de iniciativa popular para regulamentação do Artigo 192 da Constituição Federal (relativo ao sistema financeiro). O grupo se posicionou ainda pela estatização do sistema financeiro e pela participação dos trabalhadores nos conselhos de Administração do Banco Central e no Conselho Monetário Nacional.
Rede de Comunicação dos Bancários
Evando Peixoto

Grupo de Emprego destaca combate à rotatividade e à terceirização

O Grupo de Trabalho que tratou das reivindicações sobre Emprego, na tarde deste sábado, 21, aprovou para a deliberação da plenária uma série de reivindicações para incentivar a criação de postos de trabalho, que passa pelo fim da rotatividade e da terceirização, pela redução da jornada da categoria de 6 para 5 horas diárias com a criação de dois turnos e a ampliação do atendimento bancário das 9h às 17h, com o objetivo de melhorar o atendimento à população. 

O secretário de Organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, coordenador da mesa, expôs a atual situação do processo de terceirização, falou dos projetos de lei que estão em trâmite no Congresso Nacional e destacou a importância da mobilização do movimento sindical para combater essa prática nos bancos e a tentativa do Congresso Nacional de legalizar a precarização do trabalho via aprovação do PL 4330 do deputado Sandro Mabel. 

"A terceirização precariza o emprego bancário e contribui para a redução de postos de trabalho na categoria. A forma como os bancos estão contratando trabalhadores terceirizados é ilícita, pois esses trabalhadores, que recebem salários inferiores aos dos bancários e não têm direito á Convenção Coletiva da categoria, realizam atividades-fim", afirmou Pereira. "Não é à toa que a remuneração média da categoria não acompanha a política de aumento real e o aumento do emprego", conclui o dirigente.

A Contraf-CUT vai lançar uma cartilha sobre o tema e os sindicatos farão uma grande mobilização contra o Projeto de Lei 4330, do deputado Sandro Mabel (PR-GO), que escancara a terceirização e representa uma ameaça real à categoria bancária e a toda a classe trabalhadora. Outra atividade de mobilização prevista é um Dia Nacional de Lutas contra a proposta do parlamentar goiano. 

O texto aprovado no GT Emprego que será votado na plenária final da Conferência Nacional, nesse domingo (22), pede o fim da terceirização nos setores de compensação, tesouraria, caixa rápido, home banking, autoatendimento, teleatendimento, cobrança, cartão de crédito, retaguarda, concessão de crédito e atendimento direto ao clientes e demais setores bancários.

Correspondentes bancários
Os correspondentes bancários, outra forma de terceirização, também foi debatido na Conferência Nacional. Miguel Pereira lembrou que o número de correspondentes está em constante crescimento, e que os trabalhadores destes locais exercem funções de bancários, mas não possuem direitos e nem salários da categoria. Os trabalhadores terceirizados chegam a ganhar um terço a menos.

Jornada de 5 horas
 Uma das principais novidades aprovadas no GT que debateu sobre o emprego está relacionada à jornada de trabalho. A proposta prevê a redução de seis para cinco horas diárias de trabalho (25 horas semanais), sem redução de salário. O objetivo é garantir a criação de dois turnos para ampliar o horário de atendimento nas agências, que passaria a ser das 9h às 17h.

Os sindicalistas querem o cumprimento das leis que limitam o tempo de espera nas filas, mas sem sobrecarregar os funcionários e ainda promover a geração de mais empregos no setor financeiro. O item garante ainda o intervalo de 15 minutos e a nova jornada valeria para todos os bancários, inclusive os que possuem cargos comissionados. "Mas temos de deixar claro que este horário depende da criação de mais um turno e de mais contratações", destacou Miguel Pereira.

O dirigente informou que em recente entrevista, o próprio presidente do TST, Dalazen, afirmou a arbitrariedade que os bancos cometem ao estender a jornada de trabalho de seus comissionados para 8h, declarando que são "gerentes sem subordinados".

Contra a rotatividade
Os delegados também votaram as atualizações das reivindicações das seguintes cláusulas, conforme sugestões enviadas de todo Brasil: garantia contra dispensa imotivada (Convenção 158 da OIT), estabilidade provisória de emprego, estágio profissional, comissão paritária para debater a acompanhar as mudanças tecnológicas, isenção de tarifas e juros menores para a categoria, qualificação e requalificação custeada pelos bancos, prazo para homologação de rescisão, contratação de trabalhadores com deficiência física, entre outros.
"Vamos aproveitar o comprometimento do Ministro do Trabalho, Brizola Neto, que esteve em nossa Conferência no dia de ontem, para ampliar nossa luta contra esse abuso dos bancos, que se utiliza da rotatividade para reduzir os salários dos bancários em até 40%", afirma Miguel.

"Esperamos que após estas deliberações, todos saiam daqui engajados para levar os debates para suas bases e mobilizarmos os bancários em todo Brasil", finalizou Miguel Pereira.
Rede de Comunicação dos Bancários
Flávia Silveira e Carlos Vasconcellos

Grupo reforça luta por mais saúde, segurança e igualdade de oportunidades

 A luta pelo fim das metas abusivas e o combate ao assédio moral foi reafirmada no grupo de saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades, durante os debates na tarde deste sábado, dia 21, na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, em Curitiba. As demandas aprovadas foram remetidas para deliberação na plenária final que acontece na manhã deste domingo, dia 22. 

Para o secretário de Saúde do Trabalhaodr da Contraf-CUT, Walcir Previtale, o fato deste ter sido o último grupo a concluir os debates evidencia o quanto as discussões foram produtivas. "Os temas sobre o fim das metas abusivas ou o fim das metas e a renovação ou não renovação do acordo que possui um instrumento de combate ao assédio moral tiveram destaque nos debates e foram encaminhados para a plenária final", afirmou.

Os participantes discutiram outros temas referente à saúde como os meios para garantir a emissão pelos bancos da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), o programa de reabilitação e as questões que envolvem a violência organizacional.

