terça-feira, 30 de setembro de 2014

Primeiro dia da greve tem 767 agências bancárias paralisadas no Rio Grande do Sul

O primeiro dia de greve dos bancos na base dos 38 sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) terminou com  767 agências paralisadas. Foram 356 agências nos 15 municípios da base do Sindicato dos Bancários da Capital (SindBancários Porto Alegre), mais 411 unidades do interior do Estado.

Os números revelam adesão maior que na última greve. Somente em Porto Alegre, houve crescimento de 41,3% em relação ao primeiro dia do ano passado. As agências de bancos públicos e privados ficaram totalmente paralisadas no primeiro dia de greve em comparação com as 252 do primeiro dia da GREVE do ano passado (19/9/2013).

O coordenador de Política Sindical da Fetrafi-RS, Juberlei Bacelo, avalia a mobilização como resposta à dificuldade de avanços na mesa de negociação. "Este ano tivemos uma arrancada de bancários que aderiram à greve bem superior ao último ano, o que reflete a indignação da categoria com as condições desfavoráveis de trabalho da categoria, além das metas abusivas que têm adoecido os bancários", ressalta. 

As negociações iniciaram nacionalmente em 11 de agosto e ainda não houve avanços nas cláusulas sociais, no reajuste de piso e de verbas salariais, assim como melhores condições de trabalho, mais investimentos em saúde, igualdade de oportunidades, segurança e mais empregos. 

Em relação às cláusulas econômicas, a Fenaban fez duas propostas. Em 19/9, na sétima rodada de negociação, representantes dos bancos ofereceram 7% nas verbas salariais (vale-refeição, cesta alimentação, entre outras) e 7,5% de reajuste no piso. No sábado passado, 27/9, em nova reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fernaban), os percentuais aumentaram. Os representantes dos bancos ofereceram 7,5% nas verbas salariais e 8% no piso. As duas propostas econômicas foram consideradas insuficientes.  A segunda proposta econômica foi rejeitada em assembleias nacionais na segunda-feira (29), e confirmou a greve. 

Mobilização fecha mais de 6,5 mil agências no Brasil

Os bancários fecharam pelo menos 6.572 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal no primeiro dia da greve nacional da categoria por tempo indeterminado. São 427 unidades paralisadas a mais que no primeiro dia da greve do ano passado (6.145), um crescimento de 9,38%. Os bancários reivindicam 12,5% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, garantia de emprego, melhores condições de saúde e trabalho, com fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades. 

O balanço foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com base nos dados enviados até as 18h30 pelos 134 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários, que representa cerca de 95% dos 511 mil bancários do País. "Mais uma vez os bancários dão uma grande demonstração de unidade nacional e a força de sua mobilização, fazendo uma greve ainda maior que no ano passado. É um recado inequívoco aos bancos de que queremos mais do que os 7,35% de reajuste e que não fecharemos acordo sem que nossas reivindicações econômicas e sociais sejam atendidas", adverte Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. 

As principais reivindicações dos bancários
-Reajuste salarial de 12,5%.
-Piso Salarial de R$ 2.979,25
-PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
-14º salário.
-Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
-Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.
-Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.
-Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.
-Fim das metas abusivas.
-Combate ao assédio moral.
-Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.
-Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.
-Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.
-Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
-Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
-Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; biombos em frente aos caixas e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários. 
-Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs). 

Fonte: Comunicação Fetrafi-RS, com informações de indBancários e Contraf-CUT

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Relato sobre a participação de Moacir Deves, Diretor de Comunicação e Saúde doSindicato Dos Bancarios Ijui em reunião com a Caixa.
Estiveram reunidos em Brasília, hoje, 24/09, no Hotel San Marco, os representantes da Caixa,  sob a coordenação de Almir Marcio Miguel, Gerente Nacional da GEING/MZ;  e, representantes dos empregados, sob a coordenação da diretora de Finanças da Contec,  Rumiko Tanaka  para dar continuidade à discussão dos assuntos pendentes da pauta de reivindicação dos empregados da Caixa.
A CAIXA apresentou uma lista de propostas, algumas com renovação, outras com avanços, conforme descrevemos abaixo:
Isenção de Tarifas  Bancárias -  amplia a isenção em vários serviços exclusivos para a conta corrente de crédito dos salários.
Ausência Permitida – amplia a idade de 14 para 18 anos para levar filho ou enteado ao médico.
Licença Adoção – prerrogativa da concessão para o Pai ou a Mãe,  pelo mesmo prazo da Licença Maternidade, a escolha dos pais.
Bolsa de Estudo – concessão para até 300 bolsas para  graduação, até 500 para pós-graduação e até 800 para idiomas.
Licença Maternidade – Em caso de falecimento da mãe, e a sobrevida do filho, fica garantido a continuidade da licença para o Pai.

A Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação - CEBNN/CONTEC entende que houve alguns avanços, entretanto ficaram sem atendimento pontos importantes e fundamentais que a categoria esperava que fossem solucionados em mesa de negociação, e muito questionados pelos empregados, tais como: Contratação de novos empregados para atender as demandas das agências; isonomia para com os empregados pós 98; ausência de sinalização de melhorias no Plano de Carreira  com relação à defasagem dos últimos anos e os acertos da curva salarial passando os valores da referência 202 para 201, regularizando assim o piso da categoria da Caixa, dentre outros.

Avaliação: Avaliamos que a CAIXA no decorrer das negociações vem subestimando as justas e claras reivindicações
dos empregados, e que precisa apresentar propostas concretas que realmente atendam as demandas apresentadas na pauta de reivindicações.

Orientação: Somente com forte mobilização da categoria conseguiremos arrancar da CAIXA propostas que realmente atendam as reivindicações dos empregados.
 Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação - CEBNN/CONTEC

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Negociação com o BB é antecipada para quarta-feira, 24

A direção do Banco do Brasil e o Comando Nacional dos Bancários anteciparam para esta quarta-feira 24 a quarta rodada de negociações da pauta específica da Campanha 2014, quando o BB deve apresentar uma proposta aos funcionários. A reunião será às 10h, em Brasília.
O índice de reajuste de toda a categoria bancária, o que inclui os funcionários dos bancos públicos, está sendo negociado entre o Comando Nacional e a Fenaban, da qual o BB também participa. Os bancos propuseram na sexta-feira 19 reajuste de 7,5%, o que significa 0,61% de aumento real. O Comando considerou a proposta insuficiente e está orientando deflagração de greve a partir de 30 de setembro.

Na terceira rodada de negociações específicas entre o Comando Nacional e o BB, realizada no dia 12 de setembro, em São Paulo, foram as demais reivindicações econômicas do funcionalismo. Veja abaixo:

Plano de Carreira e Remuneração (PCR)

O PCR foi bastante discutido, onde as principais propostas apresentadas pelos bancários são a mudança do interstício para 6%, a inclusão dos escriturários na carreira de mérito, a mudança da pontuação diária de cada grupo e a retroatividade do mérito dos caixas a 1998.

Volta da substituição

O Comando insistiu na volta das substituições. Desde 2007, quando foram suspensas, têm causado enorme prejuízo aos funcionários e ao banco, devido a não formação de novos comissionados com experiência e treinamento necessários para o exercício do cargo.

