segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Greve dos bancários entra na terceira semana com 10.822 agências paradas

Nesta segunda-feira 30, a greve nacional dos bancários entrou na terceira semana seguindo exatamente a trajetória da semana passada: muito forte e crescendo em todo o país. Estão paralisados nos 26 estados e no Distrito Federal 10.822 agências e centros administrativos, apesar da intimidação que a Polícia Militar está fazendo em vários estados, a pedido dos bancos.

Quadro de Greve RS 30/09/2013

Em Porto Alegre e região metropolitana são 324 unidades em greve nesse dia 30/09/2013

Temos informações sobre a greve no Banrisul nas seguintes agências de fora do Rio Grande do Sul:

BB afronta decisão do STF e ameaça funcionários em greve

Em mais uma atitude assediadora para com seus trabalhadores, o Banco do Brasil soltou na véspera da greve nacional uma nota em sua página sobre negociação coletiva na internet fazendo uma estapafúrdia interpretação de recente acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF), que a Contraf-CUT interpreta como uma ameaça velada da empresa de que demitirá funcionários que participam da greve nacional dos bancários.

Bancos apelam para o judiciário para impedir o direito de greve

Os banqueiros resolveram desrespeitar ainda mais os bancários através da Justiça nessa segunda semana de paralisações. Desde o início da greve, que iniciou no dia 19 de setembro, Itaú, Bradesco e Santander entraram com interditos proibitórios visando impedir a greve em Porto Alegre.

Lucro dos bancos permanece "robusto", aponta relatório do BC

O lucro líquido dos bancos manteve-se estável no período de 12 meses, encerrado em junho, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado na última quinta-feira (26) pelo Banco Central (BC). O valor chegou a R$ 59,7 bilhões, com acréscimo de R$ 4,7 bilhões em relação ao resultado de dezembro.

Paralisação se amplia na Caixa e número de unidades fechadas cresce

Na Caixa Econômica Federal, a greve nacional dos bancários surpreende pela força e amplitude alcançadas, atingindo os 26 estados e o Distrito Federal. Nas manifestações e nos protestos realizados pelas bases sindicais, o que se observa é muita disposição de luta, capacidade de organização e unidade da categoria. O objetivo das atividades realizadas é o diálogo com a sociedade.

919 unidades em greve no RS - 27/09

No Rio Grande do Sul, o movimento atingiu 919 unidades na última sexta-feira, 27, sendo 604 no interior e 315 na base do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre. De acordo com estes números, a greve já paralisou cerca de 50% do atendimento bancário no estado. Confira abaixo o gráfico da evolução da paralisação até o 9º dia.

domingo, 29 de setembro de 2013

Greve se mantém forte no nono dia e fecha 10.633 agências em todo país

A greve nacional dos bancários se manteve forte nesta sexta-feira (27) em seu nono dia, paralisando 10.633 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo levantamento da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), demonstrando a disposição da categoria de enfrentar o silêncio da Fenaban, que se recusa a apresentar proposta com aumento real de salário, valorização do piso, melhoria da PLR, mais contratações, fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de trabalho com fim das metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades.

Em carta enviada nesta sexta-feira ao presidente da Fenaban, Murilo Portugal, o Comando Nacional dos Bancários "reafirmou a rejeição do reajuste de 6,1%, apresentado no dia 5 de setembro, e a disposição para negociar uma proposta que atenda às reivindicações econômicas e sociais dos bancários".

