quinta-feira, 10 de novembro de 2011

BB apura lucro líquido de R$ 2,9 bi no 3º trimestre

O Banco do Brasil apurou líquido de R$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre de 2011, segundo dados divulgados nesta manhã pelo banco. O montante representa uma evolução de 11,2% sobre o mesmo período de 2010. Já o patrimônio líquido alcançou R$ 56,7 bilhões em setembro de 2011, representando crescimento de 17,7% sobre setembro de 2010.
Por sua vez, o índice de capital (K) do Banco do Brasil encerrou setembro de 2011 em 14,05%, considerando o montante de letras financeiras subordinadas em processo de análise pelo Banco Central para classificação como capital Nível 2. O índice de Basileia apresentado permite a expansão de até R$ 153,6 bilhões em ativos de crédito, considerando a ponderação de 100%.
 
O BB alcançou ainda R$ 949,8 bilhões em ativos totais, evolução de 19,2% em relação a setembro de 2010 e de 5,0% sobre junho de 2011.
 
 No ano
O resultado do Banco do Brasil, nos nove primeiros meses de 2011, registrou lucro líquido recorde de R$ 9,2 bilhões, resultado 18,9% maior do que o apurado no mesmo período de 2010. Esse desempenho corresponde a retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio (RSPL) de 23,5%.
Em nove meses o resultado recorrente alcançou R$ 8,7 bilhões e retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio recorrente (RSPL) de 22,4%, crescimento de 25,4% sobre o mesmo período do ano anterior.
Crédito e remuneração aos acionistas
A carteira de crédito em conceito ampliado, que inclui garantias prestadas e os títulos e valores mobiliários privados, atingiu R$ 441,6 bilhões em setembro de 2011, crescimento de 4,5% no trimestre e de 21,0% em 12 meses.
Em relação à carteira de crédito às pessoas jurídicas, a do Banco do Brasil encerrou setembro de 2011 com saldo de R$ 199,1 bilhões, o que representa expansão de 4,1% em comparação ao segundo trimestre de 2011 e de 21,6% em 12 meses.
Já o crédito às pessoas físicas alcançou R$ 125,8 bilhões ao final do terceiro trimestre, evolução de 17,1% em um ano e 2,6% sobre junho de 2011. O crédito consignado atingiu R$ 49,0 bilhões, expansão de 16,2% em 12 meses.
Neste trimestre o Banco do Brasil manteve a política de remuneração aos acionistas de 40% do lucro líquido (payout). Foram destinados R$ 796 milhões na forma de juros sobre capital próprio e R$ 361 milhões em dividendos.
 
"O lucro apresentado pelo Banco do Brasil demonstra a necessidade da mudança do foco empresarial, que atualmente está na lucratividade. Precisamos que o BB atue fortemente na redução do spread, no fomento à atividade produtiva, ajustando sua atuação ao verdadeiro papel de banco público que o Brasil deseja", argumenta o diretor da Fetrafi-RS, Ronaldo Zeni.

Quem vende mais, toca corneta no BB de Santo Ângelo

Quando se trata de inovar práticas de assédio moral alguns bancos se tornam grandes “experts”. Nas agências do Banco do Brasil da base da Superintendência de Santa Rosa, foi implantada na semana passada uma nova maneira de propagar o constrangimento e impor um ritmo maior à venda de produtos do banco. Após vender determinado produto o funcionário é obrigado a tocar uma corneta dentro da agência.

 Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de Santo Ângelo e funcionário do BB, Jefferson Cavalheiro Soares, a nova prática é um claro desrespeito aos bancários. “O banco afronta a própria convenção coletiva da categoria, adotando de maneira deliberada outra forma de assédio moral. Além de obrigar os funcionários a venderem cada vez mais, instigando uma competição nociva, que prejudica as condições de trabalho, a superintendência do Banco do Brasil propaga situações de constrangimento. Alguns trabalhadores são literalmente ‘corneteados’ pelos colegas que vendem mais produtos”, critica o dirigente sindical.