Previdência complementar

Na parte sobre planos de previdência, entre as muitas reivindicações da minuta, foi debatida a inclusão dos funcionários oriundos de bancos incorporados nos planos administrados pela Previ, a criação de um novo benefício com base na PLR para os Planos 1 e Previ Futuro e também o resgate da parte patronal no plano Previ Futuro e a diminuição das taxas de carregamento.

Plano de Funções

Desde que o banco implantou unilateralmente o novo plano de funções, várias distorções foram criadas com prejuízo aos bancários de funções técnicas e gerenciais.

Os bancários reivindicam a criação de um plano negociado com os funcionários, com aumento dos Valores de Referência (VR) e das gratificações de função, evitando as verbas de complemento, que subtraem as promoções por mérito e antiguidade.

Foi proposto pelo Comando a criação de módulos básicos e avançados em todos os cargos gerenciais, inclusive no de Supervisor de Atendimento.

Incorporação da comissão

Assim como já acontece em outras empresas, os bancários reivindicam que no BB haja a incorporação de 100% do Valor de Referência ,ao passo de 10% do VR ao ano em cada cargo exercido.

Gerência média


Foram apresentadas propostas para as reivindicações dos funcionários da gerência média, como a melhoria dos VR, a equiparação dos gerentes de relacionamento do carteirão com os demais gerentes de atendimento personalizado e equiparação de gerentes de grupo e de setor.

Ainda sobre o plano de funções, foi debatida a criação da comissão de pregoeiro para os funcionários que trabalham nas áreas de licitação e a função de analista técnico social para os responsáveis por programas sociais, como financiamento imobiliário do Minha Casa Minha Vida.

Reestruturações

Devido ao grande número de reestruturações em andamento dentro do banco, muitas vezes os funcionários envolvidos perdem os cargos ou parte dos salários devido à mudança de locais de trabalho. Os bancários reivindicam a criação de uma proteção aos salários nestes casos.

Foi sugerida pelo Comando a criação de uma mesa temática exclusiva para tratar de reestruturações, com o objetivo de convencionar patamares mínimos de proteção aos bancários.

CABB

Os bancários cobraram do banco a apresentação de propostas para os funcionários da CABB, cuja mesa temática foi realizada no meio do ano e ainda há muitas pendências a serem resolvidas.

Folgas da Justiça Eleitoral


Os dirigentes sindicais também questionaram o BB sobre a edição de uma Instrução Normativa que trata das folgas da Justiça Eleitoral. Os bancários têm reclamado que está havendo muitos conflitos com o que determinam os tribunais eleitorais e os gestores do BB.

Demais reivindicações


Os bancários  discutiram com o banco a implantação de demais reivindicações contidas na minuta sobre remuneração, como a implantação de menores taxas de empréstimos e financiamentos aos funcionários, a retirada de metas de avaliação da GDP e a extensão do vale-cultura para todos os funcionários.
 
Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS

Reunião com a CAIXA na próxima quarta-feira

Haverá reunião de negociação com a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL na próxima  quarta-feira (24/09), às 15, no Hotel San Marco, localizado no Setor Hoteleiro Sul, Quadra 5, Bloco C, Brasília-DF. A reunião preparatória acontece também no dia 24/09, às 12h, no mesmo local.

O Diretor Moacir Deves representará o Sindicato de Ijuí na reunião com a Caixa.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

EDITAL DE CONVOCAÇÃO GREVE

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Assembléia Geral Extraordinária

(Resumo do Edital publicado no Correio do Povo do dia 20/09/2014)

A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul e o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de IJUÍ, com sede na Rua Sete de Setembro, 345, sala 28, na cidade de Ijuí, por seus representantes legais, CONVOCAM todos os empregados em estabelecimentos bancários (sindicalizados ou não), inclusive empregados dos bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banrisul, Badesul e Banco da Amazônia) das cidades que integram as concernentes bases territoriais dos Sindicatos, para reunirem-se em assembleia geral no respectivo endereço supra mencionado, no dia 25 de setembro de 2014, às 18:00 (dezoito) horas, em primeira convocação, ou às 19:00 (dezenove) horas no mesmo dia, em segunda e última convocação, para discutir e decidir acerca da seguinte Ordem do Dia:
1.     Avaliar eventual contraproposta das Mesas de Negociações com a Fenaban e com as demais Instituições financeiras específicas.
2.     Deliberar sobre ratificação do indicativo do Comando Nacional de deflagração de greve a contar do dia 30/09/2014, tendo em vista inexistir qualquer contraproposta razoável às reivindicações dos trabalhadores.
3.     Deliberar sobre a suspensão da assembleia para ser reconvocada a qualquer momento, mediante simples boletim interno do sindicato.

Porto Alegre, 20 de setembro de 2014


P/ Sindicato Convocante




     ARNONI HANKE                                  DENISE FALKENBERG CORRÊA

Diretoria Administrativa                                      Diretoria de Política Sindical

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Bancários fazem assembleias no dia 25, próxima quinta-feira

Após a apresentação de proposta insuficiente da Fenaban, o Comando Nacional definiu os encaminhamentos da Campanha Salarial para a próxima semana. No dia 25 de setembro, quinta-feira, os sindicatos promovem assembleias gerais da categoria para deliberar pela greve por tempo indeterminado a partir do dia 30 de setembro. Novas assembleias ocorrem no dia 29 de setembro, para organização do início do movimento paredista.

Após cinco rodadas de negociações com o Comando Nacional sem resultados relevantes para os bancários, a Fenaban apresentou proposta global na manhã desta sexta-feira (19), composta pelo reajuste de 7% sobre as verbas de natureza salarial e de 7,5% no piso. Clique aqui para ver a proposta na íntegra! 

O diretor da Fetrafi-RS e representante no Comando Nacional, Juberlei Bacelo, salienta que o descaso dos bancos leva a categoria a ampliar a mobilização em todas as bases sindicais, preparando os bancários para mais uma greve nacional. "Além de não trazer qualquer avanço nas negociações, a Fenaban repete a mesma tática de campanhas anteriores com a apresentação de uma proposta rebaixada, que gera grande indignação na categoria. Convocamos os bancários para a luta por melhores condições de trabalho e um reajuste digno”, salienta o sindicalista.
Juberlei enfatiza a importância da pressão sobre a Fenaban. "O embate com os bancos exige força e organização da categoria. Graças a nossa consciência coletiva e unidade foi possível manter a Convenção Coletiva de Trabalho, avançando na conquista de direitos. Os bancários tem uma trajetória de luta que forjou parte da história dos trabalhadores no Brasil. A cada ano reafirmamos esta tradição através da realização de grandes greves com resultados efetivos”, destaca o dirigente da Fetrafi-RS.

Bancos públicos também enrolam nas negociações específicas
Seguindo o exemplo da Fenaban, as direções da Caixa, Banco do Brasil e Banrisul também causaram indignação nas negociações das pautas específicas de cada segmento. Após diversas mesas, não houve avanços ou apresentação de propostas da parte dos bancos, sendo que os negociadores das instituições evidenciam - pela postura displicente nos debates - que apenas querem ganhar tempo.

Principais reivindicações dos bancários:

- Reajuste salarial de 12,5%.
- PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
- 14º salário.
- Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
- Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.
- Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.
- Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.

Fonte: Comunicação/Fetrafi-RS

Fenaban apresenta proposta e Comando reúne para definir orientações



Após cinco rodadas de negociações com o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban apresentou proposta global na manhã desta sexta-feira, composta pelo reajuste de 7% sobre as verbas de natureza salarial e de 7,5% no piso.