A remessa do documento foi definida pelo Comando Nacional, reunido na quinta-feira 26, após avaliação da primeira semana da greve da categoria. Foi decidido ampliar e fortalecer a greve nacional e reafirmado que a greve é de responsabilidade dos presidentes da Fenaban (Murilo Portugal), do Itaú (Roberto Setúbal), do Bradesco (Luiz Carlos Trabuco), do Banco do Brasil (Aldemir Bendine), da Caixa Econômica Federal (Jorge Hereda), do Santander (Jesús Zabalza) e do HSBC (André Brandão) por fecharem o processo de negociação ao ignorarem a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

"As últimas declarações da Fenaban de que os bancários não precisam de aumento real e precisam apenas manter os seus direitos (que já tem) em um momento em que os bancos estão tendo recorde de lucros provocou ainda mais a indignação dos bancários e nos coloca diante de uma única alternativa: ampliar ainda mais a greve, intensificando as paralisações inclusive em áreas estratégicas dos bancos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

Milhões para executivos e sem aumento real para os bancários

Recursos não faltam aos bancos para conceder aumento real aos bancários. No Itaú, por exemplo, os executivos da diretoria receberam em 2012, em média, R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 191,8 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsaram R$ 5,62 milhões no ano passado, o que significa 119,2 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que pagou R$ 5 milhões no ano a seus executivos, a diferença é de 106 vezes.

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos, o do Santander 10 anos e o do Bradesco 9 anos.

Fonte: Contraf

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

27/09 - Quadro de Greve RS

O sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região registrou 315 unidades em greve (capital e região metropolitana).

Temos informações sobre a greve no Banrisul nas seguintes agências de fora do Rio Grande do Sul:
- Brasília
- Camboriú (2 agências)
- Criciúma
- Tubarão
- Joaçaba
- Concórdia
- Araranguá
- Florianópolis (6 agências)

Clique aqui para ver o quadro de greve Interior RS - 27/09/2013 

PL 4330 poderá ser votado nas próximas sessões da CCJC

O nefasto Projeto de Lei nº 4330, de autoria do empresário e deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que permite a terceirização para todas as áreas das empresas, poderá ser votado nas próximas cinco sessões da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, conforme prevê despacho emitido na quinta-feira (26) pela mesa diretora da Câmara, presidida pelo deputado federal Henrique Alves (PMDB-RN). Após esse prazo, o PL 4330 deverá ser remetido para o plenário da Câmara.
Leia a íntegra da decisão da mesa da Câmara:

Despacho exarado no Requerimento n. 8.634/2013, conforme o seguinte teor: "Concedo o prazo adicional de cinco sessões à Comissão de Constituição, de Justiça e de Cidadania - CCJC para votar o parecer relativo ao Projeto de Lei n. 4.330/2004, após o quê deverá ser remetido ao Plenário, na forma do art. 52, § 6º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Publique-se. Oficie-se."

"Com essa decisão, precisamos intensificar ainda mais a luta contra o PL 4330, cuja aprovação tem sido barrada pela mobilização dos trabalhadores, com forte participação dos bancários", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

O assunto será discutido na reunião do Grupo de Trabalho sobre Terceirização da CUT, que ocorre às 14h desta sexta-feira (27), em São Paulo.

"Não podemos baixar a guarda contra o PL 4330. Cabe destacar que a greve dos bancários possibilita reforçar a mobilização na sociedade, buscando comprometer os deputados para que se posicionem contra esse projeto da terceirização que os banqueiros e empresários querem aprovar para reduzir os seus custos, precarizar o trabalho e turbinar os seus lucros", salienta Miguel.

Favela Fábrica

O vídeo Favela Fábrica retrata a crueldade do processo de terceirização com os trabalhadores, a partir da prestação de vários serviços terceirizados, desmascarando a especialização alegada pelos empresários.

Clique aqui para ver o vídeo.

Jornada Mundial pelo Trabalho Decente

No próximo dia 7 de outubro, a CUT e as centrais participam da Jornada Mundial pelo Trabalho, incluindo os pontos da Pauta da Classe Trabalhadora, especialmente a pressão contra a Terceirização.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, reunido nesta quinta-feira, em São Paulo, decidiu chamar os bancários a participar dessas atividades.

