A
reunião aconteceu na última sexta-feira, 31, onde uma comissão do Fórum
Sindical de Saúde do Trabalhador (FSST) foi recebida pelo presidente
nacional do INSS, Mauro Hauschild. A pauta da reunião foi a manifestação
contra o desrespeito nas perícias e a falta de humanização no
atendimento prestado aos trabalhos , em frente ao prédio do INSS, na
manhã de quinta-feira, 30.
Durante o protesto, o gerente da
unidade do INSS, de forma irresponsável, interrompeu as perícias que
estavam agendadas. Além disso, diversos jornais divulgaram que os
manifestantes estavam ofendendo os médicos peritos e impedindo a entrada
de trabalhadores no prédio. O que, de forma alguma, aconteceu.
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, e o secretário da Saúde da
entidade, Mário Reis, relataram a situação para Hauschild. “Não é
segredo para ninguém que o atendimento é muito ruim. Além disso, todos
os representantes que estão aqui são de sindicatos que trabalham muita a
questão de saúde do trabalhador, até porque há categoria que são
acometidas pelas doenças de trabalho, como a LER, e merecem um
tratamento mais humanizado quando necessitam de perícia”, afirmou
Nespolo.
Representante do FSST, Alfredo Gonçalves, garantiu que em nenhum
momento foi pensado em prejudicar o trabalho dos peritos, por isso o ato
foi feito na calçada, longe do portão de entrada do prédio. Ele também
questionou o sistema de perícias em Porto Alegre. “O trabalhador já é
maltratado na empresa e chega na hora da perícia, é maltratado pelo
médico também. Se continuar assim, o movimento sindical vai continuar
agindo”, afirmou o dirigente.
Após ouvir os trabalhadores, Hauschild relatou a situação precária do
INSS, com a falta de 1.338 médicos. “Falta de perito é um problema e
não tem mágica para isso. Com isso vem a demora no atendimento e a má
qualidade, só para citar alguns transtornos”, relatou.
Segundo ele, no último concurso para perito médico do INSS, 46% não
compareceram na prova e dos 250 candidatos nomeados, apenas 83 tomaram
posse. “Infelizmente, o salário e a jornada de trabalho são responsáveis
por isso”, acredita.
Quanto ao ato do FSST em frente ao INSS, Hauschild salientou que o
gerente da unidade foi recém empossado, ainda está formando a sua
equipe, por isso pode ter optado por interromper o atendimento por
alguns minutos. Ele também garantiu que todas as perícias marcadas foram
realizadas e lamentou o que foi divulgado nos jornais.
Fonte: CUT/RS
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