O Comando reúne neste momento para definir os encaminhamentos da Campanha Salarial. Mais informações serão divulgadas a qualquer instante.
Principais reivindicações dos bancários:
- Reajuste salarial de 12,5%.
- PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
- 14º salário.
- Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
- Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.
- Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.
- Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.
Clique  para ver a proposta na íntegra.

Fonte: Comunicação/Fetrafi-RS







quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Passeatão marca início da mobilização para a greve da categoria

O Passeatão Estadual dos Bancários do Rio Grande do Sul marcou o início da mobilização para a greve da categoria, que pode ser deflagrada nesta sexta-feira (19), caso as negociações da 5ª Rodada da Mesa de Negociação da Campanha Salarial 2014 não avancem com a Federação Brasileira de Bancos (Fenaban). 
Cerca de 500 bancários e representantes de sindicatos de todas as sete regionais do Rio Grande do Sul tomaram as ruas da capital gaúcha na tarde desta quinta-feira (18). A atividade já é uma tradição histórica da Campanha Salarial. Organizada pela Fetrafi-RS e pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários), a manifestação também conta com o apoio e a participação de todas as entidades filiadas à Federação.

A concentração ocorreu na Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre, em frente à agência central do Banrisul. Os bancários seguiram pelas principais ruas que contam com a presença de agências, até a Esquina Democrática. Mais do que reajuste salarial, a Campanha Salarial dos Bancários, com o lema “Mais, Mais, Queremos Mais”, busca o apoio da sociedade gaúcha para as reivindicações da categoria de mais segurança, condições de trabalho, saúde, igualdade, manutenção do emprego e novos postos de trabalho, além do atendimento de qualidade nas agências, a partir da luta contra a terceirização do trabalho.

O diretor de Política Sindical da Fetrafi-RS e membro do Comando Nacional dos Bancários, Juberlei Baes Bacelo, um diferencial da Campanha Salarial deste ano é uma maior intervenção da classe patronal nas escolhas políticas, pautando candidaturas com atitudes contra os trabalhadores. “O projeto da terceirização é um verdadeiro ataque à nossa categoria, por meio do Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa campanha, além das nossas reivindicações, vamos às ruas para lutar contra esse ataque dos bancos.”

Juberlei Bacelo ressaltou ainda que o passeatão é a largada para a tradicional movimentação de setembro e para a greve nacional da categoria, prevista para ser anunciada nesta sexta (19), pelo Comando Nacional. “Vamos chamar a atenção da sociedade e desgastar a imagem deste setor até sermos ouvidos e conquistarmos ainda mais avanços necessários a toda sociedade.”

Entidades unidas na luta pelas reivindicações
Faixas, cartazes, apitos e outros materiais visuais identificaram os sindicatos e os eixos da Campanha. A Fetrafi-RS destaca a importância da participação massiva de dirigentes sindicais e colegas bancários no Passeatão para mostrar a força e a organização dos trabalhadores do sistema financeiro. 

O ato contou também com a presença do Secretário de Estudos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) e funcionário do Banrisul, Antonio Pirotti, que ressaltou a presença unificada da Federação, SindBancários e dos demais sindicatos do Estado. “A necessidade é cada vez mais intensificarmos as mobilizações dos bancários em busca não apenas de uma Campanha Salarial, mas também dialogar com a sociedade gaúcha sobre o papel das financeiras, sobre as taxas de juros abusivas que a população paga, mas que não apresentam contrapartida em políticas públicas para a sociedade”. Pirotti também ressaltou a importância da busca pela segurança nas instituições financeiras. “Não podemos mais admitir que bancários e clientes sejam assaltados e até mesmo mortos dentro dos bancos”.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS), Claudir Nespolo, também ressaltou a importância da união das entidades em uma grande campanha salarial, que busca um reajuste digno, a melhoria das cláusulas sociais da convenção coletiva, em prol de uma realidade mais digna para os bancários. “Esse trabalhador cumpre uma função fundamental na sociedade e os donos dos bancos não atendem como deveriam ao que chamamos de valorização da categoria à altura da responsabilidade que os bancários têm.”

Frente aos cidadãos que se reuniram na Esquina Democrática, também o presidente do SindBancários de Porto Alegre, Everton Gimenis, ressaltou que essa foi a mobilização de rua de uma Campanha Salarial que iniciou há cinco rodadas de negociação, quando a categoria entregou a pauta de reivindicações específicas. “Amanhã, ou nos apresentam uma proposta decente ou vamos marcar a data da greve”, anunciou.

Principais reivindicações dos bancários:
- Reajuste salarial de 12,5%.
- PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.
- 14º salário.
- Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
- Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.
- Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.
- Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.

Fonte: Fetrafi/RS

Rodada específica: Banrisul propõe retirada de direitos de afastados

A segunda rodada de negociações da pauta específica dos banrisulenses, iniciada nesta quarta-feira, 17, se resumiu na disposição do Comando de avançar e na tática defensiva da diretoria do Banrisul. Aliás, os negociadores do banco só mudaram de postura quando o assunto foi retirar direitos dos trabalhadores. Sem propostas ou acenar com avanços, a diretoria veio para a negociação, ocorrida na Associação dos Bancos do RS não só para enrolar, mas para condicionar a renovação do Acordo Coletivo do ano passado à exclusão dos banrisulenses afastados do trabalho por motivo de doença do pagamento da PLR Banrisul e outros benefícios, como a 13ª cesta alimentação e vale-refeição.

A diretoria propôs ainda que o Acordo fosse prorrogado até 2 de outubro. O Comando rechaçou, de forma indignada, as propostas do banco, destacando que só assinaria a prorrogação com a manutenção das cláusulas que o Banrisul queria suprimir e com prazo fixado no término da negociação.
Os temas saúde e condições de trabalho foram debatidos no período da tarde diante do impasse a prorrogação do Acordo Coletivo 2013. Por cerca de seis horas, os debates seguiram acirrados, com muitas discussões sobre pontos específicos e sob a intransigência da diretoria. Na avaliação do Comando, o Banrisul enrola para ganhar tempo e esperar a proposta de índice que a Fenaban promete apresentar nesta sexta-feira, 19. Os negociadores querem empurrar para depois do dia 2 de outubro, quando se encerram as negociações, a apresentação de uma proposta global.
"O banco está propondo retirar PLR e outras conquistas que os banrisulenses tiveram depois de lutar por muitos anos. A falta de sensibilidade pode ser medida pelo momento que a diretoria propõe atacar os afastados por doenças. Eles querem tirar benefícios como vales e cesta alimentação que já estão consagrados como conquista e direito por seis meses no caso de afastamento por doença, no dia em que estamos debatendo saúde e condições de trabalho. Ninguém pode perder nada”, apontou o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.
Para o integrante do Comando Nacional, diretor da Contraf-CUT e funcionário do Banrisul, Antonio Pirotti, a estratégia dos negociadores do Banrisul foi atacar o movimento sindical e transferir a responsabilidade por uma eventual perda de direitos. "É lamentável que, quando temos uma mesa de debates sobre saúde, o Banrisul venha tentar tirar direitos dos afastados porque estão doentes. O banco traz uma situação para inviabilizar o acordo. Depois, eles vão dizer que as entidades sindicais não aceitaram os avanços que eles propuseram. Não temos como aceitar algo que foi tirado para depois ser reposto. Não vamos aceitar que as conquistas do ano passado sejam usadas como barganha na Campanha Salarial”, avisou Pirotti.
O Banrisul não pode alegar motivos econômicos para retirar direitos dos afastados. É consenso que o impacto do pagamento de alguns benefícios – como a cesta alimentação e vale refeição - é relevante. "Estão discriminando os afastados. Se estiver afastado cinco meses agora, no próximo mês já não receberia. Não aceitaremos retroceder. O banco não quer negociar e agora propõe retirar direitos. Ainda por cima, quer usar isso para dizer, no fim da negociação, que o retorno do que se retirou é o avanço”, acrescenta o diretor da Fetrafi-RS, Juberlei Bacelo.