Fonte: Contraf/CUT

Sindicato de Passo Fundo denuncia oportunismo por trás da greve

Segundo o Sindicato dos Bancários de Passo Fundo e Região, desde o início da greve, a agência central do Banco do Brasil daquela cidade conta com aproximadamente 20% dos trabalhadores paralisados, sendo que os demais deveriam estar trabalhando normalmente por não integrarem o movimento. Na avaliação do Sindicato, com 80% dos funcionários na ativa, a agência deveria estar aberta ao atendimento público. Entretanto, os trabalhadores que não estão em greve, inclusive com o apoio e orientação dos gestores, se recusam a atender os clientes e usuários do banco com menor renda. 

“Descaradamente, estes funcionários imprimiram cartazes por conta própria com os dizeres “estamos em greve” e afixaram no autoatendimento para selecionar os clientes que podem ser atendidos. Somente os grandes clientes estão recebendo atendimento interno, numa clara demonstração de total desrespeito ao movimento paredista e aos demais clientes da instituição”, afirmam os dirigentes sindicais.

O Sindicato continua a crítica aos colegas pela postura equivocada. “Os clientes menos afortunados são enganados e recebem atendimento dos acomodados, que além de não lutar pelos seus direitos ainda se utilizam do movimento legítimo para não trabalhar”, denunciam os sindicalistas.

O Sindicato já denunciou à sociedade e à imprensa local a manipulação feita pela administração da agência. “Além do embate político, também estamos adotando as medidas institucionais cabíveis junto ao Ministério Público para forçar a administração da agência a prestar o atendimento digno, que todo cliente e usuário merecem. Não admitimos que os colegas peguem carona na greve efetiva para discriminar os clientes de menor renda. Por outro lado, cabe destacar a coragem dos 20% dos funcionários da unidade, que de fato estão inseridos no movimento nacional da categoria”, finalizam os dirigentes sindicais.
 
Fonte: Sindicato dos Bancários de Passo Fundo com edição da Fetrafi-RS

Comando reforça chamado para a greve no Banrisul

Os banrisulenses entraram pra valer em mais uma greve geral dos bancários. Além de garantir o fechamento do maior número de unidades por banco no interior do estado, na Capital o movimento também é forte no Banrisul. Na quinta-feira (26) à tarde, os banrisulenses engrossaram a caminhada de luta promovida pelo SindBancários e a Fetrafi-RS nas ruas do Centro de Porto Alegre. 

Os trabalhadores do Banrisul sempre tiveram papel de vanguarda nas greves da categoria. A importância desta participação massiva no movimento é destacada pelos diretores da Fetrafi-RS e do Comando Nacional dos Banrisulenses, Carlos Augusto Rocha e Denise Corrêa.

“A grande participação dos banrisulenses na caminhada reflete o estado de mobilização dos trabalhadores. Por outro lado, cobra uma posição imediata da direção do banco quanto ao andamento das negociações específicas. Entramos na greve apostando na unidade da categoria para conquistar avanços gerais e específicos”, afirma Denise.

“A greve está em um momento decisivo. Sem pressão, os banqueiros não irão voltar à mesa de negociação com vontade de resolver a campanha. Para que a greve continue crescendo dia após dia, os banrisulenses devem se integrar ao movimento de maneira massiva. Não há construção de acordo coletivo com avanços, sem participação coletiva”, destaca Rocha.

Os dirigentes ressaltam ainda, que os sindicatos devem intensificar o chamado para a greve em todas as unidades do Banrisul de suas bases para garantir a evolução do movimento. Para os sindicalistas, também é preciso incentivar a realização de atividades alternativas para convocar os bancários a participarem do calendário de mobilização da categoria.

Fonte: Imprensa Fetrafi-RS

26/09 - Greve dos bancários já paralisa 10.586 unidades pelo país

A greve nacional dos bancários, que nesta quinta-feira, 26, completou oito dias e fechou 10.586 agências e centros administrativos, já é a maior dos últimos anos e deve continuar crescendo em todo o país. No Rio Grande do Sul foram contabilizadas 892 unidades em greve, com 582 agências e postos de atendimento paralisados no interior e outros 310 em Porto Alegre.

