A
mobilização do movimento sindical contra a decisão unilateral do Itaú
de ampliar o horário de agências até às 20h surtiu efeito. O banco
agendou uma negociação com a Contraf-CUT para a próxima quinta-feira
(13), às 9h, em São Paulo, para discutir o assunto. Já ocorreram
manifestações contra a ampliação em capitais, como São Paulo e Brasília.
A medida está em vigor desde o dia 27 de agosto. A maior parte das
unidades está localizada em shoppings e corredores mais movimentados de
grandes cidades. O objetivo do banco é chegar a 1,5 mil agências com
horários ampliados em todo o país.
A Contraf-CUT não concorda com a
ampliação do horário de expediente. "Não existe demanda da sociedade
para fazer essa mudança. Mais uma vez, o Itaú foca o crescimento do
lucro, sem atentar para o aumento do ritmo de trabalho que a medida
ocasiona e coloca em risco a vida de seus funcionários e clientes, uma
vez que à noite existe mais insegurança. Isso mostra o descompromisso
cada vez maior do Itaú com os trabalhadores e a sociedade", critica o
funcionário do banco e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
Na avaliação do movimento sindical, o Itaú deveria atender a reivindicação histórica dos bancários, que é o expediente ao público das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho, garantindo condições de trabalho decentes aos funcionários destas unidades.
Na avaliação do movimento sindical, o Itaú deveria atender a reivindicação histórica dos bancários, que é o expediente ao público das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho, garantindo condições de trabalho decentes aos funcionários destas unidades.
Orientações para os sindicatos filiados à Fetrafi-RS
Nesta
segunda-feira, 10, a Fetrafi-RS enviou orientações específicas aos seus
38 sindicatos filiados sobre a ampliação no horário de atendimento no
Itaú. A entidade sugere que os dirigentes sindicais fiscalizem os locais
de trabalho a fim de verificar possíveis irregularidades como a
extrapolação da jornada em agências com horário estendido. A entidade
orienta que os sindicatos viabilizem canais de denúncia para que os
bancários possam se manifestar. Outras medidas estão sendo avaliadas
para encaminhamentos, caso a reunião com o Banco nesta quinta-feira, não
avance.
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Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS
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