Plano de Carreira

Mesmo que a estratégia da diretoria tenha sido empurrar com a barriga a negociação, trazendo para o debate a assinatura da prorrogação do Acordo Coletivo do ano passado e esquivando-se de debater Plano de Carreira, o Comando Nacional dos Banrisulenses cobrou o cumprimento de Acordo Coletivo anterior em que ficara acertado acordo que previa a implantação do Plano de Carreira. O argumento do banco é que o Acordo Coletivo do ano passado foi cumprido, sobretudo no que respeita a manutenção da Comissão Paritária, formada por representantes dos trabalhadores e da diretoria, para negociar e implantar o Plano de Carreira, porém sem compromisso de implantar sequer para o Quadro Básico. O Comando Nacional pressionou no início da reunião para debater agora o Plano de Carreira e buscou compromisso do banco com o anúncio de uma data de implantação. O banco quer debater Plano de Carreira em 2 de outubro.

PLR
A PLR Banrisul esteve em pauta na rodada de negociação desta quarta-feira. Para ganhar tempo, os negociadores propuseram a suspensão do benefício como condição para assinar prorrogação de vigência do Acordo Coletivo do ano passado. No início da reunião, propuseram o dia 30 de setembro como prazo final de vigência da renovação. Com isso, a proposta era renovar um conjunto de conquistas da categoria por apenas 13 dias. Mais adiante, aceitaram ampliar o prazo para 2 de outubro. A assessoria jurídica e o Comando entendem que não é possível assinar um documento que gere perda de direitos.

Segurança

Outra tática do Banrisul é tergiversar. Ante as propostas dos banrisulenses, eles praticamente mudam de assunto e apresentam as "soluções” que estão em andamento. Chegaram a levar o gerente de segurança para enumerar programas de treinamento e investimentos voltados para a segurança patrimonial não para a defesa da integridade e da vida dos trabalhadores. No que diz respeito à segurança, os integrantes do Comando Nacional cobraram a instalação de biombos perto dos caixas e dos terminais de autoatendimento, de portas-giratórias antes dos caixas-eletrônicos, de vidros blindados, câmeras.
O Comando entendeu que o banco precisa avançar muito nos investimentos em segurança. O discurso dos diretores e especialistas do banco aponta para a direção de estratégias que visam à proteção do dinheiro. Os banrisulenses querem que os investimentos em segurança sejam feitos para a defesa da vida dos trabalhadores. O Comando também toma como inaceitável o fato de o Banrisul ainda exigir de seus funcionários que fiquem com as chaves e abram as agências. Isso expõe os trabalhadores a sequestros por quadrilhas cada vez mais bem informadas sobre as rotinas dos bancários e de seus familiares.

Saúde
Um dos mantras do Departamento de Saúde do SindBancários costuma referir que, para combater o adoecimento no ambiente de trabalho, é preciso conhecer a realidade e a causa das doenças. O Banrisul não tem fornecido dados sobre número de trabalhadores afastados e tipo de doença que os afastou. Aliás, o Departamento de Saúde costuma pedir dados e não vem. O banco alega que não pode fornecer dados de bancários doentes, porque isso seria ilegal. O Comando esclareceu que não solicita dados médicos pessoais de trabalhadores, mas dados estatísticos com volume de afastamentos por tipo de doença, como LER/DORT e sofrimento mental. Quem não conhece, não previne. A partir das 9h desta quinta-feira, os debates sobre saúde serão retomados.
Calendário de mesas de negociação

1ª rodada
Quinta-feira, 11/9, na Sede da Fetrafi-RS, diretoria frustrou Comando Nacional dos Banrisulenses ao não renovar Acordo Coletivo de 2013. A pressão do Comando arrancou calendário de negociação.
2ª rodada
Quarta, 17/9, na sede da Associação dos Bancos, o Comando Nacional dos Banrisulenses rechaçou a proposta da diretoria do Banrisul de cortar benefícios de Banrisulenses afastados por doença, suspender a PLR Banrisul para renovar Acordo Coletivo de Trabalho específico do ano passado. Também foram debatidos os temas saúde, segurança e condições de trabalho.

Quinta-feira 18 de setembro | Associação dos Bancos (Rua dos Andradas, 1234, Centro – PoA)
Temas:Saúde e Cabergs

3ª rodada
Quarta e quinta-feira, 1º e 2 de outubro | Sede da Fetrafi-RS
Temas:Sistema de valorização profissional; prêmios; auxílios e Plano de Carreira

Pauta específica do Banrisul
> Adicional mensal de R$ 1.126,20 para caixas que desempenharem funções de tesoureiro e que não seja comissionado.

> Gratificação mensal de R$ 1.260,00 para funcionários do Call-Center, Operadores de Negócio (ONs) e plataformistas que não exerçam as funções de caixa e ONs.

> Criação de uma RV4, com a formação de um fundo mensal, que será dividido entre os plataformistas.

> Negociação permanente sobre todo e qualquer assunto relacionado com os objetivos de produtividade do Banrisul.

> Criação de remuneração complementar a partir da distribuição de percentual de 10% do total da venda de todos os produtos financeiros e 5% dos serviços prestados e distribuídos linearmente a todos os empregados.

> Fim das metas abusivas.

> Retorno das férias antiguidades.

> Mais contratações.

> Estratégias de gestão com a participação dos Banrisulenses.

> Não às terceirizações.

> Reposição especial de R$ 557,48 para o quadro de TI-II e um incentivo de Vantagem de Nível para funcionários do Quadro A que exerçam atividades de TI nas unidades de TI.

> Pagamento aos Banrisulenses que trabalham com vendas de produtos dos mesmos 1% pagos aos correspondentes imobiliários.

> Reformulação do artigo 59 do Regulamento de Pessoal para tornar perene o Plano Desempenho, com pagamento de metade no primeiro semestre e metade no segundo.

> Implementação imediata do novo Plano de Carreira.

> 13ª Cesta Alimentação no valor de R$ 1.125,00.

> Isenção de pagamentos de tarifas pelo Banrisulenses em empréstimos e taxas de juros abaixo do mercado extensiva ao cheque especial e ao crédito consignado.

>Pagamento pelo Banco a todos os Banrisulenses das perdas salariais de 1999 e 2000 pelo não cumprimento de acordo com a Fenaban.

> PLR Banrisul de 2,5% sobre o lucro líquido e distribuição linear.

> Pagamento do mesmo 1% pago aos correspondentes imobiliários aos banrisulenses que trabalham com venda de produtos de crédito imobiliário.