A categoria está indignada com a postura intransigente dos bancos. Essa é a avaliação do Comando Nacional dos Bancários, que se reuniu nesta quinta, em São Paulo, para fazer um balanço do movimento na primeira semana, decidindo ampliar a paralisação para forçar os banqueiros a apresentarem uma nova proposta, que contemple as reivindicações econômicas e sociais dos trabalhadores do setor.

O Comando também aprovou nota oficial reafirmando a decisão de intensificar a greve, manifestando a disposição de negociação e responsabilizando os presidentes da Fenaban e dos seis maiores bancos pela estagnação do diálogo com os bancários.

O diretor da Fetrafi-RS e representante gaúcho no Comando, Arnoni Hanke, reforça que a ordem é paralisar geral. "Temos que ampliar a greve em todos os bancos. Tanto a Fenaban quanto as direções dos bancos públicos devem voltar às mesas de negociação com disposição para resolver a campanha salarial", destaca o dirigente sindical.

Nota do Comando Nacional dos Bancários

O Comando Nacional dos Bancários, reunido nesta quinta-feira 26 de setembro em São Paulo na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), após avaliação da primeira semana da greve da categoria, decidiu:

1. Ampliar e fortalecer a greve nacional dos bancários, que nesta quinta-feira completou oito dias e fechou 10.586 agências e centros administrativos nos 26 estados e no Distrito Federal.

2. Reafirmar a disposição de negociação dos representantes dos bancários, fechada pelos bancos no dia 5 de setembro, quando apresentaram apenas a reposição da inflação e ignoraram todas as outras reivindicações econômicas e sociais.

3. Afirmar que a greve é de responsabilidade dos presidentes da Fenaban (Murilo Portugal), do Itaú (Roberto Setúbal), do Bradesco (Luiz Carlos Trabuco), do Banco do Brasil (Aldemir Bendine), da Caixa Econômica Federal (Jorge Hereda), do Santander (Jesús Zabalza) e do HSBC (André Brandão) por fecharem o processo de negociação ao ignorarem a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

4. Ressaltar que os bancos que operam no Brasil têm totais condições de atender às demandas dos bancários, conforme demonstra relatório do Banco Central divulgado nesta quinta-feira 26, segundo o qual o lucro do sistema financeiro nacional é "robusto" e atingiu R$ 59,7 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em junho.

5. Denunciar a irresponsabilidade social dos bancos, especialmente os privados, que, na contramão da economia brasileira, geradora de 1,07 milhão de novos empregos de janeiro a agosto deste ano, cortaram 6.987 postos de trabalho no mesmo período, precarizando o atendimento à população, aumentando as filas e a sobrecarga de trabalho dos bancários.

6. E denunciar que, em busca de "melhor eficiência", os bancos vêm obrigando os bancários a cumprirem metas abusivas e a venderem produtos financeiros desnecessários à população, o que tem aumentado a incidência de adoecimentos.


