Nas
assembleias realizadas nesta quinta-feira à noite em todo o país, os
bancários rejeitaram a proposta de 6,1% de reajuste apresentada pela
Fenaban e decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do
dia 19, conforme orientação do Comando Nacional.
"Nós
advertimos os bancos na mesa de negociações que essa proposta era uma
provocação. Um setor em que somente as seis maiores empresas tiveram lucro
líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre e mantêm a mais alta
rentabilidade do planeta, graças ao aumento da produtividade de seus
trabalhadores, acenar com uma proposta desse tipo é pra empurrar os bancários
para a greve", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e
coordenador do Comando Nacional.
"Apesar desse
lucro recorde, os bancos estão fechando postos de trabalho e piorando as
condições de trabalho, com aumento das metas abusivas e do assédio moral, o que
tem provocado uma verdadeira epidemia de adoecimentos na categoria. Por falta
de investimento em segurança, também cresce o número de assaltos, sequestros e
mortes. Mas os banqueiros se recusam a discutir esses problemas. Por isso, a
única saída da categoria é a greve", acrescenta Cordeiro.
Intensificar a mobilização
A Contraf-CUT está
orientando as entidades filiadas a intensificarem a mobilização em todo o país.
"Nos últimos anos os bancários têm demonstrado um grande poder de
mobilização e de pressão e por isso conquistaram aumentos reais de salários e
outros avanços econômicos e sociais. Somente uma greve muito forte da categoria
fará os bancos melhorarem a proposta", conclui Carlos Cordeiro.
Fonte: Contraf/CUT
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