terça-feira, 17 de setembro de 2013

Bancários rejeitam proposta dos bancos e decidem greve

Nas assembleias realizadas nesta quinta-feira à noite em todo o país, os bancários rejeitaram a proposta de 6,1% de reajuste apresentada pela Fenaban e decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 19, conforme orientação do Comando Nacional.
 
"Nós advertimos os bancos na mesa de negociações que essa proposta era uma provocação. Um setor em que somente as seis maiores empresas tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre e mantêm a mais alta rentabilidade do planeta, graças ao aumento da produtividade de seus trabalhadores, acenar com uma proposta desse tipo é pra empurrar os bancários para a greve", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
 
"Apesar desse lucro recorde, os bancos estão fechando postos de trabalho e piorando as condições de trabalho, com aumento das metas abusivas e do assédio moral, o que tem provocado uma verdadeira epidemia de adoecimentos na categoria. Por falta de investimento em segurança, também cresce o número de assaltos, sequestros e mortes. Mas os banqueiros se recusam a discutir esses problemas. Por isso, a única saída da categoria é a greve", acrescenta Cordeiro.
 
 Intensificar a mobilização
 
A Contraf-CUT está orientando as entidades filiadas a intensificarem a mobilização em todo o país. "Nos últimos anos os bancários têm demonstrado um grande poder de mobilização e de pressão e por isso conquistaram aumentos reais de salários e outros avanços econômicos e sociais. Somente uma greve muito forte da categoria fará os bancos melhorarem a proposta", conclui Carlos Cordeiro.
 
Fonte: Contraf/CUT

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