Comando Nacional dos Bancários



Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

25/09/2013 - Quadro de Greve RS


GREVE dos Bancários 2013
Quadro de Mobilização das: 14:05 do dia 26/09/2013
Quantidade de Unidade que Aderiram Parcialmente ou Totalmente ao Movimento. (Resultado por Instituição)
SINDICATOS BRADESCO BB ITAÚ UNIBANCO SANTANDER BANRISUL CAIXA HSBC Outros Total
Alegrete  1 2 1 1 3 1 1 0 10
Bagé 1 0 3 2 6 2 1 0 15
Bento Gonçalves 3 0 2 2 6 1 1 0 15
Cachoeira do Sul 1 1 1 1 2 1 0 0 7
Camaquã 1 0 1 1 7 2 0 0 12
Carazinho 4 3 2 2 15 6 1 0 33
Caxias do Sul 3 0 4 4 18 19 1 0 49
Cruz Alta 1 1 0 0 3 3 0 0 8
Erechim 1 1 2 1 8 6 1 0 20
Frederico Westphalen  0 2 0 0 15 1 0 0 18
Guaporé 0 1 0 0 4 3 0 0 8
Horizontina 2 2 0 1 10 2 0 0 17
Ijuí 0 0 2 0 4 2 1 0 9
Lajeado 0 3 0 1 9 5 0 0 18
Litoral Norte/RS 7 8 4 6 25 5 0 0 55
Nova Prata 0 0 0 0 0 1 0 0 1
Novo Hamburgo 4 4 6 6 6 10 1 1 38
Passo Fundo 4 7 3 0 9 3 0 0 26
Pelotas 4 6 4 3 6 3 1 0 27
Rio Grande 1 1 2 3 2 4 1 0 14
Rio Pardo 0 0 0 0 3 2 0 0 5
Rosário do Sul 1 1 0 0 1 1 0 0 4
Santa Cruz do Sul 2 3 1 2 2 4 1 1 16
Santa Maria 0 6 3 0 13 10 0 0 32
Santa Rosa 0 3 0 1 3 1 0 0 8
Santana do Livramento 1 1 1 1 1 2 0 0 7
Santiago 0 1 0 0 3 1 0 0 5
Santo Ângelo 1 3 2 1 10 3 1 0 21
São Borja 1 1 1 1 1 1 1 0 7
São Gabriel 1 1 1 1 1 1 1 0 7
São Leopoldo  1 1 0 2 2 5 1 0 12
São Luiz Gonzaga 0 1 0 0 3 1 0 0 5
Soledade 0 0 0 0 3 1 0 0 4
Uruguaiana 1 0 1 1 1 1 0 0 5
Vacaria 1 1 1 1 1 1 1 0 7
Vale do Caí 0 1 2 1 6 3 0 0 13
Vale do Paranhana 3 7 0 0 7 7 0 0 24
Total 51 73 50 46 219 125 16 2 582

Temos informações sobre a greve no Banrisul nas seguintes agências de fora do Rio Grande do Sul:
- Brasília
- Camboriú (2 agências)
- Tubarão
- Joaçaba
- Concórdia
- Araranguá
- Florianópolis (6 agências)

Greve completa 7 dias e para 10.024 agências em todo país


Os bancários, em greve nacional há sete dias, continuam ampliando e intensificando a paralisação da categoria em todo o país. Nesta quarta (25) 10.024 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram paralisados nos 26 estados e no Distrito Federal. Trabalhadores de setores estratégicos também aderiram à greve, com destaque para a paralisação de call centers.

A greve nacional foi deflagrada na quinta-feira (19) e, como nos anos anteriores, vem crescendo a cada dia. No primeiro dia foram fechados 6.145 unidades, subindo para 7.282 no segundo dia, 9015 no quinto dia e 9.665 unidades no sexto dia. Trata-se de um crescimento de 63,12% em relação ao primeiro dia de greve.

A (única) proposta da Fenaban de reajuste 6,1%, que repõe apenas a inflação do período, foi apresentada no dia 5 de setembro e foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas dia 12, em todo o país.

"Completamos uma semana de uma forte greve nacional, maior do que a do ano passado. Enquanto isso, os bancos estão há vinte dias calados, intransigentes, sem negociar com os bancários, desrespeitando a categoria e a sociedade. Vamos fortalecer ainda mais o movimento, ampliar ainda mais as paralisações, para forçar a reabertura das negociações visando conquistar uma proposta decente , com aumento real de salário, ampliação da PLR, valorização do piso, mais contratações, fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de trabalho com fim das metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

O Comando Nacional, que representa 95% dos bancários de todo o Brasil, vai se reunir nesta quinta-feira (26), às 14h, em São Paulo, para fazer uma avaliação da primeira semana de greve e definir formas de ampliar e fortalecer ainda mais o movimento.