O grupo ainda debateu a inclusão de uma reivindicação para que os bancos complementem o salário de aposentados que continuam na ativa em caso de afastamento por doença ou acidente de trabalho. Foi aprovada a garantia de que o banco desenvolva políticas contra discriminação de trabalhadores que estão em processo de reabilitação e o cumprimento da NR 17, que não contempla a maioria dos bancários, para que todos tenham direito a intervalo de 10 minutos após 50 minutos de jornada em trabalhos repetitivos.

Segurança bancária
Na reunião em grupo, os bancários aprovaram por consenso pequenas alterações em algumas reivindicações da minuta nacional, a partir das propostas encaminhadas pelas conferências regionais e estaduais.

Todas as demais demandas de segurança bancária foram reafirmadas, como a obrigatoriedade das portas giratórias com detectores de metais, câmeras de monitoramento em tempo real nas áreas internas e externas das agências e postos, biombos entre as filas de espera e os caixas, e vidros blindados nas fachadas. Foi acrescentada também a proposta de instalação de escudo com assento para o vigilante nas unidades.

O coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, destacou que uma das medidas a ser reivindicada junto aos bancos será a comunicação imediata ao sindicato local para acompanhar os empregados por ocasião do comparecimento ao órgão policial para a identificação de criminosos ou suspeitos. Além disso, o banco deverá garantir a segurança individual das vítimas.

Também foi reiterado o fim da triagem de clientes para verificação de acesso à parte interna das agências e postos, como forma de combater o crime da "saidinha de banco".

Igualdade de Oportunidades
O grupo ainda tratou das questões sobre a igualdade de oportunidades. Os participantes discutiram temas relacionados à isonomia de tratamento para homoafetivos, ampliação da licença paternidade e contratação das pessoas com deficiência, entre outras questões.

Fonte: Contraf-CUT
Rede de Comunicação dos Bancários

Geração de empregos nos bancos cai 83% no primeiro trimestre

Mulheres continuam ganhando menos que os homens.

O sistema financeiro nacional gerou 1.144 novos empregos no primeiro trimestre de 2012, o que representa uma queda de 83,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Houve fechamento de postos de trabalho em grandes bancos, principalmente Itaú e Banco do Brasil. A rotatividade de mão-de-obra continua alta nas instituições financeiras e é utilizada para conter a expansão da massa salarial. O salário médio dos trabalhadores contratados foi 38,2% inferior ao dos desligados. E as mulheres continuam ganhando menos que os homens nas instituições financeiras.

Esses são os principais resultados da 13ª edição da Pesquisa de Emprego Bancário realizada trimestralmente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira, 20, na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, durante entrevista coletiva que contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto.

Entre janeiro e março, os bancos desligaram 10.001 trabalhadores e contrataram 11.145. No mesmo período do ano passado, o saldo positivo de empregos nos bancos foi de 6.851 vagas. Essa queda brusca de 83,3% é quase três vezes maior que a desaceleração do emprego na economia como um todo, que apresentou 27,5% na redução de crescimento de vagas de trabalho nos primeiros três meses do ano.

O Caged não identifica a evolução do emprego por empresas, mas como divide o segmento por setores, é possível saber que a Caixa Econômica Federal gerou 1.396 postos de trabalho no primeiro trimestre - número superior ao de todo o sistema. Isso significa que sem a Caixa o saldo de empregos no setor seria negativo. Pelos balanços dos bancos, os que mais fecharam postos de trabalho no primeiro trimestre foram o Itaú (1.964) e o Banco do Brasil (406).

A remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.656,92 e a dos desligados de R$ 4.299,27 no primeiro trimestre - uma diferença de 38,20%. Na economia brasileira como um todo, a diferença entre a média salarial dos contratados é 7% inferior à média salarial dos demitidos.

"Isso demonstra claramente mais uma vez a estratégia cruel dos bancos de utilizar a rotatividade para reduzir a despesa de pessoal", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

"Essa é uma política extremamente prejudicial à categoria, porque além de rebaixar a média salarial deixa os bancários permanentemente em tensão por medo de demissões", acrescenta. "Isso é uma violência, porque o sistema financeiro não enfrenta nenhuma dificuldade. Pelo contrário, só os cinco maiores bancos registraram um lucro líquido de R$ 50,7 bilhões no ano passado e de R$ 11,8 bilhões apenas nos primeiros três meses de 2012."

A análise do saldo de empregos por faixa de remuneração deixa mais clara essa política dos bancos. O resultado foi positivo apenas para as faixas até três salários mínimos, enquanto as faixas salariais acima desse patamar apresentaram saldos negativos. O maior saldo aconteceu na faixa de remuneração entre dois a três mínimos, que teve crescimento de 5.184 vagas.


Descompromisso com o desenvolvimento
O saldo de 1.144 novos postos de trabalho no primeiro trimestre representa uma expansão de apenas 0,22% no emprego bancário. Além disso, na comparação com o saldo de 321.241 vagas criadas em todos os setores da economia no primeiro trimestre, os bancos contribuíram com apenas 0,35% do total.

"O setor de maior lucratividade da economia, exceto Vale e Petrobras, não pode ter uma contribuição tão pequena para a geração de empregos e o desenvolvimento do país", afirma o presidente da Contraf-CUT. "Não podemos aceitar essa falta de compromisso dos bancos com a sociedade brasileira."

Mulheres discriminadas
A pesquisa Contraf-CUT/Dieese também demonstra com clareza a discriminação que as mulheres sofrem nos bancos. A média salarial das bancárias desligadas (R$ 3.545,66) é 29% inferior à dos bancários (R$4.978,80) que saíram. As mulheres já entram nos bancos ganhando menos que os homens. O salário médio delas, no ingresso, é de R$ 2.291,98 e o dos homens de R$ 3.014,91 - uma diferença de 24%.

