quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Após protesto, presidente do INSS recebeu comissão do FSST

A reunião aconteceu na última sexta-feira, 31, onde uma comissão do Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador (FSST) foi recebida pelo presidente nacional do INSS, Mauro Hauschild. A pauta da reunião foi a manifestação contra o desrespeito nas perícias e a falta de humanização no atendimento prestado aos trabalhos , em frente ao prédio do INSS, na manhã de quinta-feira, 30.

Durante o protesto, o gerente da unidade do INSS, de forma irresponsável, interrompeu as perícias que estavam agendadas. Além disso, diversos jornais divulgaram que os manifestantes estavam ofendendo os médicos peritos e impedindo a entrada de trabalhadores no prédio. O que, de forma alguma, aconteceu.

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, e o secretário da Saúde da entidade, Mário Reis, relataram a situação para Hauschild. “Não é segredo para ninguém que o atendimento é muito ruim. Além disso, todos os representantes que estão aqui são de sindicatos que trabalham muita a questão de saúde do trabalhador, até porque há categoria que são acometidas pelas doenças de trabalho, como a LER, e merecem um tratamento mais humanizado quando necessitam de perícia”, afirmou Nespolo.

Representante do FSST, Alfredo Gonçalves, garantiu que em nenhum momento foi pensado em prejudicar o trabalho dos peritos, por isso o ato foi feito na calçada, longe do portão de entrada do prédio. Ele também questionou o sistema de perícias em Porto Alegre. “O trabalhador já é maltratado na empresa e chega na hora da perícia, é maltratado pelo médico também. Se continuar assim, o movimento sindical vai continuar agindo”, afirmou o dirigente.

Após ouvir os trabalhadores, Hauschild relatou a situação precária do INSS, com a falta de 1.338 médicos. “Falta de perito é um problema e não tem mágica para isso. Com isso vem a demora no atendimento e a má qualidade, só para citar alguns transtornos”, relatou.

Segundo ele, no último concurso para perito médico do INSS, 46% não compareceram na prova e dos 250 candidatos nomeados, apenas 83 tomaram posse. “Infelizmente, o salário e a jornada de trabalho são responsáveis por isso”, acredita.
 
Quanto ao ato do FSST em frente ao INSS, Hauschild salientou que o gerente da unidade foi recém empossado, ainda está formando a sua equipe, por isso pode ter optado por interromper o atendimento por alguns minutos. Ele também garantiu que todas as perícias marcadas foram realizadas e lamentou o que foi divulgado nos jornais.
 
Fonte: CUT/RS

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