sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Bradesco, Itaú e BB lideram ranking de marcas mais valiosas


Os bancos brasileiros continuam no topo das marcas mais valiosas da América Latina. Segundo estudo da Brand Finance, a soma das 100 maiores marcas presentes no Brasil atingiu R$ 330,8 bilhões em 2012, alta de 7% em relação ao ano passado. O Bradesco ocupa o primeiro lugar, com valor de marca de R$ 31,9 bilhões.

Entre as dez primeiras marcas colocadas no ranking estão nove brasileiras e apenas uma mexicana. O Banco Itaú está em segundo lugar, com valor de marca de R$ 26,8 bilhões, seguido pelo Banco do Brasil R$ 14,8 bilhões e em quarto lugar está a Claro do México (R$ 11,6 bilhões). Já o Santander do Brasil subiu para a 5ª posição, com valor de R$ 11,4 bilhões.
Ranking x precárias condições de trabalho
Se por um lado os bancos continuam lucrando e tornando suas marcas cada vez mais valiosas, as condições de trabalho do setor se deterioram na mesma proporção. Os trabalhadores do setor são explorados ao limite, submetidos a uma rotina de assédio moral e sujeitos à instabilidade no emprego. Estes fatores colocam o emprego bancário em segundo lugar no ranking de risco à saúde física e psíquica para os trabalhadores, perdendo apenas para a área da saúde, cujos profissionais são os que mais adoecem no país.

Itaú
O Banco Itaú, a segunda marca mais valiosa da América Latina lidera o ranking das demissões no setor bancário. Somente no primeiro trimestre do ano o banco demitiu 1.964 pessoas, acumulando um saldo de 8 mil demissões em 12 meses. Em negociações com o movimento sindical o banco nega o processo desenfreado de demissões, mas na prática o déficit de pessoal fica evidente em agências que chegam a prestar atendimento com apenas três funcionários disponíveis.

Além da sobrecarga de trabalho, os bancários sequer podem fazer intervalo para comer ou ir ao banheiro. Para piorar a situação, o banco começou a implantar em agosto, de maneira unilateral, um plano nacional para ampliação do horário de atendimento. Em muitas agências a situação tornou-se insustentável, gerando protestos do movimento sindical e até o fechamento parcial de unidades para viabilizar que os funcionários pudessem satisfazer suas necessidades fisiológicas.

Banco do Brasil
No mês de agosto, diante de uma greve iminente, o Banco do Brasil publicou a Instrução Normativa nº 379 para atacar a estabilidade do servidor do BB e instituir a demissão e o descomissionamento por ato de gestão.

Na prática, qualquer gestor do banco pode agora demitir qualquer funcionário por qualquer motivo. Na manhã da quarta-feira, 19 de setembro, um ato em frente à Superintendência Varejo, em Porto Alegre, denunciou a manobra. O efeito dela é ampliar a pressão por metas e o adoecimento ético entre os bancários.
Fonte: Fetrafi-RS com informações do Infomoney

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