quarta-feira, 18 de julho de 2012

Banrisulenses debatem propostas sobre Fundação Banrisul

Plenária Nacional pautou alternativas para funcionários da ativa e assistidos.

Fotos: Departamento de Comunicação Fetrafi-RS
A primeira Plenária Nacional sobre Fundação Banrisul foi promovida no último sábado (14), pela Fetrafi-RS e sindicatos filiados. O evento, realizado na AMRIGS, em Porto Alegre, reuniu mais de 200 funcionários da ativa e assistidos em um amplo debate sobre os problemas estruturais que atingem o Plano de Benefícios 1 e propostas de novos planos para a Fundação. O objetivo da Plenária foi divulgar os trabalhos feitos pelo GT Fundação Banrisul - fórum organizado pelo movimento sindical - e pela Comissão Paritária sobre Fundação Banrisul, integrada por representantes do banco, da FBSS, do movimento sindical e aposentados.

A mesa de abertura da Plenária foi composta pelos diretores da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha e Denise Corrêa; pelo diretor de Seguridade Social da Fundação Banrisul, Fábio Alves; pelo presidente do SindBancários, Mauro Salles Machado; pelo presidente da Afaban, Olmiro Vieira de Araújo Sobrinho; pelo representante da Associação dos Funcionários do Badesul, Paulo Rogério Palma Christmann e pelo presidente do Banrisul, Túlio Zamin.

De acordo com a diretora da Fetrafi-RS, Denise Corrêa, os participantes e assistidos da Fundação Banrisul devem discutir suas dúvidas e buscar esclarecimentos sobre novas possibilidades quanto aos planos de benefício para tomarem suas decisões no futuro. “Esse tema é muito importante e urgente para todos nós porque logo ali estaremos aposentados. Estamos aqui para explicar, debater, aprender, propor e avaliar de forma coletiva e participativa", afirma Denise.

O presidente do SindBancários, Mauro Salles Machado, salientou que em 2012 o movimento sindical quer resolver dois grandes problemas para o funcionalismo do Banrisul. “Temos pela frente o desafio de lutar pela implementação do novo quadro de carreira, que já teve uma nova proposta apresentada pelos funcionários do banco, e o equilíbrio da Fundação, que trata do futuro dos banrisulenses”, destaca o presidente.

O diretor da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha, enfatiza que a Fundação deve dar a cada um o que é seu. Ou seja, os assistidos merecem receber um benefício de acordo com suas contribuições feitas ao longo dos anos. “O mutualismo e a solidariedade foram substituídos pelo mutualismo perverso, ou seja, aqueles que ganham menos pagam a conta daqueles que recebem mais. Hoje temos a possibilidade de resolver essas questões. Nós precisamos perseguir de todas as formas a solução para os problemas da Fundação. O correto é que cada um receba futuramente aquilo que repassou ao fundo. Os interesses são nossos, exclusivamente nossos. Vamos defender ideias e propostas da maneira mais aguerrida possível e o fim do mutualismo perverso deve ser a nossa principal causa nesse momento”, enfatiza Carlos Augusto Rocha.

O presidente do Banrisul, Túlio Zamin, encerrou as manifestações da mesa de abertura da Plenária Nacional afirmando que o tema Fundação está entre as prioridades do banco. “O ano de 2012 será marcado como o ano em que faremos uma importante reestruturação na Fundação Banrisul. Ao mesmo tempo em que afirmo o nosso objetivo de minimizar o impacto dessa reestruturação nas finanças do banco, tenho consciência de que ela é vital e vai incidir no ânimo de todos os funcionários”.

O presidente do banco também destacou o esforço feito pela Comissão Paritária para encontrar soluções viáveis para os problemas da FBSS. “Estamos afirmando que este tema não vai para baixo do tapete. Há de nossa parte a sensibilidade e consciência de que o banco terá que aportar um recurso importante para viabilizar o equilíbrio da Fundação”, observa Zamin.

O presidente da FBSS, Jorge Luiz Berzagui, diz que a diretoria da Fundação Banrisul quer garantir que a Fundação cumpra o seu papel, que é pagar benefício complementar para quem contribui. “Os problemas do Plano de Benefício 1 são estruturais, mas em função do mutualismo do plano, todos pagam pela insuficiência de recursos”, observa.

O diretor de Seguridade Social da Fundação Banrisul, Fábio Alves, destaca que a FBSS é coletiva, e nessa coletividade que as soluções para os problemas devem ser debatidas.

Após a mesa de abertura dos trabalhos, o assessor técnico do GT Fundação Banrisul, advogado e especialista em previdência complementar, Ricardo Só de Castro, fez uma apresentação detalhada sobre a estruturação dos planos de benefício da FBSS e propostas que estão sendo elaboradas no âmbito do GT e da Comissão Paritária, a fim de solucionar os problemas da Fundação. Em seguida, houve abertura para manifestações e questionamentos do plenário.

Avaliação
Os diretores da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha e Denise Corrêa, ressaltam que a Plenária Nacional cumpriu o papel de levar informações aos banrisulenses e de socializar as iniciativas do movimento sindical e demais entidades representativas dos aposentados, para encaminhar a resolução definitiva dos problemas relacionados à Fundação Banrisul.

“Desde o início, propusemos um debate democrático sobre o tema, a fim de garantir que os banrisulenses pudessem manifestar suas opiniões sobre os problemas da Fundação Banrisul e suas perspectivas quanto ao futuro dos planos de benefício. A discussão não ficará restrita a este evento e vamos inclusive fazer um grande esforço para levar os debates ao interior do Estado. Os problemas da Fundação são problemas coletivos e devem ser resolvidos a partir dos interesses de todos”, finalizam.
Fonte: Fetrafi-RS

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