Ranking de vendas

Segundo denúncias recebidas pela Fetrafi-RS, o Banco do Brasil também continua a expor o ranking de vendas em quadros internos de algumas agências, contrariando a cláusula nº 35 da Convenção Coletiva de Trabalho. A nova cláusula, agregada à CCT 2011/2012, proíbe as instituições de expor, no monitoramento de resultados o ranking individual de seus empregados.
 
“Vamos estar atentos ao cumprimento da Convenção Coletiva, cobrando dos bancos a aplicação de todas as cláusulas. Por outro lado, não serão toleradas novas práticas de assédio moral dentro das agências, como esta relatada em Santo Ângelo. Apesar de termos novos instrumentos a favor da categoria como a cláusula nº 35,  será preciso um grande empenho do movimento sindical e dos trabalhadores, para o combate efetivo a todas as práticas que precarizam as condições de trabalho nos bancos”, explica o diretor da Fetrafi-RS, Ronaldo Zeni.
 
Fonte: Imprensa Fetrafi-RS com informações do Sindicato dos Bancários de Santo Ângelo

Lucro ajustado do HSBC recua e ações têm perdas

O banco britânico HSBC reportou lucro líquido de US$ 5,5 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 61% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.

De acordo com o banco, o resultado inclui um ajuste contábil no valor de US$ 4,1 bilhões em seus ativos.Sem esses ajustes, o lucro antes de impostos no trimestre somou US$ 3 bilhões, queda de US$ 1,6 bilhão em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

As ações do HSBC tinham queda de 5,75% na bolsa de Londres.

O banco teve queda nos ganhos de sua divisão Global Bankings and Markets, banco de investimentos do HSBC.Essa divisão viu seu lucro antes de impostos cair 53%, para US$ 1 bilhão no terceiro trimestre.

O banco reportou ainda um aumento de 23,6% nas provisões para perdas com crédito durante o trimestre, que somaram US$ 3,890 bilhões. Segundo o HSBC, o aumento foi maior na região da América do Norte.

O total de empréstimos aos clientes do HSBC atingiu US$ 982,148 bilhões em setembro, uma queda de 7% em relação ao registrado no trimestre imediatamente anterior.

O banco destacou que os negócios foram afetados pela preocupação generalizada com a dívida soberana dos países da Zona do Euro.

"A contínuas incertezas macroeconômicas, regulatórias e políticas, particularmente na Europa, afetaram negativamente o desempenho do setor no trimestre", afirmou em notaStuart Gulliver, presidente global do banco.

Na região da Ásia-Pacífico, excluindo Hong Kong, o lucro antes de impostos aumentou 44%, para US$ 2,008 bilhões.

A instituição financeira afirmou que, apesar do cenário "desafiador", deverá melhorar seus resultados nos próximos anos. "Ao final de 2013, teremos reestruturado o HSBC", diz o relatório do banco.

No ano, o banco acumula lucro de US$ 15,3 bilhões, alta de 43% em relação ao mesmo período do ano passado. O total de ativos do banco atingiu US$ 2,716 trilhões, crescimento de 11% em 12 meses.

Fonte: Brasil Econômico

Movimento sindical reúne com GEPES do Banco do Brasil

A Fetrafi-RS e SindBancários estarão reunidos nesta quinta-feira, dia 10, às 14h, com representantes da Gestão de Pessoas do Banco do Brasil (GEPES), em Porto Alegre. Durante a reunião serão debatidas demandas específicas dos funcionários gaúchos.
Um dos itens da pauta é a polêmica sobre a escala de férias. Em algumas unidades, os funcionários tiveram a escala de férias cancelada no mês de dezembro. Segundo outra denúncia encaminhada à Fetrafi-RS, os bancários também estão sendo obrigados a vender dez dias do período de férias.