Fonte: Contraf-CUT

Para o Comando, só com unidade nacional os bancários vão avançar

Abertura da 14ª Conferência Nacional dos Bancários.

 Fortalecer a unidade nacional para construir uma grande mobilização e buscar novas conquistas. Foi esse sentimento comum que marcou a abertura solene, nesta sexta-feira (20) à noite, da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, que está sendo realizada em Curitiba.
O evento continuou no sábado 21 com uma análise de conjuntura na parte da manhã e depois com trabalhos em grupo, à tarde, para aprofundar o debate sobre emprego, remuneração, saúde, condições de trabalho e segurança bancária e sistema financeiro nacional.

"Apesar de pontos de vista às vezes divergentes, temos muito mais coisas em comum e um grau de unidade muito grande que conquistamos nesses anos de luta, fundamental para que sejamos a única categoria com a mesma Convenção Coletiva de Trabalho, que em 2012 completa 20 anos", afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "E só vamos avançar na CCT com o fortalecimento dessa unidade."

O dirigente sindical defendeu mais ousadia da categoria na Campanha Nacional deste ano. "Precisamos inovar. Além do aumento real de salário, da valorização do piso e das melhorias na PLR, temos que eleger o combate à rotatividade como o eixo principal da campanha, para acabar com esse instrumento perverso de redução da massa salarial da categoria", propôs Carlos Cordeiro. "Temos também que jogar peso no emprego, na saúde e condições de trabalho, e na segurança bancária."

'A Contraf-CUT foi fundada aqui, em Curitiba'
O presidente da Fetec-CUT PR, Elias Jordão, abriu a solenidade saudando os delegados e observadores e ressaltando a importância da realização da 14ª Conferência Nacional em Curitiba. "Além dos 80 anos do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, neste ano a Fetec-CUT-PR também completa 20 anos. Devemos lembrar também que a Contraf-CUT foi fundada aqui na capital paranaense, então temos história no movimento bancário", afirmou.

Elias falou sobre os desafios e dificuldades que a categoria poderá encontrar na Campanha Nacional deste ano. "Já sabemos que a crise econômica será usada como argumento para dificultar a negociação. Mas esta crise não é nossa, não fomos nós que criamos. Trabalhador gera lucros e ganhos, e no caso do sistema financeiro, os lucros são imensos".

O presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Otávio Dias, também saudou os participantes do encontro. "A nossa campanha para realizar a Conferência Nacional em Curitiba começou há um ano. É uma satisfação muito grande recebê-los neste ano em que completamos 80 anos de lutas", lembra o dirigente.
Otávio Dias contou ter se emocionado ao receber um ministro de Estado que se comprometeu com a categoria bancária. "Ele assumiu um compromisso de atuar com ações de governo para lutar contra a rotatividade e nós temos que cobrar", diz.

O presidente do Sindicato de Curitiba também conclamou a todos intensificarem os esforços para convencer o governo a convocar uma Conferência Nacional do Sistema Financeiro, na qual a sociedade brasileira possa discutir qual o papel que os bancos devem exercer no país. E finalizou desejando boas vindas a todos em Curitiba, lembrando que o calor humano dos companheiros bancários esquentou o clima na cidade.

'Os bancos não enfrentam crise'
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, criticou a ganância dos bancos. Ela reforçou que a terceirização, a rotatividade, o assédio moral, o acúmulo de serviço e o aumento da jornada não se justificam em um setor que lucrou R$ 52 bilhões no ano passado e que, só no primeiro trimestre deste ano, acumulou R$ 12 bilhões (considerando apenas os balanços dos cinco maiores bancos do país).

"Na segunda-feira (16) dei entrevista a dois jornalistas que me perguntaram a mesma coisa: como ficaria a campanha nesse contexto de crise internacional. Eu respondi devolvendo a pergunta e questionando: que crise o sistema financeiro nacional está passando? Eles não souberam me responder. Os bancos não estão passando por crise nenhuma, gente!", disse.

Juvandia lembrou ainda que, durante a campanha do ano passado, o discurso dos banqueiros, que encontra eco na grande mídia, era de que o aumento dos salários dos trabalhadores levaria à inflação. "Na verdade o remédio que os países europeus estão receitando, de arrocho salarial e austeridade, é que está aumentando a crise."
A dirigente disse que os bancários têm de lutar, nesta Campanha, por aumento do emprego, dos salários, melhoria das condições de trabalho. Mas também fazer coro com a sociedade e lutar por um sistema financeiro que de fato cumpra seu papel social, promovendo desenvolvimento com sustentabilidade.

Outra bandeira dessa campanha, segundo Juvandia, deve ser o fim do fator previdenciário. "Também temos de ir pras ruas e colocar como eixo de nossa luta o fim do fator previdenciário. E ser contra essa história de idade mínima (para a aposentadoria). O brasileiro começa a trabalhar muito cedo!", justificou.

O bancário, deputado estadual, e ex-presidente do Sindicato de São Paulo e primeiro presidente da Contraf-CUT, Luiz Cláudio Marcolino (PT-SP), também participou da mesa de abertura. Ele lembrou duas conquistas históricas da categoria: a CCT nacional, que completou 20 anos, e a unificação da negociação de bancos privados e públicos, em 2004. "Destaco esses dois patrimônios da nossa luta. O primeiro garantiu que todos os bancários tivessem os mesmos direitos, do Rio de Janeiro ou do Acre. O segundo, em 2004, foi a conquista da unidade dos trabalhadores bancários. Vocês vêm demonstrando, ano após ano, que é possível ousar e conquistar, continuar ousando e conquistando", concluiu.