Fonte: Imprensa/SindBancários com edição da Fetrafi-RS
Fotos: Marisane Pereira - Mtb/RS9519

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Correntistas não sabem o peso das tarifas bancárias no Brasil

Despercebido por grande parte dos correntistas, o custo das tarifas cobrado pelos bancos por serviços efetuados em terminais eletrônicos de autoatendimento como, por exemplo, consulta ao saldo, extrato e transferência, entre outras operações, é também um mistério.
Desde 2008, os bancos estão obrigados a deixar clara a despesa sobre todos os serviços. Devem, também, oferecer pacotes nos quais se incluam serviços essenciais gratuitos. Na prática, isso nem sempre acontece. A maioria dos clientes tem pacotes de serviços inadequados ao seu interesse, por terem sido definidos pelo banco, registra o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Pela resolução 3.919/2010, os bancos são obrigados até 28 de fevereiro de cada ano a disponibilizar gratuitamente ao correntista o extrato anual de cobrança de tarifas. Mas, conforme a economista do Idec Ione Amorim, uma enquete da instituição mostra que 70% dos usuários desconhecem esse direito. "E, objetivamente, os bancos não colocam essa informação em evidência, a escondem, sem descumprir a obrigação", observa.

Em outra pesquisa, o Idec constatou reajuste dos serviços bancários superior a 100% nos últimos cinco anos. Para o presidente da S.O.S. Consumidor, Lisandro Gularte Moraes, é muito fácil cobrar dos correntistas. Uma das "manobras" para extrair dinheiro, imperceptível à maioria, é o aumento do limite de endividamento no cheque especial, para depois taxá-lo pelo novo benefício, não solicitado. O problema, diz, é que o Banco Central (BC) "tabelou o valor dos serviços lá em cima, na estratosfera. Apenas por curiosidade: o banco pode cobrar uma tarifa de até R$ 300 para a exclusão do cadastro de emitentes de cheque sem fundos".

Na avaliação do presidente do Movimento das Donas de Casa e Consumidores do RS, Cláudio Pires Ferreira, a sensação é de impotência do cidadão diante do poder dos bancos. "Nem ação judicial cabe no caso das tarifas, pois o BC, que deveria ser o xerife, é o maior aliado do setor. Liberou geral, juros e tarifas, em nome de uma concorrência inexistente, nem nas tarifas, nem nos juros", protesta.

Ione Amorim recomenda aos clientes o exercício da cidadania: exigir dos bancos a presença, ao lado do caixa eletrônico, da tabela do custos. Outra atitude é buscar na página do BC na Internet www.bcb.gov.br os quatro pacotes-padrão sugeridos e compará-los com o do seu banco.

"Bolo fabuloso" de 160 milhões de contas

Por mês, as pessoas físicas com conta corrente em bancos pagam, em média, de R$ 20 a R$ 30 a título de serviços. No Brasil, informa a economista do Idec Ione Amorim há cerca de 160 milhões de contas bancárias. "É uma receita fabulosa transferida mensalmente ao setor financeiro", diz. Os correntistas podem escolher "pacotes" de tarifas cobrados por serviços. Todas as instituições oferecem menus combinando serviços e valores.

Cada caso é um caso, mas, diz o presidente do Movimento das Donas de Casa do RS, Cláudio Ferreira, a lógica é sempre a mesma: quanto mais dinheiro aplicado no banco tem o cliente, menos tarifas pagará é candidato à isenção e convidado para negociar esse custo.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) comunica que uma ferramenta de consulta de tarifas e pacotes de qualquer banco, além da página eletrônica do Banco Central, é o site www.febraban-star.org.br.

Os correntistas, diz a Febraban, estão mais interessados no tema. Nos últimos anos os acessos ao Star cresceram 13,5%: passaram de 3,7 milhões em 2011 para 4,2 milhões em 2013. Um consolo vem da informação do professor de economia da Unisinos André Azevedo. O Brasil não é campeão de cobrança das tarifas. Num ranking de 15 grandes países, pesquisados pela multinacional Accenture, em 2011, o país era o 13, seguido pelo México e, Índia, o último.

Clientes denunciam que é difícil decifrar valores

As pessoas confirmam: é um mistério, não há como saber o valor transferido aos bancos em pagamento dos serviços. O setor financeiro não informa com clareza aos clientes. Talvez essa seja a razão da ausência de reclamações em órgãos de defesa do consumidor.

No Procon de Porto Alegre, segundo a diretora executiva, Flávia do Canto Pereira, o segmento recordista em reclamações é o da telefonia celular acompanhado de perto pelo de TVs por assinatura. Os bancos estão em terceiro lugar, com um saldo de 931 reclamações desde a criação do órgão, em 2008.

Técnico em enfermagem, 33 anos, Álvaro Escarparo, não consegue ter o domínio das despesas. "Não tenho controle nenhum sobre as taxas bancárias, mas retiro na média três extratos por mês."

Na mesma situação, o economista e administrador de empresas, Assis Figueiró, 60 anos, é um crítico dos bancos. "Somos roubados, mas não temos alternativa, precisamos do serviço. O brasileiro não sabe o quanto paga aos bancos, cuja alíquota de imposto pago, apesar de lucrarem bilhões, é a mesma de uma pessoa física."

Com 56 anos, a dona de casa Jurema Moreira, a exemplo do técnico em enfermagem e do economista, sabe que paga aos bancos, mas ignora o significado financeiro desse custo. "Não tenho o controle dos valores, sei que tenho, por exemplo, o IOF descontado todo o mês, mas não sei exatamente o quanto é isso. Esse dinheiro que sai de pouquinho em pouquinho, todos os meses, faz falta para mim."

Os serviços gratuitos

Resolução 3.919 do Conselho Monetário Nacional e em vigor desde 25 de novembro de 2010 define serviços que não podem ser cobrados das pessoas físicas relativos à conta corrente de depósito à vista:
Cartão com função débito
2ª via do cartão de débito, exceto nos casos de perda, roubo, furto, danificação e outros motivos
Até quatro saques, por mês, em guichê de caixa, inclusive por meio de cheque ou de cheque avulso, ou em terminal de autoatendimento
Até duas transferências de recursos entre contas na própria instituição, por mês, em guichê de caixa, em terminal de autoatendimento e/ou pela Internet.
Até dois extratos, por mês, contendo movimentação dos últimos 30 dias via guichê de caixa e/ou terminal de autoatendimento
Consultas mediante Internet &Fornecimento até 28 de fevereiro de cada ano de extrato com os valores cobrados no ano anterior

Compensação de cheques

Até dez folhas/mês
Prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos

Serviços da conta de poupança

Cartão de função movimentação
2ª via do cartão
Até dois saques/mês, em guichê de caixa ou de autoatendimento
Até duas transferências/mês para conta de depósitos da mesma titularidade
Até dois extratos/mês com a movimentação dos últimos 30 dias
Consultas via Internet
Fornecimento até 28 de fevereiro de cada ano de extrato discriminando cobranças do ano anterior


Fonte: Correio do Povo

Bancos fecham mais de 3 mil empregos em 2014

Com exceção da Caixa Econômica Federal, os bancos continuam demitindo. Nos primeiros oito meses de 2014, o sistema financeiro fechou 3.204 postos de trabalho. É o que aponta a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) divulgada na sexta-feira (12) pela Contraf-CUT. O estudo é feito em parceria com o Dieese, com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

