quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Assembleias organizam primeiro dia de greve da categoria

Desde frustração gerada pela Fenaban na mesa de negociação do dia 05 de setembro, federações e sindicatos de todo o país estão preparando bancários e bancárias para mais uma greve. Após várias rodadas, a Fenaban negou todas as reivindicações de saúde e condições de trabalho. Temas essenciais para os bancários como o fim das metas abusivas, mais segurança e plano de cargos e salários são ignorados pelos bancos. Além disso a proposta econômica dos banqueiros (reajuste de 6,1%) ficou abaixo das expectativas da categoria, considerando que os bancos brasileiros são os mais rentáveis da América Latina.
Para forçar a Fenaban a melhorar a proposta, os bancários vão utilizar sua principal ferramenta de luta: a greve. Nesta quarta-feira, 18, sindicatos de todo o estado realizam assembleias em suas bases a fim de organizar os trabalhadores para o primeiro dia de greve nos bancos públicos e privados.
 “Os piquetes de esclarecimento e convencimento dos bancários devem tomar conta das agências bancárias do país a partir desta quinta-feira. A categoria é muito coerente em suas reivindicações econômicas. Os bancos é que estão fora da realidade ao oferecerem um reajuste sem aumento real, afinal seus lucros continuam enormes”, analisa o diretor da Fetrafi-RS e membro do Comando Nacional dos Bancários, Arnoni Hanke.

Aviso de greve
O edital de aviso de greve nas instituições financeiras do Rio Grande do Sul foi publicado pela Fetrafi-RS no último sábado, 14, no Jornal Zero Hora. O documento anuncia a paralisação das atividades por tempo indeterminado a partir do dia 19 de setembro, prevendo a realização de assembleias diárias junto aos locais de trabalho para organização dos trabalhadores para o movimento.

Veja as principais reivindicações dos bancários:
 >  Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
 Fonte: Imprensa/Fetrafi-RS

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