Outros temas pautados junto à Gestão de Pessoas do BB serão: o trabalho em feriados e aos finais de semana; critérios na compensação e horas da greve; discriminação dos grevistas nos processos seletivos para cargos comissionados; ranking de funcionários; falhas na segurança e vale-transporte.
“Acabamos uma greve que foi a maior dos últimos anos, que foi caracterizada pelo combate ao assédio moral e a melhoria das condições de trabalho no banco. Esperamos que neste momento o BB tenha o cuidado de resolver as questões apresentadas para que possamos ter um ambiente de trabalho mais saudável", declara Ronaldo Zeni, diretor da Fetrafi-RS.
Fonte: Imprensa Fetrafi-RS

Contraf quer desvincular compensação de horas das metas

A Contraf-CUT enviou nesta terça-feira (8) correspondência endereçada ao presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, pedindo que honre os termos firmados na convenção coletiva de trabalho 2011 em relação à compensação de horas referentes ao período da greve nacional dos bancários deste ano.

O banco divulgou na quinta-feira (3) a CI DE Gestão de Pessoas / DE Controladoria 009/2011 sobre os procedimentos que devem ser adotados pelos empregados. Nela, a Caixa vincula a compensação das horas ao sistema de metas do banco. "O que é um absurdo. Os termos não estão previstos no acordo assinado entre entidades sindicais e os bancos. Pedimos a imediata revogação da CI", afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

"A redação da cláusula prevê apenas a realização de até duas horas extras por dia, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, até o dia 15 de dezembro, sem qualquer desconto", explica Plínio. O dirigente sindical avalia que tal norma pode trazer impactos negativos para a saúde do trabalhador. "Ao incluir a compensação das horas no sistema de metas, a Caixa sinaliza para que os gestores pressionem os empregados, possibilitando a prática de assédio moral nas unidades, o que é inaceitável".

Na carta, a Contraf-CUT afirma ter clareza de que os compromissos assumidos devem ser honrados por ambos os lados, portanto, "nossa orientação tem sido para os empregados, dentro da razoabilidade e observados os termos do acordo, realizarem as horas extraordinárias a fim de regularizar as pendências geradas pela paralisação", diz a carta.

A Contraf-CUT pautará o assunto na retomada da negociação permanente com a Caixa na próxima sexta-feira, dia 11, em Brasília. 

Segue a íntegra da carta da Contraf-CUT:


 
São Paulo, 08 de novembro de 2011.

Ilmo. Sr.
Jorge Fontes Hereda - Presidente da Caixa Econômica Federal

Ref.: CI DE Gestão de Pessoas / DE Controladoria 009/2011

Prezado Senhor:

Durante a Campanha Nacional dos Bancários, em que pese o acirramento na mesa de negociação da Fenaban, houve de parte a parte, na mesa específica da Caixa, bastante tranquilidade, o que contribuiu de forma determinante para que os empregados conseguissem encerrar o movimento conjuntamente à categoria.

Em relação ao equacionamento quanto aos dias não trabalhados, acreditamos que a cláusula acordada, com o mesmo teor de anos anteriores, foi a melhor saída para as partes. E temos clareza de que os compromissos assumidos devem ser honrados por ambos os lados, portanto, nossa orientação tem sido para os empregados, dentro da razoabilidade e observados os termos do acordo, realizarem as horas extraordinárias a fim de regularizar as pendências geradas pela paralisação.

Avaliamos também que a proposta oferecida pela Caixa em composição aos itens da mesa Fenaban, foi satisfatória, haja vista, salvo raríssimas exceções, a serenidade demonstrada nas assembleias finais.

Isso certamente deve ser valorizado por todos: empregados, entidades sindicais e empresa. E visto como fator de reconhecimento por parte da empresa aos empregados, contribuindo assim, para a melhora do clima organizacional, fator fundamental na consecução dos objetivos sociais do banco.

Desta forma, entendemos que a CI em referência, cujo objetivo é vincular a compensação das horas não trabalhadas na greve aos sistemas AvGestão e AvMatriz, além de não ter respaldo nos termos da cláusula, vem na contramão desse clima de amadurecimento mútuo demonstrado na Caixa na recém-solucionada Campanha Nacional dos Bancários. Além do mais pode reavivar conflitos já superados e favorecer a ocorrência de assédio moral.

