O primeiro encontro entre o Comando Nacional dos Banrisulenses e a direção do Banrisul teve um tom de indagação. Mas nem por isso o debate que se instalou deixou de apontar que a participação dos banrisulenses na Campanha Salarial 2013 será decisiva para ampliar a conquista de direitos no Banco público. Na primeira mesa de negociações da Campanha Salarial 2013, no Salão Nobre da DG, nesta quarta-feira, 11 de setembro, pontos específicos da pauta foram debatidos à exaustão. A próxima rodada de negociação será às 14h30 da terça-feira, 17/9, no Salão Nobre da DG.
Antes de a reunião se transformar em uma revisão de alguns pontos da pauta específica dos Banrisulenses, entregue à direção pelo Comando Nacional em 28 de agosto, um debate sobre as condições de negociação tomou pelo menos uma das 2h40 que a primeira rodada durou. Os diretores mostraram-se determinados a incluir nos debates questões como o banco de horas.
Dirigentes alertaram que essas questões, como o registro das horas de trabalho, eram importantes, mas que, no momento, pareciam cortina de fumaça. A pauta principal deveria ser as reivindicações da Campanha Salarial 2013. O debate do registro e controle da jornada de trabalho estaria sendo usado pela direção para desviar o foco.
Depois que a fumaça se dissipou, algumas das cláusulas foram questionadas. Na maioria, os diretores tinham dúvidas sobre questões relacionadas à redação. Foram repassadas questões de segurança, de remuneração, de condições de trabalho e sobre o Plano de Carreira.
O diretor do SindBancários e empregado do Banrisul, Luciano Fetzner, avaliou como positiva a atuação dos representantes dos banrisulenses. Segundo ele, o Comando deu respostas claras às questões levantadas pelos diretores e demonstrou que conhece muito bem aquilo que os bancários do Banrisul querem e precisam, mas alertou para a necessidade de haver unidade e mobilização.
“Essa reunião serviu para tirarmos a primeira febre da direção. Os diretores manifestaram a mesma intransigência dos anos anteriores. Os banrisulenses precisam ficar atentos aos movimentos do nosso Sindicato e mobilizados. Temos de dar uma resposta a esta intransigência, na nossa assembleia do dia 12 e em toda a nossa Campanha”, explicou Luciano.
Para o diretor da Fetrafi-RS e empregado do Banrisul, Carlos Augusto Rocha, a reunião foi importante para os banrisulenses testarem as suas reivindicações e para adiantar o processo de negociação. “O banco precisa ter consciência de que está lidando com quase 12 mil trabalhadores. Há uma expectativa muito grande em relação à nossa Campanha Salarial e ao atendimento da nossa pauta específica entre os Banrisulenses. O principal aqui é debater a melhoria das condições de trabalho”, disse Rocha.
Segundo a diretora da Fetrafi-RS e empregada do Bnrisul, Denise Corrêa, mesmo preliminar, a reunião foi bastante acalorada. “Tivemos debates acalorados enquanto explicitávamos alguns pontos da nossa pauta específica. Isso não nos surpreende. Esperamos que o banco atenda às reivindicações e que não frustre os companheiros e companheiras do Banrisul”, avaliou Denise.
O diretor da Contraf-CUT e empregado do Banrisul, Antonio Pirotti, tomou o exaustivo e detalhado questionamento dos diretores do banco como um sinal de que a Campanha Salarial será árdua. “De fato, a negociação com o Banrisul será difícil. O primeiro dia indicou claramente essa tendência. A participação dos banrisulenses em nossas manifestações e em nossas assembleias será decisiva”, argumentou Pirotti.
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