Os 20 anos da CCT
Aparecido Roveroni, representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, destacou a importância da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que está completando 20 anos, e enfatizou também que é preciso coragem para discutir e negociar a contratação diferenciada dos correspondentes bancários e terceirizados. "Divergências existem, porém é preciso superar pela via da unidade de ação".
'A unidade se dá na ação concreta'
O presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe e representante da CTB, Emanuel Souza, também defendeu que "a unidade nacional da categoria é essencial e a sua construção foi realizada coletivamente por todos os estados brasileiros ao longo das décadas. Essa construção se dá na ação concreta de cada dia. Precisamos refletir sobre nossa luta, como fortalecer a greve, fortalecer a organização no local de trabalho e lá combater o assédio moral que tem levado a categoria ao adoecimento mental".

Outro ponto destacado por Emanuel foi sobre a necessidade da realização da Conferência Nacional do Sistema Financeiro. "Precisamos debater qual sistema financeiro é necessário para que o Brasil cresça, se desenvolva e para que seja promovida justiça social".
Expressão dos debates das conferências regionais
O presidente do Sindicato dos Bancários de Florianópolis, Jacir Zimmer, representante da CSD, destacou que a Conferência é a expressão dos debates feitos nas conferências regionais ou estaduais. "É inegável que chegamos para esta 14ª Conferência com um acúmulo de conhecimento jamais visto, o que mostra o quanto estamos organizados e que temos totais condições para avançarmos ainda mais", afirmou Jacir.
 O dirigente ainda lembrou os 20 anos da assinatura da primeira Convenção Coletiva da categoria bancária celebrada neste ano. "Muitos não acreditavam que naquele momento pudéssemos construir uma convenção unificada válida em todo o território nacional, e hoje esta é a realidade vivida pelos bancários", disse.
 O sindicalista ainda ressaltou o desafio de se construir uma unidade que não seja apenas teórica, mas que também seja na prática. "Que possamos sair desta Campanha Salarial com as resoluções que de fato os trabalhadores esperam de seus representantes", conclui Jacir.

Estatização do sistema financeiro
O coordenador geral do Sindicato do Espírito Santo e representante da Intersindical, Carlos Pereira de Araújo, reafirmou como fundamental a luta pela estatização do sistema financeiro. "Vimos recentemente os governos dos EUA e dos países europeus injetando bilhões para salvar bancos. No Brasil não vai ser diferente. A dívida pública é crescente e grande parte da arrecadação é destinada para pagamento da dívida. Esse dinheiro vai para o capital financeiro, que se apropria das nossas riquezas, da nossa força de trabalho e ficamos com a degradação ambiental", afirmou Araújo.
Na sua avaliação, é preciso combater o pacto envolvendo banqueiros, agronegócio e grande indústria feito em 1994, com a implantação do Plano Real. "Por meio desse pacto, a elite econômica buscou a estabilidade para conter as greves que aconteciam no período e para continuar acumulando e se apropriando das riquezas através da nossa força de trabalho. Passou o Governo Lula e não conseguimos fazer mudanças estruturais importantes, como a democratização da comunicação e a taxação das grandes riquezas. Prevaleceu a pauta conservadora das privatizações, das reformas da Previdência Social que retiram direitos trabalhistas. Precisamos buscar mudar esse modelo, pois a democracia econômica é fundamental para os brasileiros", afirmou.

'Bancos têm dinheiro de sobra para atender reivindicações'
O presidente da Federação dos Bancários do RJ e ES, Nilton Damião (o Niltinho) também manifestou a convicção de que "os bancos vão usar a crise internacional e a decisão do governo de reduzir os juros como justificativas para não atender nossas reivindicações, mas o aumento das tarifas e os lucros do setor financeiro derrubam a falácia dos banqueiros, que têm dinheiro de sobra para atender as reivindicações de nossa campanha salarial".

 Também falaram antes da abertura da 14ª Conferência representantes da CSP-Conlutas, da CUT Pode Mais e dos Bancários em Primeiro Lugar (BPL).
Fonte: Contraf-CUT
Crédito: Leandro Taques
Rede de Comunicação dos Bancários

Ministro assume compromisso de combater rotatividade nos bancos

Para Brizola Neto, não há justificativa para demissões.

 O ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, assumiu o compromisso de enfrentar, junto com os bancários e demais categorias, a rotatividade que ocorre em alguns segmentos do mercado de trabalho, como o setor financeiro, durante sua exposição sobre emprego nesta sexta-feira (20) na 14ª Conferência Nacional, que está sendo realizada em Curitiba.

"Estou nesta Conferência com muita satisfação, mas minha presença aqui tem um motivo muito especial: a questão da alta rotatividade na categoria bancária, que é a maior juntamente com a construção civil. No caso da construção civil, há explicações estruturais, mas em relação ao sistema financeiro não há justificativa para essa prática dos bancos. Vou empunhar, junto com os bancários, a bandeira contra a alta rotatividade", disse.

 Ele acrescentou ainda que, além de ser perverso com o trabalhador, que perde seu emprego, o problema tem um alto custo para o governo. "A rotatividade contribui para um gasto de cerca de R$ 30 bilhões por ano com seguro-desemprego, dinheiro que deveria ser investido na qualificação profissional e no abono salarial dos trabalhadores."

Duas décadas perdidas
Brizola destacou a importância dos bancários na mobilização dos trabalhadores para a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), assinada pelo presidente Getúlio Vargas em 1943. Ele fez ainda duras críticas ao período neoliberal, nos anos 80 e 90, especialmente ao governo Fernando Henrique Cardoso.

"Os governos neoliberais privatizaram, elevaram as taxas de juros, quase destruíram a economia nacional gerando desemprego em massa. Foram duas décadas perdidas. No Brasil foi criada uma das redes bancárias tecnologicamente mais avançadas do mundo, mas, ao lado do processo inflacionário, essa modernidade resultou na drástica redução do emprego no setor financeiro", disse.

Ele defendeu o governo Lula, que rompeu com esse processo recessivo. "A eleição de um operário rompeu com a lógica anterior, garantiu a valorização do salário mínimo, que apesar de ainda ser baixo, melhorou, elevou a renda do trabalhador e promoveu a geração de empregos, reduzindo as taxas de desemprego."