Por essa razão nos dirigimos a V. Sa. solicitando a revogação da referida CI, a fim de se restabelecer o quanto antes a harmonia nos ambientes de trabalho da Caixa.

Cordiais Saudações.

Plínio Pavão - Secretário de Saúde do Trabalhador

Marcel Barros - Secretário-Geral
 


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Santander aplica reajuste de 8,77% no plano de saúde

O Santander acaba de reajustar o plano de saúde dos funcionários em 8,77%. O comunicado foi feito há alguns dias, sem qualquer discussão prévia com a Comissão de Organização dos Empregados. Além da COE, o Banco também poderia ter estabelecido um diálogo prévio no Fórum de Saúde, integrado por representantes da instituição e do movimento sindical.

Outra reivindicação dos bancários é quanto à falta de transparência da gestão do plano. Na avaliação dos trabalhadores, enquanto co-participantes, que pagam uma parcela do serviço, os funcionários têm direito de acessar o contrato e de discutir todas as questões que envolvem o plano de saúde.

“Os bancários têm o direito de saber de onde veio este reajuste de 8,77%. A falta de transparência na gestão do plano de saúde é inadmissível. Por outro lado, enquanto a categoria faz a maior greve das últimas décadas e conquista o reajuste de 9%, o Santander impõe de maneira arbitrária este percentual sobre a participação dos funcionários no benefício”, contesta o diretor da Fetrafi-RS, Juberlei Baes Bacelo.
 
*Imprensa Fetrafi-RS

Lucro do Banrisul aumenta 32,5% em relação a 2010

O Banrisul alcançou lucro líquido de R$ 677,7 milhões no acumulado dos nove primeiros meses do ano, aumento de 32,5% sobre o valor registrado no mesmo período de 2010. O resultado, no terceiro trimestre de 2011, atingiu R$ 239,2 milhões, 15,9% acima em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O desempenho do Banco apresentou, de janeiro a setembro de 2011, trajetória ascendente de crescimento no crédito.

A carteira de crédito do Banrisul totalizou R$ 19,6 bilhões em setembro de 2011, saldo que ultrapassa em 21% a posição alcançada no mesmo mês de 2010. O crédito comercial pessoa física registrou, em setembro de 2011, saldo de R$ 8,3 bilhões, com crescimento de 15,4% em 12 meses. Já o crédito comercial pessoa jurídica alcançou R$ 6,6 bilhões no final de setembro de 2011, com expansão de 24,2% em 12 meses.
Até o final de setembro de 2011, o patrimônio líquido da instituição alcançou R$ 4,3 bilhões, expansão de 14,7% em relação ao montante registrado em setembro de 2010. Os ativos totais do Banco apresentaram saldo de R$ 36,5 bilhões, ao final de setembro de 2011, com incremento de 13% sobre setembro de 2010. Os recursos captados e administrados somaram R$ 27,5 bilhões no final de setembro de 2011, incremento de 14,2% em relação ao montante registrado no mesmo mês do ano anterior.
O índice de eficiência do Banrisul atingiu 44,4% em setembro de 2011. A consistente melhora do indicador reflete a capacidade da margem financeira, sustentada pelo crescimento da receita de crédito, tesouraria e serviços, em absorver as despesas administrativas.
Avaliação
Segundo o diretor da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha, a lucratividade do Banrisul reflete o esforço coletivo feito pelos banrisulenses para melhorar a cada ano o desempenho do banco. "Esperamos que diante destes resultados a diretoria do Banrisul manifeste boa vontade em relação às demandas dos funcionários", destaca o sindicalista.
"Mais uma vez o Banrisul salienta a sua importância enquanto instituição pública, reafirmando o papel de Banco dos Gaúchos. Além da manutenção do diálogo com os banrisulenses, a gestão deve ampliar a inclusão bancária e continuar a fomentar o desenvolvimento do Estado", observa a diretora da Fetrafi-RS, Denise Corrêa.
*Banrisul com edição Imprensa Fetrafi-RS

