terça-feira, 4 de setembro de 2012

Assaltantes explodem caixa eletrônico ao lado de posto da BM, em Tio Hugo

Um caixa eletrônico do Banco do Brasil foi alvo de criminosos na madrugada de domingo, 02, no município de Tio Hugo, norte do Estado. De acordo com a Brigada Militar, o grupo usou artefatos explosivos na ação e levou uma quantia em dinheiro não revelada. O município pertence à base do Sindicato dos Bancários de Soledade e Região.

A ousadia dos assaltantes ficou evidente na ação. A sala em que fica instalado o caixa eletrônico,é dividida apenas por uma parede com a sala da Brigada Militar da cidade. A potência dos explosivos acabou por danificar também a sala em que trabalham os policiais. No momento em que ocorreu o assalto, ninguém estava no local.

Pessoas que moram no mesmo prédio ouviram a explosão durante a madrugada e chamaram a Polícia Civil e funcionários do banco, em Victor Graeff, agência responsável pelo terminal instalado em Tio Hugo.

—A explosão aconteceu em cima do meu quarto, subi correndo e só vi fumaça.Um homem vestido de preto e com capuz segurava uma arma e me mandou sair para não levar um tiro na cabeça — conta a dona de casa Andrea Bettin, 41 anos, que mora no porão do prédio onde fica o caixa eletrônico.

Segundo testemunhas, seis homens foram vistos fugindo do local em três carros: um Opala, um Gol e um Tempra. O caixa eletrônico fica na Rua Rio de Janeiro, no centro da cidade. Até omomento ninguém foi preso.

As razões para o aumento de ataques com explosivos
Um em cada dois ataques a banco no Estado, em 2012, foi executado com o uso de explosivo. A polícia acredita que três bandos sejam os responsáveis pelas 15 explosões. São quadrilhas formadas por gaúchos, que aprenderam a manusear as bananas de C3, utilizado geralmente por mineradoras.

O que está por trás da ofensiva que, embora seja menor do que nos vizinhos Santa Catarina e Paraná, é igualmente preocupante? Por que essa modalidade de ataque se tornou rotina em solo gaúcho? ZH ouviu delegados, oficiais da BM, representantes de bancos e seus funcionários. Das entrevistas, algumas delas sob a condição do anonimato, surge uma constatação: os ataques proliferam no esteio de uma combinação de cinco falhas. Entre elas, sistemas de segurança defasados, falta de efetivo policial e descontrole sobre explosivos.
 
Fonte: Zero Hora com edição da Fetrafi-RS

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