No total, 16 estados apresentaram saldos negativos de emprego entre janeiro e agosto de 2014. As maiores reduções ocorreram em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 1.246, 648, 527 e 517 cortes, respectivamente. O estado com maior saldo positivo foi o Pará, com geração de 258 novas vagas.
"Apesar dos lucros gigantescos, os bancos brasileiros, principalmente os privados, seguem eliminando postos de trabalho em 2014, a exemplo do ano passado, o que é injustificável para um setor onde somente os seis maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) lucraram R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, ostentando os maiores índices de rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
Enquanto o sistema financeiro fecha postos de trabalhos, a economia brasileira gerou 698.475 novos empregos formais no mesmo período. O desemprego no setor seria ainda mais acentuado não fosse a atuação da Caixa Econômica Federal, a única grande instituição financeira a criar vagas (1.857).
De acordo com o levantamento Contraf-CUT/Dieese, além do corte de vagas, a rotatividade continuou alta no período. Os bancos brasileiros contrataram 23.332 funcionários e desligaram 26.526.
A pesquisa mostra também que o salário médio dos admitidos pelos bancos nos primeiros oito meses do ano foi de R$ 3.299,80 contra o salário médio de R$ 5.240,00 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio equivalente a 63% da remuneração dos que saíram.
Outro dado preocupante do estudo é a desigualdade entre homens e mulheres. As bancárias, que representam metade da categoria e são mais escolarizadas, ganham menos do que os homens quando são contratadas. A discriminação persiste ao longo da carreira, pois a remuneração das mulheres é bem inferior à dos homens no momento em que são desligadas dos seus postos de trabalho.
Enquanto a média dos salários dos homens na admissão foi de R$ 3.748,87 nos primeiros oito meses do ano, a remuneração das mulheres ficou em R$ 2.827,34, valor que representa 75,4% da remuneração de contratação dos homens.
Já a média dos salários dos homens no desligamento foi de R$ 6.010,76 no período, enquanto a remuneração das mulheres foi de R$ 4.417,71. Isso significa que o salário médio das mulheres no desligamento equivale a 73,5% da remuneração dos homens.

Fonte: Fenae

Comando debate remuneração com BB e marca rodada no dia 26

Na terceira rodada de negociações da Campanha 2014 com o Banco do Brasil, realizada na sexta-feira, dia 12, em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, debateu as reivindicações econômicas da pauta específica dos trabalhadores do banco.
Plano de Carreira e Remuneração (PCR)

O PCR foi bastante discutido, onde as principais propostas apresentadas pelos bancários são a mudança do interstício para 6%, a inclusão dos escriturários na carreira de mérito, a mudança da pontuação diária de cada grupo e a retroatividade do mérito dos caixas a 1998.

Volta da substituição

O Comando insistiu na volta das substituições. Desde 2007, quando foram suspensas, têm causado enorme prejuízo aos funcionários e ao banco, devido a não formação de novos comissionados com experiência e treinamento necessários para o exercício do cargo.

Previdência complementar

Na parte sobre planos de previdência, entre as muitas reivindicações da minuta, foi debatida a inclusão dos funcionários oriundos de bancos incorporados nos planos administrados pela Previ, a criação de um novo benefício com base na PLR para os Planos 1 e Previ Futuro e também o resgate da parte patronal no plano Previ Futuro e a diminuição das taxas de carregamento.

Plano de Funções

Desde que o banco implantou unilateralmente o novo plano de funções, várias distorções foram criadas com prejuízo aos bancários de funções técnicas e gerenciais.
Os bancários reivindicam a criação de um plano negociado com os funcionários, com aumento dos Valores de Referência (VR) e das gratificações de função, evitando as verbas de complemento, que subtraem as promoções por mérito e antiguidade.

Foi proposto pelo Comando a criação de módulos básicos e avançados em todos os cargos gerenciais, inclusive no de Supervisor de Atendimento.

Incorporação da comissão

Assim como já acontece em outras empresas, os bancários reivindicam que no BB haja a incorporação de 100% do Valor de Referência ,ao passo de 10% do VR ao ano em cada cargo exercido.

Gerência média

Foram apresentadas propostas para as reivindicações dos funcionários da gerência média, como a melhoria dos VR, a equiparação dos gerentes de relacionamento do carteirão com os demais gerentes de atendimento personalizado e equiparação de gerentes de grupo e de setor.

Ainda sobre o plano de funções, foi debatida a criação da comissão de pregoeiro para os funcionários que trabalham nas áreas de licitação e a função de analista técnico social para os responsáveis por programas sociais, como financiamento imobiliário do Minha Casa Minha Vida.

Reestruturações

Devido ao grande número de reestruturações em andamento dentro do banco, muitas vezes os funcionários envolvidos perdem os cargos ou parte dos salários devido à mudança de locais de trabalho. Os bancários reivindicam a criação de uma proteção aos salários nestes casos.

Foi sugerida pelo Comando a criação de uma mesa temática exclusiva para tratar de reestruturações, com o objetivo de convencionar patamares mínimos de proteção aos bancários.

CABB

Os bancários cobraram do banco a apresentação de propostas para os funcionários da CABB, cuja mesa temática foi realizada no meio do ano e ainda há muitas pendências a serem resolvidas.

Folgas da Justiça Eleitoral

Os dirigentes sindicais também questionaram o BB sobre a edição de uma Instrução Normativa que trata das folgas da Justiça Eleitoral. Os bancários têm reclamado que está havendo muitos conflitos com o que determinam os tribunais eleitorais e os gestores do BB.

Demais reivindicações

Os bancários detalharam e discutiram com o banco a implantação de demais reivindicações contidas na minuta sobre remuneração, como a implantação de menores taxas de empréstimos e financiamentos aos funcionários, a retirada de metas de avaliação da GDP e a extensão do vale-cultura para todos os funcionários.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, foi uma reunião importante para o debate aprofundado das propostas que são reivindicações colhidas nas bases e aprovadas nos congressos.

Segundo ele, "é fundamental que o banco apresente soluções aos problemas apresentados, pois muitos deles não são apenas questões econômicas, mas contribuem significativamente para a melhoria das condições de trabalho".

"Temos expectativa de avanços depois de um ano de lucro alto com a contribuição direta dos funcionários. Queremos que a valorização dos funcionários saia dos boletins pessoais do banco, das matérias de revistas, jornais e passe efetivamente para a prática, através de novas cláusulas no acordo coletivo de trabalho", avalia Wagner.

Nova negociação

Foi marcada para o próximo dia 26 uma nova rodada de negociação entre o Comando e o BB para apresentação de uma proposta específica do banco aos funcionários.

Fonte: Contraf/CUT

Negociação com Santander mantém conquistas e bancários querem mais

Na segunda rodada de negociação concomitante da pauta específica de reivindicações dos funcionários com o Santander, realizada nesta segunda-feira (15), em São Paulo, a Contraf-CUT, federações e sindicatos garantiram o compromisso do banco espanhol com a renovação de várias cláusulas do atual acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O banco ficou também de verificar o atendimento com avanços das demais cláusulas e das novas demandas dos bancários. A terceira rodada foi pré-agendada para a próxima segunda-feira (22), às 10h.
Após muitos debates, iniciados na primeira rodada, ocorrida no último dia 2, os representantes do banco concordaram com a manutenção de uma série de direitos, como o intervalo de 15 minutos dentro da jornada de seis horas, a licença de dois dias por motivo de doença de filhos, a ampliação do horário para amamentação, a licença para adoção (parental) inclusive para casais homoafetivos e a licença não remunerada para acompanhamento de casos de saúde, dentre outros.