Fetrafi-RS convoca dirigentes sindicais do Bradesco

A Fetrafi-RS convoca os dirigentes sindicais liberados do Bradesco através de circular interna, para reunião aberta do Coletivo Estadual, nesta quinta-feira, dia 10, às 10h, na sede da Federação, em Porto Alegre. A reunião vai discutir e deliberar sobre as orientações da Contraf/RS, que definem a realização de assembleias para assinatura de ACT do Sistema Alternativo Eletrônico de Controle de Jornada de Trabalho no Bradesco.

Sobre o ponto eletrônico
Segundo portaria publicada no dia 03 de outubro no Diário Oficial da União, a adoção do ponto eletrônico impresso foi adiada pela quarta vez e passa a valer apenas a partir de janeiro de 2012. O sistema será obrigatório para empresas com mais de dez empregados que já utilizam equipamentos de ponto eletrônico. As instituições deverão oferecer ao funcionário a possibilidade de imprimir o comprovante de entrada e de saída do trabalho.
Divergências
Na avaliação do movimento sindical, a portaria vai evitar que os trabalhadores façam horas extras e não recebam pelo trabalho. Já as entidades sindicais patronais argumentam que a adoção do ponto eletrônico pode gerar altos custos, principalmente para as pequenas empresas.
Avaliação
“O adiamento da obrigatoriedade do ponto eletrônico para janeiro de 2012 viabiliza uma discussão mais abrangente sobre o acordo com o Bradesco. Por isso, contamos com a participação do maior número possível de dirigentes na reunião desta quinta-feira”, diz o diretor da Fetrafi-RS, Jorge Vieira.
 
*Imprensa Fetrafi-RS

Santander: Bancários cobram negociações para renovação do aditivo

Os bancários voltaram a cobrar nesta segunda-feira, dia 7, negociações com o Santander para discutir a pauta específica de reivindicações, visando a renovação do acordo aditivo à convenção coletiva de trabalho.

A exemplo da carta enviada no dia 21 de outubro, um novo documento foi remetido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Contraf-CUT, Fetec-CUT/SP, Feeb SP-MS e Afubesp ao superintendente de Relações Sindicais do Santander, Jerônimo Tadeu dos Anjos, propondo que, além de agendar uma data de reunião, o banco prorrogue a vigência do aditivo até a data da assinatura do novo instrumento.

A minuta foi entregue no dia 30 de agosto para os representantes do banco espanhol, que se comprometem em abrir negociações logo após o final da campanha nacional dos bancários. "Entretanto, passados mais de 15 dias da assinatura da convenção coletiva com a Fenaban, o Santander ainda permanece em silêncio, frustrando a expectativa dos funcionários", destaca Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT.

"O lucro do Santander cresceu 9% e atingiu R$ 5,9 bilhões nos primeiros nove meses do ano", aponta o dirigente sindical. "Queremos renovar o aditivo com avanços, agregando novas conquistas como forma de reconhecimento e valorização dos trabalhadores", enfatiza.

Cabe ressaltar que os bancários do Brasil foram os principais responsáveis por 25% do lucro mundial do grupo espanhol, o maior resultado do banco em todos os países onde atua, e por isso não podem ser tratados como se fossem de segunda categoria.

Além do aditivo, os trabalhadores querem ampliar os valores do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) e preservar os termos de compromisso do Banesprev e Cabesp.

Conquistas

Os trabalhadores do Santander são os únicos, entre os bancos privados, que possuem acordo suplementar à convenção coletiva. Entre as conquistas do aditivo está a garantia de duas mil bolsas auxílio-educação aos trabalhadores com ao menos quatro meses de trabalho e cursando a primeira graduação.