Ao lembrar de seu avô, ele disse que Leonel Brizola, que fazia críticas no início do governo petista, admitiu em seguida, que o país começa a avançar. "Ele dizia, com bom humor, que o operário havia começado a comer mingau pelas beiradas'', afirmou.

Perto do pleno emprego
O ministro acrescentou que em alguns setores o desemprego no país chega hoje a 5%, índice próximo ao chamado pleno emprego, capacidade ideal para o Brasil atingir o desenvolvimento econômico, que só será possível com crescimento da economia e geração de empregos.
Ao final de seu discurso, Brizola Neto ressaltou a importância da educação de qualidade para o país e fez uma avaliação positiva do comportamento da economia nacional, apesar da crise internacional.

"A crise internacional foi causada pela irresponsabilidade dos bancos, tem 'olhos azuis' como disse Lula. Os países do chamado primeiro mundo já não têm mais capacidade de expansão de seus parques produtivos, o que não ocorre com o Brasil, até em função de nosso atraso histórico. Mas será fundamental a educação de qualidade para garantir o desenvolvimento científico e tecnológico e o futuro do país", disse.

Combater a terceirização
 O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, expressou ao ministro sua preocupação com o projeto de Lei 4330/04, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que tramita no Congresso Nacional. O projeto, se aprovado, escancara a terceirização no país e representa uma ameaça real à categoria bancária e a toda a classe trabalhadora, promovendo ainda mais a precarização no trabalho.

Bancários denunciam HSBC ao ministro
Além disso, o Sindicato dos Bancários de Curitiba entregou ao ministro dossiê com denúncia sobre o HSBC, que contratou um "serviço de inteligência" para espionar a vida de 164 funcionários afastados por doenças do trabalho entre os anos de 1999 e 2002. Eles tiveram suas vidas pessoais vasculhadas por uma empresa contratada pelo banco. Foram filmados e fotografados, com o objetivo de colocar em dúvida suas doenças ocupacionais e tentando "provar" que exerciam "outra atividade profissional". A empresa nada conseguiu comprovar.

O banco inglês também foi denunciado este mês pelo Congresso dos EUA, de "lavar" dinheiro do tráfico de drogas e do terrorismo internacional.
Brizola Neto disse que o ministério vai apurar essa denúncia e se comprometeu a encaminhar os fatos à presidenta Dilma. Também garantiu que se as denúncias forem comprovadas vai atuar para que o HSBC seja exemplarmente punido. "Também vamos chamar o banco para um diálogo social, para deixar claro que o Ministério do Trabalho tem o compromisso com o elo mais fraco das relações de trabalho, que são os trabalhadores."
Crédito: Leandro Taques - Contraf-CUT
Rede de Comunicação dos Bancários
Carlos Vasconcellos

Dieese mostra como rotatividade reduz média salarial dos bancários

Nos últimos oito anos crescimento foi de 3,6%.

 A mobilização nacional e unificada dos bancários garantiu 13,93% de aumento real nos salários nos últimos oito anos. A média salarial da categoria, no entanto, não reflete essa realidade: cresceu apenas 3,6% nesse período, principalmente em função da rotatividade no sistema financeiro, utilizada pelas empresas para reduzir a folha de pagamentos. Os bancos trocam profissionais com salários mais altos por novos empregados com remuneração mais baixa.

 A mobilização nacional e unificada dos bancários garantiu 13,93% de aumento real nos salários nos últimos oito anos. A média salarial da categoria, no entanto, não reflete essa realidade: cresceu apenas 3,6% nesse período, principalmente em função da rotatividade no sistema financeiro, utilizada pelas empresas para reduzir a folha de pagamentos. Os bancos trocam profissionais com salários mais altos por novos empregados com remuneração mais baixa.

Em 2004, o bancário recebia, em média, R$ 4.279. O valor subiu para R$ 4.435 em 2011 - crescimento de 3,6%. No mesmo período, a lucratividade dos maiores bancos saltou de R$ 23,32 bilhões para R$ 53,42 bilhões - aumento de 230,43%. 

A demonstração do aprisionamento do ganho dos bancários face à exorbitância do faturamento dos banqueiros foi feita pela economista do Dieese Catia Uehara, na tarde desta sexta-feira, em painel de debates da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, evento que prossegue até domingo 22, em Curitiba (PR).

Conforme ressaltou Catia Uehara, a remuneração certamente será o "fio condutor" das campanhas salariais de diversas categorias no segundo semestre deste ano, especialmente na campanha nacional dos bancários.
A economista destacou o fato de a renda média dos bancários não conseguir acompanhar sequer o crescimento da massa salarial e da geração de empregos no setor. O número de postos de trabalho saltou de 393.140 mil em 2001, para 506.699 em 2011, o que representa aumento de 28% de novos postos. No entanto, a questão da rotatividade é o grande vilão para a categoria. "A diferença do salário pago entre o admitido e o desligado é, em média, 38% inferior. Esse tem sido o mecanismo usado pelos banqueiros para atenuar o impacto das negociações coletivas", ressaltou Catia.

Catia destacou os avanços na regra da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com dados demonstrativos do crescimento do peso da remuneração variável na renda do bancário. A representatividade da remuneração variável na remuneração total do bancário subiu de 5,4% em 1995, para 14,5% em 2011. No mesmo período, a remuneração de renda fixa passou de 67,7% para 62% da renda total. Quanto à renda fixa indireta os percentuais passaram de 26,9% para 23%.


Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários

Contraf-CUT e CNTV defendem mais investimentos dos bancos na segurança

Segurança bancária é tema específico de painel pela primeira vez em uma conferência.

