Os bancários, em greve nacional há sete dias, continuam ampliando e
intensificando a paralisação da categoria em todo o país. Nesta quarta (25)
10.024 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram
paralisados nos 26 estados e no Distrito Federal. Trabalhadores de setores
estratégicos também aderiram à greve, com destaque para a paralisação de call
centers.
A greve nacional foi deflagrada na quinta-feira (19) e, como nos
anos anteriores, vem crescendo a cada dia. No primeiro dia foram fechados 6.145
unidades, subindo para 7.282 no segundo dia, 9015 no quinto dia e 9.665 unidades
no sexto dia. Trata-se de um crescimento de 63,12% em relação ao primeiro dia de
greve.
A (única) proposta da Fenaban de reajuste 6,1%, que repõe apenas a
inflação do período, foi apresentada no dia 5 de setembro e foi rejeitada pelos
bancários em assembleias realizadas dia 12, em todo o país.
"Completamos
uma semana de uma forte greve nacional, maior do que a do ano passado. Enquanto
isso, os bancos estão há vinte dias calados, intransigentes, sem negociar com os
bancários, desrespeitando a categoria e a sociedade. Vamos fortalecer ainda mais
o movimento, ampliar ainda mais as paralisações, para forçar a reabertura das
negociações visando conquistar uma proposta decente , com aumento real de
salário, ampliação da PLR, valorização do piso, mais contratações, fim da
rotatividade e das terceirizações, melhores condições de trabalho com fim das
metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades", afirma Carlos
Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos
Bancários.
O Comando Nacional, que representa 95% dos bancários de todo o
Brasil, vai se reunir nesta quinta-feira (26), às 14h, em São Paulo, para fazer
uma avaliação da primeira semana de greve e definir formas de ampliar e
fortalecer ainda mais o movimento.
Mais passeatas e
manifestações
Além de paralisar as atividades, os bancários vêm
intensificando a realização de passeatas e manifestações em todo o país. Na
terça (24) ocorreram caminhadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e
Campo Grande. Hoje, estavam agendadas mobilizações em Brasília, João Pessoa,
Fortaleza e Salvador, entre outras.
"Vamos aumentar os protestos nas ruas
para dialogar com os clientes e a sociedade, mostrando que os bancos, cujos
lucros atingiram 29 bilhões de reais no primeiro semestre deste ano, têm plenas
condições que atender às reivindicações econômicas e sociais dos bancários,
reduzir as altas taxas de juros e tarifas cobrados dos clientes e garantir
atendimento de qualidade à população ", conclui Carlos Cordeiro.
Fonte: Contraf
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