Outra cláusula social importante é a garantia às funcionárias com filho de até 9 meses de idade a dois descansos especiais durante a jornada, que podem ser trocados por 10 dias corridos de licença a serem usufruídos na sequência da licença-maternidade, pelo pai ou mãe, caso ambos sejam funcionários do banco.

"Queremos novas conquistas, como garantia de emprego, cinco dias de ausências abonadas por ano, adiantamento de um salário nas férias em dez vezes sem juros, eleição dos representantes dos participantes do SantanderPrevi e Sanprev e manutenção da assistência médica aos aposentados, dentre outras demandas", destaca Ademir.

Clique aqui para ler a pauta específica dos bancários do Santander.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Caixa extrapola no controle da compensação dos dias parados na greve

A Caixa Econômica Federal voltou a extrapolar no controle da compensação dos dias parados na greve nacional dos bancários, a exemplo de anos anteriores. O banco divulgou na quinta-feira (3) a CI DE Gestão de Pessoas / DE Controladoria 009/2011 sobre os procedimentos que devem ser adotados pelos empregados. Um dos pontos da mensagem diz que "para apoiar o acompanhamento de gestores e empregados, informamos que a compensação das horas não trabalhadas no período de greve constará do AvGestão e do AvMatriz de cada unidade". Trata-se de vinculação da compensação das horas ao sistema de metas da Caixa, o que é um abuso, sem previsão na convenção coletiva de trabalho assinada entre as entidades sindicais e os bancos.

Ao incluir a compensação das horas no sistema de metas, a Caixa sinaliza para que os gestores pressionem os empregados, possibilitando a prática de assédio moral nas unidades, o que é inaceitável.
A Contraf-CUT pautará o assunto na retomada da negociação permanente
com a Caixa na próxima sexta-feira, dia 11, em Brasília. Além disso, a entidade vai encaminhar correspondência para a direção do banco, exigindo a imediata revogação da CI.
Orientação aos bancários
A Fetrafi-RS, já orientou os bancários a estarem atentos aos critérios sobre a compensação de horas. A entidade observa que alguns administradores estão obrigando os bancários a fazerem duas horas diárias de compensação.
Segundo o acordo estabelecido com a Fenaban, as horas não trabalhadas durante a greve poderão ser compensadas até o dia 15 de dezembro deste ano, de segunda à sexta-feira (exceto feriados) e não podem ultrapassar o limite de 2h diárias. As horas não compensadas até o fim do prazo determinado pelo acordo serão abonadas pelas instituições financeiras.
O descumprimento e ou exageros cometidos pelos gestores deverão ser denunciados às entidades sindicais para que sejam tomadas as medidas cabíveis visando coibir estas práticas.
 
*Contraf-CUT com edição da Fetrafi-RS

Conquistas para avaliadores de penhor foram registradas em ata

Durante a última reunião do Fórum de Delegados Sindicais da Caixa, ocorrida no dia 28 de outubro, na Casa dos Bancários, o movimento sindical foi questionado sobre a ausência da formalização de proposta específica referente aos avaliadores de Penhor, no Acordo Coletivo 2011/2012 assinado pela empresa. Pela proposta – apresentada em negociação específica realizada no dia 17 de outubro – a Caixa se comprometia em estabelecer convênios com entidades especializadas para avaliar a eficácia dos EPIs e as condições dos postos de trabalho dos avaliadores.
 
Outro compromisso assumido pela empresa na negociação era garantir que os avaliadores fariam o atendimento somente no balcão do penhor e não na bateria de caixas.