Pela primeira vez uma Conferência Nacional dos Bancários teve um painel para discutir especificamente segurança bancária. O tema foi debatido na tarde desta sexta-feira, dia 20, e contou com a participação do coordenador do Coletivo Nacional de Segurança da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, e do presidente da CNTV (Confederação Nacional dos Vigilantes), José Boaventura.
Ademir fez uma exposição com números de pesquisas nacionais feitas em conjunto pelas duas entidades, focando dados da violência que afetam trabalhadores e clientes dos bancos. Boaventura analisou as principais lutas travadas por mais segurança, na busca da proteção da vida das pessoas.

Para eles, o cenário de descaso dos bancos torna necessária a ampliação da discussão sobre o tema e a pressão para que haja mais investimentos em segurança. Segundo dados do Dieese, os cinco maiores bancos que operam no país apresentaram lucros de R$ 50,7 bilhões em 2011, mas os investimentos em segurança e vigilância somaram apenas R$ 2,6 bilhões, o que significa 5,2%, em média, na comparação com os lucros.

Conforme Boaventura, "o investimento em segurança feito pelos bancos é para a segurança do dinheiro, não das pessoas". "Agência bancária é um local de risco e é preciso responsabilizar os bancos pela segurança dos bancários, vigilantes e clientes", completou Ademir.

Mortes
Pesquisa nacional de mortes e assaltos envolvendo bancos, realizada pela CNTV e Contraf-CUT e divulgada nesta quinta-feira, 19, demonstra que 27 pessoas foram assassinadas no primeiro semestre de 2012, uma média de 4 vítimas fatais por mês, o que representa um aumento de 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 23 mortes.

São Paulo (6), Rio de Janeiro (4) e Bahia (4) foram os estados com o maior número de casos. A principal ocorrência foi o crime conhecido como "saidinha de banco", que provocou 14 mortes. Já a maioria das vítimas foram clientes (15), seguido de vigilantes (5), transeuntes (3), policiais (3) e bancário (1). Segundo Boaventura, esse crime é originado dentro do banco, e deve ser combatido por meio da utilização de biombos e divisórias entre as filas e os caixas.

Foi destacada também a estatística da Febraban que mostra a redução de assaltos após instalação da portas de segurança a partir do final dos anos 1990. O número caiu de 1.903 em 2000 para 369 em 2010. "No entanto, houve um aumento para 422 ocorrências em 2011, ano em que o Itaú retirou portas giratórias nas reformas das agências e o Bradesco inaugurou unidades sem esse equipamento e muitas com número insuficiente de vigilantes, o que é inaceitável", denunciou Ademir.

Atualização da Lei Federal 7.102/83
Para os painelistas, todos os dados apresentados reforçam a necessidade de atualização da legislação federal de segurança que se encontra defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade. Foi citado que o Ministério da Justiça está elaborando um projeto de lei que cria o Estatuto da Segurança Privada, ouvindo as entidades que integram a Comissão Consultiva para Assuntos ded Segurança Privada (Ccasp), a fim de atualizar a Lei nº 7.102/83.

"Precisamos de um estatuto de segurança privada sim, mas com medidas eficazes e equipamentos adequados de prevenção para garantir a proteção da vida, eliminar riscos e oferecer segurança para trabalhadores e clientes", disse Boaventura. " Queremos a obrigatoriedade das portas giratórias nas agências e postos de atendimento", salientou Ademir.

Mais parcerias entre bancários e vigilantes
O aumento das parcerias entre bancários e vigilantes foi reforçado durante o painel. Ademir defendeu a ampliação da luta por mais segurança e a unificação da data-base para unir ainda mais as lutas das categorias e aumentar as conquistas.

Para Boaventura, a parceria é importante. "É preciso também ampliar legislações municipais que preencham os vácuos da legislação federal. Além disso, é necessário trazer a opinião pública para a discussão, já que o debate é também de interesse da população", complementa.

Boaventura defendeu ainda que os vigilantes que trabalham em agências bancárias sejam preparados especificamente para atender o setor financeiro. Outra demanda levantada é a responsabilidade pelo guarda das chaves das agências. "O porte da chave pelo vigilante fora do expediente é um perigo tanto para o vigilante, quanto para o bancário. Não queremos essa responsabilidade", destacou.

Mesa temática
Na próxima mesa temática de segurança bancária com os bancos, a ser realizada no próximo dia 30 de julho, a Fenaban apresentará a estatística de assaltos a agências e postos no primeiro semestre desse ano. Além disso, a Contraf-CUT pautou o debate sobre os sequestros, buscando medidas de prevenção contra esse crime que, além de traumatizar, tem causado a demissão de muitos bancários.

Fonte: Contraf-CUT
Rede Comunicação dos Bancários
Alan de F. Brito e Maricélia Franco
Crédito: Leandroi Taques - Contraf-CUT

Bancos têm capacidade para contratar muito mais, diz economista do Dieese

A 13ª Pesquisa de Emprego Bancário foi apresentada na 14ª Conferência Nacional, em Curitiba.

 A 13ª Pesquisa de Emprego Bancário apresentada nesta sexta-feira (20) aos trabalhadores reunidos na 14ª Conferência Nacional, em Curitiba, comprova: os bancos podem e devem contratar mais. O estudo foi realizado pela Contraf-CUT e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Durante sua exposição no Painel de Emprego da Conferência, o técnico do Dieese Nelson Karam reforçou a preocupação crescente com a qualidade do emprego. "Boa parte das campanhas salariais acabam se pautando pela reposição salarial. É claro que isso continua sendo importante, mas agora vemos maior discussão sobre outras questões, como saúde e condições de trabalho e também a questão da qualidade do emprego", afirmou.

De acordo com a pesquisa, nos últimos anos houve expansão na contratação bancária. Se no início dos anos 1990 eram cerca de 730 mil bancários no país e ao final da década o número caiu para 392 mil, a partir do ano 2000 os empregos voltaram a crescer. Em 2012, a categoria bancária é formada por 508 mil trabalhadores, crescimento de 29% em relação ao final da década de 1990.