Mais passeatas e manifestações

Além de paralisar as atividades, os bancários vêm intensificando a realização de passeatas e manifestações em todo o país. Na terça (24) ocorreram caminhadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Campo Grande. Hoje, estavam agendadas mobilizações em Brasília, João Pessoa, Fortaleza e Salvador, entre outras.

"Vamos aumentar os protestos nas ruas para dialogar com os clientes e a sociedade, mostrando que os bancos, cujos lucros atingiram 29 bilhões de reais no primeiro semestre deste ano, têm plenas condições que atender às reivindicações econômicas e sociais dos bancários, reduzir as altas taxas de juros e tarifas cobrados dos clientes e garantir atendimento de qualidade à população ", conclui Carlos Cordeiro.

Fonte: Contraf

Bancos privados fecham 7 mil postos de trabalho em oito meses

Os bancos privados que operam no país fecharam 6.987 postos de trabalho entre janeiro e agosto de 2013, andando na contramão da economia brasileira, que gerou 1,07 milhão de novos empregos no mesmo período. Além dos cortes, o sistema financeiro mantém a rotatividade de mão de obra alta, mecanismo que os bancos usam para reduzir custos.

É o que mostra a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) divulgada nesta terça-feira 24 pela Contraf-CUT, que faz o estudo em parceria com o Dieese com base nos dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho.

Segundo o Caged, os bancos brasileiros contrataram 26.940 bancários entre janeiro e agosto e desligaram 30.314. No total do sistema financeiro, foram fechados 3.374 postos de trabalho. O Caged não discrimina a evolução do emprego por empresa; apenas por setor. A Caixa Econômica Federal apresentou um saldo positivo de 3.357 empregos nos primeiros oito meses do ano. E como o Banco do Brasil manteve o quadro de funcionários estável, fica evidente que os cortes nos postos de trabalho se concentram nos bancos privados.
 
Rotatividade reduz salário e concentra renda
A pesquisa Contraf-CUT/Dieese mostra que o salário médio dos admitidos pelos bancos entre janeiro e agosto foi de R$ 2.896,09, contra salário médio de R$ 4.550,64 dos desligados. Ou seja, os trabalhadores que entram no sistema financeiro recebem remuneração 36,4% inferior à dos que saem. Com isso, os bancos buscam reduzir suas despesas.

Isso explica por que, embora com muita mobilização os bancários tenham conquistado 16,2% de aumento real no salário e 35,6% de ganho real no piso salarial desde 2004, a média salarial da categoria diminuiu. Esse é o mais perverso mecanismo de concentração de renda, num país que faz um grande esforço para se tornar menos injusto.

Em dezembro de 2011, último dado da Rais, o salário médio do bancário era 94,5% do que valia em 2001. Veja aqui gráfico com o comparativo entre a evolução do PIB, do lucro líquido dos cinco maiores bancos e da remuneração média dos bancários.

Os 10% mais ricos no país, segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico.

No sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior. No Banco Itaú, por exemplo, os executivos da Diretoria receberam em 2012, em média, R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 191,8 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsaram R$ 5,62 milhões no ano passado, o que significa 119,2 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que pagou R$ 5,0 milhões no ano a seus executivos, a diferença é de 106,0 vezes.

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o Caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos, o caixa do Santander 10 anos e o do Bradesco 9 anos.

Fonte: Contraf/CUT

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Quadro de Greve RS - 25/09/2013

Quadro de Greve Interior RS - 25/09/2013

Porto Alegre + 300 unidades

25/09/2013 - Quadro de Greve Sindicato dos Bancários de Ijuí

Banrisul:

  • Ag. Ijuí ------------------------------------------ Parcial
  • Pab Coronel Barros ----------------------------- Parcial
  • Pab Unijui --------------------------------------- Fechado
  • Ag. Chiapeta ------------------------------------ Fechada