Seguindo a solicitação dos delegados e delegas sindicais, a Fetrafi-RS encaminhou um pedido de esclarecimento à Contraf/CUT e à CEE/Caixa no dia 31 de outubro. A resposta veio através de matéria publicada no site da Confederação na última quinta-feira, dia 03, na qual a entidade reafirma os compromissos negociados:

A Campanha Nacional dos Bancários 2011 trouxe avanços também para os avaliadores de penhor da Caixa Econômica Federal. O banco registrou em ata o atendimento de duas antigas e importantes reivindicações destes empregados.
Uma delas é a contratação de uma entidade especializada para avaliar a eficácia dos equipamentos de proteção individual (EPI) e do posto de trabalho dos avaliadores. A função exige a manipulação de produtos químicos que são tóxicos, trazendo riscos à saúde se inalados ou ao entrarem em contato com a pele.
Atendendo reivindicação do movimento sindical, o banco instalou exaustores nas bancadas, mas os equipamentos foram considerados inadequados em laudo contratado pelo Sindicato dos Bancários do Ceará, gerando nova disputa.
"Agora, com uma avaliação feita por uma entidade de confiança das duas partes, podemos caminhar para resolver o problema", afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT e empregado da Caixa. Os trabalhadores defendem que a entidade contratada seja a Fundacentro, ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O banco concordou também em emitir uma orientação para os gestores para que todas as atividades dos avaliadores de penhor sejam desenvolvidas em seu posto de trabalho. Com isso, espera-se acabar com a utilização destes trabalhadores na bateria de caixas, o que acontece corriqueiramente hoje.
 
*Imprensa Fetrafi-RS

Fetrafi-RS esclarece compensação de horas da greve

O movimento sindical repudia a pressão que alguns administradores estão impondo nos locais de trabalho,obrigando os bancários a fazerem duas horas diárias de compensação, sem considerar compromissos pessoais dos trabalhadores.

A compensação das horas da greve realizada em 2011 foi uma das conquistas dos bancários na campanha salarial. Com isso, não haverá desconto dos 21 dias de paralisação. Entretanto, a categoria deve estar atenta aos critérios que devem ser observados no momento de compensar as horas.
Segundo o acordo estabelecido com a Fenaban, as horas não trabalhadas durante a greve poderão ser compensadas até o dia 15 de dezembro deste ano. A compensação pode ser realizada durante os dias normais de trabalho (exceto feriados), até 2h diárias. As horas não compensadas até o fim do prazo determinado pelo acordo serão abonadas pelas instituições financeiras.
A Fetrafi-RS tem recebido denúncias de alguns sindicatos sobre a imposição de escalas de compensação, que não consideram particularidades dos trabalhadores. “Cabe às chefias ter bom senso para adequar a compensação no caso de bancários que cursam universidades, ou têm outros compromissos particulares, por exemplo. É preciso que a compensação respeite a disponibilidade de cada empregado”, argumenta o diretor da Federação, Ronaldo Zeni.

Exceções
Em alguns casos específicos as horas não poderão ser compensadas, tais como as faltas justificadas que o empregado venha a usufruir durante o período de compensação, previstas na Convenção Coletiva de Trabalho e Acordos Aditivos: atestado médico; reuniões de delegados sindicais; ausências permitidas (Caixa); ausências autorizadas (BB) e ausências legais (Fenaban).
O descumprimento e ou exageros cometidos pelos gestores deverão ser denunciados às entidades sindicais para que sejam tomadas as medidas cabíveis visando coibir estas práticas.
Veja a cláusula da CCT que regulamenta a compensação de horas da greve:
Cláusula 55ª - Dias não trabalhados (greve)
Os dias não trabalhados entre 27 de setembro e 17 de outubro, por motivo de paralisação, não serão descontados e serão compensados, com a prestação de jornada suplementar de trabalho no período compreendido entre a data da assinatura da CCT até 15 de dezembro de 2011, inclusive, e, por consequência, não será considerada como jornada extraordinária, nos termos da lei.
Parágrafo primeiro
Para os efeitos do caput desta cláusula, não serão considerados os dias em que houve trabalho parcial, pelo empregado, durante a jornada diária contratada.
Parágrafo segundo
A compensação será limitada a duas horas diárias, de segunda a sexta-feira, excetuados os feriados.
Parágrafo terceiro
As horas extraordinárias realizadas anteriormente à assinatura desta Convenção Coletiva de Trabalho não poderão compensar os dias não trabalhados.

*Imprensa Fetrafi-RS