Karam ressaltou que, no entanto, esse aumento está muito aquém da capacidade do setor. "Em 2004, os cinco maiores bancos atuantes no Brasil lucraram R$ 18 bilhões. Já em 2011, este lucro pulou para mais de R$ 50 bilhões. A expansão do lucro é muito maior do que o aumento das contratações."

Os dados de 2012 mostram que a geração de emprego diminuiu neste ano em relação aos últimos dois anos. No primeiro trimestre de 2012, foram criados cerca de 1.100 postos, o que significa queda de 83% em comparação com a geração de empregos formais no setor, nos últimos anos.

A pesquisa também aponta que há concentração de novas vagas nesses cinco maiores bancos que atuam no Brasil, principalmente na região Sudeste, onde estão 61% dos trabalhadores bancários.

Alta rotatividade
Karam destacou a importância de outros dados: aqueles que indicam diminuição no tempo que os bancários mantêm-se no emprego. Em 1995, 46% dos empregados possuíam mais de 10 anos de casa. Em 2010, o percentual passou para apenas 26%. "Isso mostra a alta rotatividade no setor, que tem atingido especialmente os funcionários com mais tempo de banco e, portanto, com salários maiores", explicou.

A estratégia da rotatividade para diminuição de gastos fica muito clara no setor bancário. "Se compararmos o salário, um bancário contratado chega a receber até 38% menos do que o que ocupava o mesmo cargo anteriormente. É uma média muito superior à dos outros setores, que fica em 7%", afirmou o técnico do Dieese.

Terceirização
Segundo Nelson Karam, o aumento expressivo de correspondentes bancários contribui com a precarização do emprego. No início do ano 2000, o número de correspondentes era inexpressivo. Em 2010 já eram quase 158 mil e agora, em 2012, já são mais de 300 mil. "São trabalhadores que não possuem representação formal, com direitos limitados", acentuou.

Jornada
Apesar de ser uma conquista histórica da categoria bancária, a jornada de seis horas diárias, na prática, é amplamente desrespeitada. Metade dos bancários já trabalha entre 31 horas e 40 horas por semana. Em 1995, esse número era de 31%. "Por isso a importância da luta pela redução da jornada, bastante forte no movimento sindical bancário. Temos de lembrar que não é apenas a extensão da jornada, mas também a intensificação, porque o ritmo de trabalho é cada vez mais forte", salientou Nelson Karam.

Mulheres
Em 1995, a participação da mulher no setor bancário era de 42%. Em 2010, o número aumentou para 48%. No entanto, a desigualdade salarial se acentuou nesse período. Em 1995, a diferença salarial entre homens e mulheres era de 21%. Já em 2010, as mulheres passaram a ganhar em média 24% menos que os homens, exercendo as mesmas funções.

Entre as que foram desligadas, a diferença é ainda maior. A média salarial das bancárias demitidas chega a ser 29% inferior à dos bancários.

Faixa etária e escolaridade
O estudo também nota mudança na faixa etária da categoria nos últimos anos. Houve crescimento no número de bancários na faixa de 40 a 49 anos, de 22% em 1995 para 27% em 2010. E o perfil de escolaridade também mudou: atualmente, 69% dos trabalhadores do setor possuem formação superior completa. Em 1995, apenas 21% chegava ao nível superior.

Fonte: Contraf-CUT
Crédito: Leandro Taques - Contraf-CUT
Rede de Comunicação dos Bancários
Flávia Silveira

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Após mobilização nacional, atendimento do Bradesco Saúde é ampliado

O dia nacional de luta dos funcionários do Bradesco contra o atendimento incompleto do planos de saúde e odontológico, ocorrido no dia 4, surtiu efeito. A negociação com a Contraf-CUT, sindicatos e federações, realizada nesta quarta-feira, 18, em Osasco, trouxe avanços para os bancários.

O Bradesco disse que se adequará à Resolução Normativa 254 da Agência Nacional de Saúde (ANS) e incluirá no atendimento aos usuários especialidades como psicologia, psiquiatria, fonoaudiologia, nutricionista, entre outras, além de procedimentos como vasectomia. Os funcionários contarão com consultas nessas áreas a partir de 4 de agosto.

"Trata-se de avanços importantes, fruto da mobilização dos bancários em todo país", destaca a diretora da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Elaine Cutis.

"O banco se comprometeu também em agendar reuniões com as federações de bancários em todo país, a fim de discutir os problemas de credenciamentos de profissionais e buscar soluções que atendam as demandas dos funcionários", destaca.

"Esperamos que esses avanços possibilitem também caminhar rumo a conquista de outras reivindicações, com a inclusão dos pais e a manutenção do plano de saúde na aposentadoria", aponta a dirigente sindical.

Representaram o banco gestores do RH, da área de Benefícios e os responsáveis pelo Bradesco Saúde. Também participaram os representantes da UNA, empresa que gere o Odontoprev. "A presença deles foi importante para que ouvissem todas as reclamações e as reivindicações dos bancários", disse Juvandia.

Ficou estabelecido ainda que os funcionários que tiverem problemas para serem atendidos pela rede credenciada devem reclamar por meio do 0800-7012700. O call center também está preparado para receber sugestões dos usuários para credenciamento de outras clínicas ou médicos.

"Os funcionários relatavam que esses problemas eram constantes. Muitas vezes a clínica estava credenciada, mas acabava não atendendo o usuário. Esperamos que o call center resolva isso e, se não resolver, os bancários devem denunciar ao Sindicato", orienta Juvandia.

" Apesar dos importantes avanços, o banco continua negando a inclusão dos pais e a continuidade do plano na aposentadoria. O Bradesco deve organizar um informativo com as alterações efetivas, principalmente no Saúde Dental/Rede Una, para que os usuários localizem os profissionais disponíveis", análisa o representante da Comissão de Organização dos Empregado e diretor do Sindicato dos Bancários de Camaquã, Sandro Cheiran, que participou da reunião.