"Trata-se de direitos importantes, que não estão previstos na convenção coletiva da categoria, frutos de um intenso processo de negociações desde 2001, um ano após a privatização do Banespa no governo FHC, quando foi assinado o primeiro aditivo com o Santander", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Os dirigentes sindicais defenderam também a renovação de outras conquistas, mas com avanços para os trabalhadores. Uma delas é o auxílio bolsa de estudo, visando a extensão para a segunda graduação ou pós, bem como o reajuste do valor, incluindo a correção não aplicada em 2013. Outra cláusula é a isonomia do direito à estabilidade pré-aposentadoria de dois anos aos bancários com mais de 25 anos de vínculo empregatício (homens) e 21 anos (mulheres), hoje garantida somente aos oriundos do Banespa.

"O banco tem plenas possibilidades de atender todas as demandas reivindicadas pelos trabalhadores.  O objetivo das negociações é garantir avanços no aditivo. Também convocamos os colegas para todas as atividades realizadas pelos sindicatos durante a Campanha Nacional. Nosso engajamento é determinante para o sucesso das negociações gerais com a Fenaban", salienta o diretor do Sindicato dos Bancários do Litoral Norte e representante gaúcho na COE, Bino Köhler. 

Queremos mais


Também foram discutidas diversas reivindicações para inclusão no aditivo. Uma das propostas é a criação de um centro de realocação de funcionários, como no caso de fechamento de agências, para evitar demissões. Outra é o adiantamento de férias com parcelamento em dez vezes e sem juros.

Há também demandas como a criação de um auxílio moradia, a isenção de tarifas e redução dos juros para funcionários da ativa e aposentados, o auxílio academia, o pagamento das despesas para a certificação da AMBIMA, o auxílio ao estudo de idiomas e a bolsa de férias, dentre outras.

Outras reivindicações da minuta específica, que ainda não foram discutidas, serão igualmente debatidas na negociação indicada para segunda-feira que vem.

Prontuário clínico

As entidades sindicais cobraram uma resposta do banco para a denúncia formalizada na primeira rodada sobre a existência de um controle nos exames médicos para a caracterização do funcionário como inapto. Na ocasião foi entregue um formulário de "prontuário clínico" da empresa Micelli Soluções em Saúde Empresarial, contratada pelo Santander para fazer exames como os periódicos e os de retorno ao trabalho.

No prontuário há um espaço onde consta o "fluxo para inaptidão", onde o médico examinador deve "contatar antecipadamente o médico coordenador para conclusão". Para o diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adelmo Andrade, que trouxe a denúncia, "esse procedimento é descabido, uma vez que não se justifica consultar o médico do banco para decidir se o bancário está inapto".

Os representantes do banco anunciaram que irão trazer na próxima rodada o médico do trabalho, responsável pelas avaliações médicas, para discutir o assunto com os dirigentes sindicais.

Pânico no trabalho

Houve ainda entrega de denúncias pelos sindicatos de Brasília e do Mato Grosso sobre a utilização descabida de atas de concessão de crédito como instrumentos de pressão no trabalho, causando pânico e terror entre funcionários já sobrecarregados e adoecidos, além de penalidades como advertências e até demissões por justa causa.

Os dirigentes sindicais salientaram que o banco tem que acabar com essas práticas abusivas, que também ocorrem em outras regionais, garantindo também respeito à jornada, pois ainda há casos de funcionários que abrem contas universitárias trabalhando até mais de dez horas por dia e sem registro no ponto eletrônico.

Ana Botín
Os representantes do banco apresentaram a primeira mensagem da nova presidente mundial do Santander, Ana Botín, nomeada após a morte do pai Emílio Botín, na última quarta-feira (10). No texto, ela agradece as condolências recebidas e, entre outras frases, diz que "a mudança não nos assusta, ao contrário, nos motiva".

"Esperamos que haja mudança na gestão do banco aqui no Brasil, com mais empregos, condições dignas de trabalho, valorização dos funcionários e aposentados, e melhor atendimento aos clientes", enfatiza Ademir.
 
*Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS

Insuficiente, proposta dos bancos não inclui emprego e fim de metas abusivas

O Comando Nacional dos Bancários considera insuficientes as propostas para as reivindicações não econômicas da categoria, apresentadas pela Fenaban nesta quarta-feira 17, em São Paulo, na sexta rodada de negociações da Campanha 2014. Nesta sexta-feira 19, os bancos apresentam propostas para as demandas econômicas da pauta, o que inclui índice de reajuste e PLR.

"Embora contenha alguns pontos positivos, as propostas estão muito aquém das expectativas dos bancários, porque desprezam algumas das mais importantes reivindicações, como garantias de preservação do emprego e medidas para melhorar as condições de trabalho, a segurança e a igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Não há como fechar um acordo sem solução para os problemas da categoria, principalmente as metas abusivas e a rotatividade."

As propostas dos bancos

A redação das propostas será entregue nesta sexta-feira, junto com as cláusulas econômicas. Mas os conteúdos têm o seguinte teor:

Certificação CPA 10 e CPA 20 - Quando exigido pelos bancos, os trabalhadores terão reembolso do custo da prova em caso de aprovação.

Adiantamento de 13º salário para os afastados. Quando o bancário estiver recebendo complementação salarial, terá também direito ao adiantamento do 13º salário, a exemplo dos demais empregados.

Reabilitação profissional - Cada banco fará a discussão sobre o programa de retorno ao trabalho com o movimento sindical. 

Monitoramento de resultados - Terá redação mais abrangente. Além do SMS, a cobrança de resultados passará a ser proibida também por qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital.

Gestantes - As bancárias demitidas que comprovarem estar grávidas no período do aviso prévio serão readmitidas automaticamente. 

Casais homoafetivos - Os bancos irão divulgar a cláusula de extensão dos direitos aos casais homoafetivos, informando que a opção deve ser feita diretamente com a área de RH de cada banco, e não mais com o gestor imediato, para evitar constrangimentos e discriminações.

Novas tecnologias - Realização de seminários periódicos para discutir sobre tendências de novas tecnologias.

Segurança bancária - Realização de mais dois projetos-piloto de segurança em cidades diferentes, uma a ser escolhida pelo Comando Nacional e outra pela Fenaban, nos mesmos moldes da experiência desenvolvida em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes.

As reivindicações ignoradas pelos bancos

O Comando Nacional condenou na mesa de negociação a ausência de propostas para várias reivindicações discutidas com os bancos, tais como:

Fim das metas abusivas - "Não há como fechar um acordo sem solução para o problema das metas abusivas", reitera Carlos Cordeiro.

Emprego - O Comando insistiu na necessidade de mais contratações, na adoção de medidas para preservar o emprego, como a proibição de demissões imotivadas (Convenção 158 da OIT),e o fim da rotatividade e das terceirizações.

Segurança - Os bancários querem estender a todo o país as medidas de segurança testadas e aprovadas no projeto-piloto de Recife, Olinda e Jaboatão. Para o Comando, a proposta de criar novos projetos-pilotos só deve ser implementada com mais medidas de segurança, buscando testar outros equipamentos. "Queremos continuar salvando vidas", disse o presidente da Contraf-CUT.

