sábado, 22 de setembro de 2012

Caixa abre PSIs para prejudicar empregados que aderiram à greve

Depois que o BB resolveu criar uma norma durante a greve que permite a demissão e o descomissionamento por ato de gestão e sem inquérito administrativo, a Caixa seguiu o mesmo caminho. Desde o primeiro dia de greve dos bancários, dia 18 de setembro, o banco público tem publicado Processos Internos Seletivos (PSIs) simplificados para prejudicar aqueles empregados que aderiram ao movimento.

A Caixa adotou essa forma desrespeitosa de desafiar a greve com promoções e cursos exatamente na época em que seus empregados estão paralisando e lutando por dignidade e melhores condições de trabalho. A atitude da empresa tem o claro objetivo de intimidar os empregados a não participarem da paralisação da campanha salarial 2012.

A denúncia foi feita pelo diretor do SindBancários e funcionário da Caixa, José Henrique Bielecki Wierzchowski, o Tubarão, na assembleia ao ar livre que ocorreu durante o piquenique dos bancários nesta sexta-feira, 21 de setembro, em Porto Alegre, na Praça da Alfândega.

“A Caixa está praticando processos seletivos internos só para a pelegada que está trabalhando receber promoção. Não é só no Banco do Brasil que atacam o bancário e reduzem nossos direitos. Temos que lutar contra isso. Isso vai começar a ir pra dentro dos outros bancos também, como o Banrisul”, disse Tubarão.

O bancário denunciou também um processo de privatização das funções na Caixa e de privilégio a funcionários terceirizados. “Os terceirizados estão recebendo R$ 50 por conta que abrem. Nós, servidores públicos e concursados, não recebemos nada. Isto é o início de um processo de desmonte e do desemprego do bancário na Caixa”, denunciou.

Os PSIs entraram em vigor na Caixa em 18 de setembro, exatamente no primeiro dia da greve dos bancários. As promoções preveem funções cuja remuneração acrescenta entre R$ 700 e R$ 10 mil aos salários e estão sendo publicadas na modalidade simplificada. Isso significa que as PSIs podem ser implantadas por qualquer agência de forma separada e servem como instrumento para constranger e assediar os bancários a abandonarem a greve.

O Banrisul usa tática semelhante. Mesmo que a deflagração da greve caracterize a suspensão dos contratos de trabalho, o Banrisul segue realizando seleções internas. A denúncia foi feita pelo diretor do SindBancários e funcionário do Banrisul, Luciano Fetzner, durante o piquenique dos bancários na sexta-feira.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Porto Alegre

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