Ao se negar a apresentar contraproposta decente para as reivindicações específicas da campanha salarial 2013, depois de quatro rodadas de negociações ocorridas até o momento, a Caixa Econômica Federal deu um motivo a mais para os trabalhadores da empresa fortalecer a greve de toda a categoria bancária, a ser deflagrada em todo o país a partir de amanhã (quinta-feira) – dia 19 de setembro.
A luta é por respostas satisfatórias aos problemas relacionados a condições de trabalho, especialmente no que se refere à sobrecarga de serviços, à carência de pessoal e às metas abusivas. “Isso passa por contratação de mais empregados, respeito à jornada, marcação correta de horas extras com pagamento integral e fim do assédio moral”, destaca o coordenador da CEE/Caixa e vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
A representação nacional dos empregados reivindica ainda Adicional por Tempo de Serviço (ATS), com extensão do anuênio para todos os empregados admitidos a partir de 1998. No quesito auxílio-alimentação, a cobrança é por reajuste acima do índice.
A questão das horas extras precisa também ser resolvida. Nesse particular, a luta é pelo fim do banco de horas, com pagamento das horas extras de imediato, acrescidas de 100% da hora normal, além de extinção do registro de horas extras negativas no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), entre outras demandas.
Respostas satisfatórias também devem ser dadas a questões como garantia do Saúde Caixa para os aposentados por PADV, critérios para a retirada de funções (descomissionamentos) e pagamento de PLR social que corresponda aos esforços dos empregados na implementação das políticas públicas. Precisam ser atendidas ainda as reivindicações relativas à Funcef/aposentados, carreira, jornada/Sipon e segurança bancária.
Para a representação nacional dos bancários, a ausência de proposta decente, dias antes das assembleias que vão organizar a greve nacional por tempo indeterminado, deve ser respondida com mobilização mais ampla e contundente possível, para que sejam atendidas as expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às suas reivindicações específicas como em relação aos itens gerais tratados na mesa da Fenaban.
Para Jair Pedro Ferreira, “a greve tornou-se uma necessidade para o conjunto da categoria e terá nos empregados da Caixa a sustentação esperada”. Ele afirma que, além de aumento real e PLR digna, os bancários da Caixa vão à luta também por valorização do piso, ATS, contratação de mais empregados, saúde e condições de trabalho, Funcef/Prevhab e tíquete dos aposentados. E acrescenta: “O momento, portanto, é de mostrar nossa força com uma mobilização intensa em todo o Brasil”.
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