Odontoprev
Também houve avanços nas discussões sobre a melhoria do plano odontológico. Os bancários reclamavam de que, com a mudança do Bradesco Dental para o Odontoprev, muitos profissionais se descredenciaram. Mas o banco ressaltou que os funcionários passaram a contar também com os 24 mil dentistas da rede de atendimento da UNA, atual gestora do plano.

Os representantes do banco admitiram que parte dos profissionais do Bradesco Dental não estão atendendo pelo Odontoprev, mas anunciaram que a UNA fará visitas a esses dentistas para que se credenciem e, assim, continuem atendendo os bancários.

O banco se comprometeu também a divulgar aos funcionários as informações sobre onde localizar os dentistas que continuam atendendo pelo Bradesco Dental e os credenciados na UNA. E garantiu ainda que todas as regras de atendimento e periodicidade do antigo plano foram mantidas no atual.

Dúvidas e reclamações sobre o plano odontológico também devem ser feitas pelo 0800-7012700.
Fonte: Contraf-CUT com edição Fetrafi-rs

Ex-gerente denuncia BB por "prática abusiva" contra clientes

Superintendência regional teria pedido as senhas pessoais dos clientes.


 Um ex-gerente do Banco do Brasil denunciou o Banco do Brasil por práticas abusivas contra clientes da instituição em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Em audiência realizada na terça-feira (17) pela Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Orlando Ângelo Silva disse que, em maio de 2011, a superintendência regional do banco pediu aos gerentes as senhas pessoais dos clientes com o intuito de "implantar pacotes de serviços de modo indiscriminado, sem que houvesse consentimento dos clientes", segundo relato da audiência feito pela casa legislativa.

Em razão dos lançamentos indevidos, débitos eram registrados nas contas dos clientes. O BB disse que apura o caso e que, até agora, apenas 27 clientes reclamaram terem sido lesados.
Silva disse ter sido perseguido por ter negado acesso à sua senha. "Sofri assédio e me vi obrigado a sair do banco após 28 anos de serviços prestados."

Segundo o ex-funcionário, outros 20 gerentes na região de Juiz de Fora foram penalizados com a perda de comissão desde que denunciou o caso. Ele disse ser possível que casos semelhantes tenham ocorrido em outras regiões do país.

Presentes à audiência, o superintendente regional de Governo do BB, Marcos Melo Frade, e o gerente jurídico regional do BB, Marcelo Vicente Pimenta --representando o presidente do BB, Aldemir Bendine--, disseram que um processo administrativo foi aberto há 11 meses para apurar o caso.

INVESTIGAÇÃO INTERNA
Conforme relatado pelo Legislativo, Pimenta disse que, durante o processo de apuração, foram descobertas "algumas irregularidades, e por isso está havendo punições". O superintendente responsável por pedir a senha dos gerentes foi quem teria recebido "a maior penalização" até o momento.

"O banco repudia qualquer insinuação de que determina ou orienta funcionários a praticar ações que possam lesar o consumidor", disse o gerente jurídico regional do banco.

Ele diz que o BB está presente em todos os municípios brasileiros, tem quase 120 mil funcionários e, por isso, podem ocorrer desvios de conduta pontuais.

"Demos o direito de defesa a todos os envolvidos. Não está havendo nenhum julgamento sumário", disse, afirmando à comissão que não poderia dar detalhes das investigações porque as apurações prosseguem.

MEDIDAS ADOTADAS
O BB não informou quantos clientes podem ter sido afetados. O banco tem 1 milhão de clientes na região de Juiz de Fora.

Em relação aos 27 clientes que reclamaram da adoção de pacotes de serviços sem consentimento, Pimenta diz que o banco fez o ressarcimento imediato do débito.
Marcos Frade, superintendente regional de Governo do banco, disse que desde setembro o BB adotou novas medidas para a efetivação de pacotes de serviços. "É necessário, por exemplo, uma assinatura eletrônica do consumidor."
Fonte: Folha Online

Itaú amplia número de agências que funcionam em horário alternativo

Sindicatos cobram respeito a jornada de trabalho dos bancários.


Após ampliar o horário de funcionamento de 46 agências de shoppings, o Itaú anunciou no dia 06 que estendeu o período de atendimento ao público de mais 13 agências no País. Com a mudança, essas agências vão funcionar das 12h às 20h com atendimento exclusivo para clientes do banco após as 17h.
No total, informa o banco, são 59 agências no País operando com horário diferente. Durante o funcionamento do novo horário, o banco constatou que os clientes procuram as agências após as 17h em busca de assessoria financeira, abertura de contas, contratação de produtos e serviços. Notícias extraoficiais informam que o Banco planeja ampliar o horário de atendimentoem cidades de grande porte em todo o país.
O Banco Central determina que no caso das agências de bancos múltiplos com carteira comercial e da Caixa Econômica Federal, o horário mínimo de expediente para o público seja de cinco horas diárias ininterruptas, com atendimento obrigatório no período de 12h às 15h, horário de Brasília.
“O movimento sindical bancário exigirá dos bancos, que ampliarem o horário de atendimento ao público, o respeito à jornada de seis horas dos bancários e bancárias, o efetivo registro das horas trabalhadas e a garantia de segurança no local de trabalho”, declara o diretor da Fetrafi-rs, Jorge Vieira.

Confira as novas agências de shoppings
- Rio de Janeiro: Botafogo Praia Shopping; Norte Shopping; Center Shopping; West Shopping; São Conrado;
- São Paulo: Shopping Center Norte; Shopping Parque Continental; Shopping Metrópole (São Bernardo do Campo); ParkShopping (São Caetano do Sul); Parque D. Pedro (Campinas);
- Porto Alegre: Shopping Praia Bela; Shopping Borboun;
- Brasília: Brasília Park Shopping
Fonte: Terra com edição Fetrafi-RS