Igualdade - O Comando refirmou a necessidade de instituir mecanismos para acabar com a diferença salarial entre homens e mulheres, como demonstrou o II Censo da Diversidade. Uma dessas medidas deve ser a implementação de PCS em todos os bancos. Mas a Fenaban diz que PCS é um problema de cada banco e se recusa a incluir o tema na Convenção Coletiva.

PCMSO - Instituir avaliação da qualidade dos exames médicos de retorno, de mudança de função e periódico. Os bancos disseram que o assunto deve ser debatido na mesa temática sobre saúde do trabalhador. 

Ampliação da cesta-alimentação para afastados.

Fim da revalidação de atestados médicos. A Fenaban alega que pode ser feito pelos médicos do trabalho de cada banco e que não tem acordo.

Pausas e revezamentos no auto-atendimento. Após pressão do Comando, os bancos ficaram de rediscutir a concessão de rodízio para quem trabalha no auto-atendimento.

Calendário

18 - Segunda rodada de negociação específica com o Banrisul
19 - Sétima rodada de negociação com a Fenaban 


Fonte: Contraf

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Banrisulenses definem calendário de negociação com o Banco

É grande a expectativa dos banrisulenses pelo encaminhamento efetivo de suas demandas específicas. A primeira negociação com representantes do Banco ocorreu na tarde desta quinta-feira, na Fetrafi-RS e mobilizou os recém empossados membros do Comando, além de dirigentes da Federação, SindBancários e da Contraf/CUT. Durante a reunião, os bancários cobraram agilidade na discussão da pauta - encaminhada à direção do Banrisul no dia 15 de agosto - e a manutenção das claúsulas do Acordo Coletivo de Trabalho vigente.

Os negociadores do Banrisul se comprometeram a dar uma resposta à manutenção das cláusulas do Acordo na próxima reunião. Além disso, os banrisulenses estabeleceram um calendário inicial de reuniões com o Banrisul, ao longo de três semanas, para debate o da pauta. "Conseguimos acelerar a proposta inicial apresentada pelo Banco, de estender as negociações para quatro semanas, numa tentativa de ganhar tempo. Garantimos que o processo seja concluído em três semanas”, destaca a diretora da Fetrafi-RS, Denise Corrêa.
O próximo compromisso foi agendado para os dias 17 e 18 de setembro, quarta e quinta-feira, na Associação dos Bancos do Rio Grande do Sul, para discussão dos temas saúde; condições de trabalho; segurança e Cabergs. A reunião seguinte será realizada na Fetrafi-RS e vai discutir a democratização do Banrisul e o trabalho de terceiros nos dias 24 e 25 de setembro. O último bloco de negociação do calendário acontece nos dias 1º e 02 de outubro, com ênfase para os debates sobre o sistema de valorização profissional; prêmios; auxílios e plano de carreira.
O Comando dos Banrisulenses observa que esta agenda de reuniões com o Banrisul pode ser adequada ao calendário nacional da Campanha Salarial 2014.

"Queremos um processo de negociação ágil e com resultados efetivos. Estamos mobilizados com o conjunto da categoria para garantir avanços coletivos e específicos”, destaca o diretor da Federação, Carlos Augusto Rocha.
Pagamento da RV1
Os representantes do Banrisul aproveitaram a reunião para anunciar que o pagamento da Remuneração Variável 1 será efetuado nesta sexta-feira, 12 de setembro.
 
Fonte: Imprensa/Fetrafi-RS

Fenaban deve apresentar proposta global no dia 19

No encerramento da quarta rodada de negociação da Campanha 2014 com a Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários defendeu nesta quinta-feira 11 a reivindicação de PLR equivalente a três salários mais parcela adicional de R$ 6.247,26, o que significa uma mudança na fórmula de cálculo do modelo atual, que simplifica e recompensa de forma mais justa para os trabalhadores o aumento dos lucros dos bancos. A exemplo do que ocorreu nas rodadas anteriores, os negociadores da Fenaban disseram que vão discutir o tema com os presidentes dos bancos e o incluirão na proposta global que apresentarão ao Comando na próxima semana, provavelmente na sexta-feira 19.



Antes disso, serão realizadas mais duas rodadas de negociação. Na terça-feira 16, os bancos apresentarão o resultado do II Censo da Diversidade, realizado entre 17 de março e 9 de maio deste ano, seguido da discussão dos dados solicitados pela Contraf-CUT sobre os afastamentos de bancários no trabalho. E na quarta-feira 17 serão retomados os debates dos temas pendentes sobre saúde e condições de trabalho, emprego, segurança bancária e igualdade de oportunidades. 

O II Censo da Diversidade foi uma conquista dos bancários na Campanha Nacional 2012. Ele agora permitirá verificar o que mudou e o que não avançou em termos de igualdade de oportunidades para os bancários e as bancárias desde 2008, quando foi realizado o I Censo.

"Esperamos que essas novas rodadas tragam novos dados e informações para a categoria e que finalmente os bancos apresentem uma proposta concreta e decente para as reivindicações econômicas e sociais que foram aprofundadas na mesas de negociações", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Participação mais justa nos lucros


Na mesa de negociação desta quinta-feira, o Comando Nacional defendeu a reivindicação de um novo modelo de PLR (três salários de cada bancário mais valor fixo de R$ 6.247,26) por considerar que a atual fórmula é muito complexa, pouco transparente e não remunera os bancários de forma adequada. A PLR foi uma conquista da campanha de 1995.

"O lucro dos bancos cresceu tanto que o modelo atual da PLR não acompanhou a distribuição desse lucro. O crescimento da PLR dos caixas, por exemplo, foi em média de 338% entre 1995 e 2013, enquanto o lucro dos bancos aumentou 1.067% nesse período. Queremos aumentar o percentual a ser distribuído e indexar a PLR à evolução do lucro", destaca Cordeiro.

"Além disso, é preciso simplificar o atual modelo, que é muito complexo e difícil de ser entendido pelos bancários", acrescenta Cordeiro.

O Comando propôs ainda que o pagamento da PLR não deve ser compensado com os programas próprios de remuneração variável dos bancos.

Os negociadores da Fenaban defenderam o atual modelo de PLR, mas disseram que a reivindicação dos bancários será levada aos presidentes dos bancos e trarão a resposta junto com a proposta global que apresentarão ao Comando, provavelmente na sexta-feira que vem, 19.

Dia Nacional de Luta

Na próxima segunda-feira 15, o Comando orienta os sindicatos e federações a realizarem um dia nacional de luta, conforme deliberação da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida de 25 a 27 de julho em Atibaia (SP), buscando pressionar os bancos a atender a pauta de reivindicações da categoria.

"Vamos realizar protestos em defesa do emprego, contra os projetos de terceirização, pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, por mais segurança para trabalhadores e clientes, e por igualdade de oportunidades", salienta Cordeiro. "Trata-se um momento oportuno também para mostrar que não queremos a independência do Banco Central, pois só favorece aos bancos e é prejudicial para a sociedade brasileira", conclui.

Calendário

15 - Dia Nacional de Luta.
16 - Quinta rodada de negociação com a Fenaban
17 - Sexta rodada de negociação com a Fenaban
19 - Sétima rodada de negociação com a Fenaban (a ser confirmada)
 
Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS