sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Sem avanço importante, só resta aos bancários do BB irem à greve

Os funcionários do Banco do Brasil terão de fazer uma forte greve ao lado da categoria para conquistar avanços tanto na mesa geral de negociação com a Federação de Bancos (Fenaban) como em relação às principais cláusulas da pauta de reivindicações específicas com a instituição financeira federal.

Na rodada de negociação específica realizada na tarde desta sexta-feira 14, em São Paulo, o BB manteve a postura intransigente e não apresentou proposta para o Plano de Carreira e Remuneração (PCR), para a jornada de seis horas dos comissionados nem para o Plano de Comissões (PC). E ainda afirmaram que não irão assinar o instrumento de combate ao assédio moral assegurado na Convenção Coletiva dos Bancários assinada com a Fenaban.
 
Para evitar que haja desconfianças relativas a não cumprimento de acordos feitos na mesa de negociação, os representantes do BB ainda disseram que "todas as propostas que forem apresentadas estarão escritas no acordo".
 
"O banco chamou uma negociação para não apresentar nada. Isto é uma total falta de respeito com os funcionários, que têm uma extensa pauta a ser discutida com seriedade. Cobramos dos representantes do Banco do Brasil a resolução de problemas muito sérios, relacionados a condições de trabalho como o assédio moral e a falta de ética na gestão da instituição. A maneira como as metas do Sinergia estão estabelecidas e são cobradas dos funcionários caracteriza a violência organizacional vigente no BB. Com certeza a greve nacional vai dar ao banco a resposta para mais esta negociação sem resultados efetivos", avisa o titular da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e representante dos funcionários gaúchos na negociação, Júlio Vivian.

Poucos avanços
Na reunião desta sexta-feira, os representantes do BB se limitaram a apresentar três propostas: redução da trava de remoção dos funcionários da Central de Atendimento (CABB) de 24 para 18 meses, inclusão de padrasto, madrasta e enteados para ausências autorizadas e não abrir mão da comissão para concorrer para remoção automática para escriturários em outras dependências do banco.

A negociadora do banco afirmou que há outras propostas sendo analisadas e que só serão apresentadas quando forem confirmadas pela direção da empresa.
 
O coordenador da Comissão de Empresa entregou aos representantes do BB abaixo-assinado de bancários da CABB de São Paulo reivindicando a comissão de 55% sobre o piso do BB. O abaixo-assinado foi entregue pelos trabalhadores à presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, na assembleia dos bancários realizada no dia 12 de setembro.
 
Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS

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