Os
funcionários do Banco do Brasil terão de fazer uma forte greve ao lado
da categoria para conquistar avanços tanto na mesa geral de negociação
com a Federação de Bancos (Fenaban) como em relação às principais
cláusulas da pauta de reivindicações específicas com a instituição
financeira federal.
Na rodada de negociação
específica realizada na tarde desta sexta-feira 14, em São Paulo, o BB
manteve a postura intransigente e não apresentou proposta para o Plano
de Carreira e Remuneração (PCR), para a jornada de seis horas dos
comissionados nem para o Plano de Comissões (PC). E ainda afirmaram que
não irão assinar o instrumento de combate ao assédio moral assegurado na
Convenção Coletiva dos Bancários assinada com a Fenaban.
Para evitar que haja desconfianças relativas a não cumprimento de
acordos feitos na mesa de negociação, os representantes do BB ainda
disseram que "todas as propostas que forem apresentadas estarão escritas
no acordo".
"O banco chamou uma negociação para não apresentar nada. Isto é uma
total falta de respeito com os funcionários, que têm uma extensa pauta a
ser discutida com seriedade. Cobramos dos representantes do Banco do
Brasil a resolução de problemas muito sérios, relacionados a condições
de trabalho como o assédio moral e a falta de ética na gestão da
instituição. A maneira como as metas do Sinergia estão estabelecidas e
são cobradas dos funcionários caracteriza a violência organizacional
vigente no BB. Com certeza a greve nacional vai dar ao banco a resposta
para mais esta negociação sem resultados efetivos", avisa o titular da
Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e representante dos
funcionários gaúchos na negociação, Júlio Vivian.
Poucos avanços
Na reunião desta sexta-feira, os representantes do BB se limitaram a
apresentar três propostas: redução da trava de remoção dos funcionários
da Central de Atendimento (CABB) de 24 para 18 meses, inclusão de
padrasto, madrasta e enteados para ausências autorizadas e não abrir mão
da comissão para concorrer para remoção automática para escriturários
em outras dependências do banco.
A negociadora do banco afirmou que há outras propostas sendo
analisadas e que só serão apresentadas quando forem confirmadas pela
direção da empresa.
O coordenador da Comissão de Empresa entregou aos representantes do
BB abaixo-assinado de bancários da CABB de São Paulo reivindicando a
comissão de 55% sobre o piso do BB. O abaixo-assinado foi entregue pelos
trabalhadores à presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e região,
Juvandia Moreira, na assembleia dos bancários realizada no dia 12 de
setembro.
Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS
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