Os bancos brasileiros continuam no topo das marcas mais valiosas da América Latina. Segundo estudo da Brand Finance, a soma das 100 maiores marcas presentes no Brasil atingiu R$ 330,8 bilhões em 2012, alta de 7% em relação ao ano passado. O Bradesco ocupa o primeiro lugar, com valor de marca de R$ 31,9 bilhões.
Entre as dez primeiras marcas colocadas no ranking estão nove brasileiras e apenas uma mexicana. O Banco Itaú está em segundo lugar, com valor de marca de R$ 26,8 bilhões, seguido pelo Banco do Brasil R$ 14,8 bilhões e em quarto lugar está a Claro do México (R$ 11,6 bilhões). Já o Santander do Brasil subiu para a 5ª posição, com valor de R$ 11,4 bilhões.
Ranking x precárias condições de trabalho
Se por um lado os bancos continuam lucrando e tornando suas marcas
cada vez mais valiosas, as condições de trabalho do setor se deterioram
na mesma proporção. Os trabalhadores do setor são explorados ao limite,
submetidos a uma rotina de assédio moral e sujeitos à instabilidade no
emprego. Estes fatores colocam o emprego bancário em segundo lugar no
ranking de risco à saúde física e psíquica para os trabalhadores,
perdendo apenas para a área da saúde, cujos profissionais são os que
mais adoecem no país.
Itaú
O Banco Itaú, a segunda marca mais valiosa da América Latina lidera o
ranking das demissões no setor bancário. Somente no primeiro trimestre
do ano o banco demitiu 1.964 pessoas, acumulando um saldo de 8 mil
demissões em 12 meses. Em negociações com o movimento sindical o banco
nega o processo desenfreado de demissões, mas na prática o déficit de
pessoal fica evidente em agências que chegam a prestar atendimento com
apenas três funcionários disponíveis.
Além da sobrecarga de trabalho, os bancários sequer podem fazer
intervalo para comer ou ir ao banheiro. Para piorar a situação, o banco
começou a implantar em agosto, de maneira unilateral, um plano nacional
para ampliação do horário de atendimento. Em muitas agências a situação
tornou-se insustentável, gerando protestos do movimento sindical e até o
fechamento parcial de unidades para viabilizar que os funcionários
pudessem satisfazer suas necessidades fisiológicas.
Banco do Brasil
No mês de agosto, diante de uma greve iminente, o Banco do Brasil
publicou a Instrução Normativa nº 379 para atacar a estabilidade do
servidor do BB e instituir a demissão e o descomissionamento por ato de
gestão.
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Na prática, qualquer gestor do banco pode agora demitir qualquer
funcionário por qualquer motivo. Na manhã da quarta-feira, 19 de
setembro, um ato em frente à Superintendência Varejo, em Porto Alegre,
denunciou a manobra. O efeito dela é ampliar a pressão por metas e o
adoecimento ético entre os bancários.
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Fonte: Fetrafi-RS com informações do Infomoney
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