terça-feira, 11 de setembro de 2012

Itaú marca negociação sobre horário ampliado

A mobilização do movimento sindical contra a decisão unilateral do Itaú de ampliar o horário de agências até às 20h surtiu efeito. O banco agendou uma negociação com a Contraf-CUT para a próxima quinta-feira (13), às 9h, em São Paulo, para discutir o assunto. Já ocorreram manifestações contra a ampliação em capitais, como São Paulo e Brasília. A medida está em vigor desde o dia 27 de agosto. A maior parte das unidades está localizada em shoppings e corredores mais movimentados de grandes cidades. O objetivo do banco é chegar a 1,5 mil agências com horários ampliados em todo o país.
A Contraf-CUT não concorda com a ampliação do horário de expediente. "Não existe demanda da sociedade para fazer essa mudança. Mais uma vez, o Itaú foca o crescimento do lucro, sem atentar para o aumento do ritmo de trabalho que a medida ocasiona e coloca em risco a vida de seus funcionários e clientes, uma vez que à noite existe mais insegurança. Isso mostra o descompromisso cada vez maior do Itaú com os trabalhadores e a sociedade", critica o funcionário do banco e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Na avaliação do movimento sindical, o Itaú deveria atender a reivindicação histórica dos bancários, que é o expediente ao público das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho, garantindo condições de trabalho decentes aos funcionários destas unidades.
 
 
Orientações para os sindicatos filiados à Fetrafi-RS
 
Nesta segunda-feira, 10, a Fetrafi-RS enviou orientações específicas aos seus 38 sindicatos filiados sobre a ampliação no horário de atendimento no Itaú. A entidade sugere que os dirigentes sindicais fiscalizem os locais de trabalho a fim de verificar possíveis irregularidades como a extrapolação da jornada em agências com horário estendido. A entidade orienta que os sindicatos viabilizem canais de denúncia para que os bancários possam se manifestar. Outras medidas estão sendo avaliadas para encaminhamentos, caso a reunião com o Banco nesta quinta-feira, não avance.
 
Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS

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