Caixa:
  • Ag. Ijuí ------------------------------------------ Parcial
  • Ag. Colméia do Trabalho ------------------------ Fechada
Bradesco:
  • Ag. Ijuí ------------------------------------------ Fechada
Hsbc:
  • Ag. Ijuí ------------------------------------------ Parcial
Itaú:
  • Ag. Ijuí (0346) ---------------------------------- Parcial

Estagiários fazem valer convenção e receberão piso dos bancários

Dois estagiários conseguiram manter no Tribunal Superior do Trabalho (TST) o direito de receber o piso da categoria dos bancários durante todo o período em que fizeram estágio no Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). A previsão constava de convenção coletiva de trabalho celebrada entre bancos e bancários, mas não havia sido aplicada ao caso dos dois.

A estagiária era faturista e tinha como função orientar os clientes quanto ao uso das máquinas de autoatendimento. Também fazia o acompanhamento de processos, pesquisas de jurisprudência, cadastro de documentos e digitalizava documentos. Já o estagiário era desenvolvedor de sistemas e trabalhava com linguagem de programação e instalação de softwares, entre outras atividades.

Ambos foram à Justiça reclamar que a convenção coletiva firmada com o banco, que estabelecia que todos, inclusive estagiários, deveriam receber como piso salarial os valores ali constantes, não foi a aplicada a eles. Tanto a faturista, que trabalhou para o banco de outubro de 2007 a outubro de 2009, quando o desenvolvedor de sistemas, que atuou de julho de 2007 a julho de 2009, recebiam bolsa-auxílio no valor de R$ 645,66, enquanto o piso da convenção era de R$ 840,55.

O Banrisul afirmou em sua defesa que os estagiários sempre exerceram atividades secundárias, não se aplicando a eles as normas coletivas típicas dos bancários. Em acréscimo, alegou que os pedidos não podiam ser acolhidos por estarem prescritos. Sustentou que a estagiária firmou vários contratos de estágio seguidos, o último deles concluído em 30/10/09. O mesmo se deu com o segundo estagiário, que teve seu último contrato terminado em 16/7/09. Como ambos apresentaram reclamação somente em 14 de janeiro de 2011, seus pleitos estariam prescritos, uma vez que se passaram mais de dois anos do último contrato.

A 19ª Vara do Trabalho de Porto Alegre afastou a alegação de prescrição do direito de ação, sob o argumento de que os estagiários fizeram referência ao período integral em que mantiveram vínculo com a empresa, e que os contratos foram formalizados de forma sucessiva, o que evidenciria a unicidade contratual. Quanto ao mérito, condenou o banco a pagar as diferenças entre o valor da bolsa-auxílio e o piso salarial, exatamente conforme previsto nas convenções coletivas.

O banco recorreu da decisão insistindo na prescrição total dos pedidos. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) manteve a sentença tanto com relação à prescrição quanto com referência ao pagamento das diferenças. A empresa recorreu para o TST, mas a Quarta Turma, tendo como relator o ministro Fernando Eizo Ono, também não conheceu dos temas, ficando mantida a decisão de primeira instância.

Fonte: TST

No 6º dia da greve, bancários fecham 750 unidades no RS

No sexto dia da greve nacional, os bancários ampliaram a paralisação nesta terça-feira 24 em todo o país, fechando 9.665 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados, e realizaram passeatas em várias capitais para manifestar a indignação contra o silêncio dos bancos diante de suas reivindicações por aumento real de salário, valorização do piso, mais contratações e fim da rotatividade, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades.

No Rio Grande do Sul o movimento também cresceu de maneira considerável, atingindo 750 unidades. Os sindicatos do interior ampliaram a mobilização, garantindo o fechamento de 454 agências e postos de atendimento. Já na Capital, o SindBancários também aumentou o número de adesões à greve, com 296 unidades fechadas. 

O Comando Nacional dos Bancários vai se reunir nesta quinta-feira 26, em São Paulo, para fazer um balanço da primeira semana da paralisação.

Fonte: Contraf/CUT e Fetrafi-RS

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Greve se consolida com novo aumento do número de agências fechadas no RS

A greve dos bancários chegou ao seu sexto dia consolidada. Em mais um dia de chuva e frio no Estado, a mobilização voltou a crescer. Na área de abrangência do SindBancários, 296 agências ficaram total ou parcialmente paralisadas. Ao todo, no Estado, foram 750. Enquanto isso, o número de agências paralisadas no país chegou perto de 10 mil (9.665, segundo a Contraf-CUT).

Desde que a greve começou, no dia 19 de setembro, a cada dia há novas adesões em termos de números de agências. Segundo avaliação do presidente do SindBancários, Mauro Salles, os sucessivos aumentos são uma resposta indignada da categoria à proposta de 6,1% dos banqueiros de reajuste  em 5 de setembro passado. Nesta quarta-feira, 25/9, o silêncio dos banqueiros completa 20 dias. Neste período, a Fenaban não manifestou disposição para voltar à mesa de negociação com o Comando Nacional.

“O Comando Nacional dos Bancários já havia dado uma resposta indignada a essa proposta que não tinha aumento real nem contemplava investimentos em segurança e melhores condições de trabalho. A nossa indignação mostra que a greve da categoria está consolidada e que está crescendo com muita consistência a cada dia”, avalia Mauro.

O diretor jurídico do SindBancários, Lúcio Mauro Paz, lembra que o Comando Nacional dos Bancários irá se reunir, em São Paulo nesta quinta-feira, 26/9, para avaliar a greve. “A categoria está respondendo ao silêncio dos banqueiros com uma greve que cresce a cada dia em todo o país. Só com a unidade dos trabalhadores é que quebraremos a intransigência dos banqueiros. Vamos continuar a mobilização, participando das reuniões e das instâncias de decisão coletiva. Neste momento, participar é fundamental”, diz Lúcio Mauro.

Segundo o presidente, os dias de chuva e frio desta primavera têm prejudicado a  mobilidade, os deslocamentos, mas não impedem o crescimento da greve.
 
Fonte: Imprensa Sindbancários

Quadro Completo Greve RS - 24/09/2013

Clique aqui para ver o Quadro Completo Greve RS - 24/09/2013

Quadro de Greve RS - 24/09/2013

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No 6º dia da greve, bancários fecham 9.665 unidades e vão às ruas protestar

No sexto dia da greve nacional, os bancários ampliaram a paralisação nesta terça-feira 24 em todo o país, fechando 9.665 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados, e realizaram passeatas em várias capitais para manifestar a indignação contra o silêncio dos bancos diante de suas reivindicações por aumento real de salário, valorização do piso, mais contratações e fim da rotatividade, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, vai se reunir nesta quinta-feira 26, em São Paulo, para fazer um balanço da primeira semana da paralisação. "Vamos avaliar o movimento, que já é maior do que o do ano passado, e discutir formas de fortalecer e ampliar ainda mais as paralisações, diante do silêncio dos bancos em retomar o processo de negociações", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

A greve nacional foi deflagrada no dia 19, depois que os bancários rejeitaram em assembleias realizadas dia 12 a (única) proposta apresentada pelos bancos até agora, que apenas repõe a inflação do período (6,1%) e nega as demais reivindicações econômicas e sociais.

Como nos anos anteriores, a greve vem crescendo a cada dia. No primeiro dia foram fechados 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal. A paralisação atingiu 7.282 dependências no segundo dia e 9.015 unidades nesta segunda-feira 23.

"Os seis maiores bancos lucraram R$ 29,6 bilhões só no primeiro semestre e exibem a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. A categoria já deixou claro que não volta ao trabalho sem aumento real e vai ampliar a greve para quebrar a intransigência da Fenaban", adverte o presidente da Contraf-CUT.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.


Fonte: Contraf-CUT

Justiça nega interdito proibitório e desmonta ameaça da direção do BB

O juiz Bráulio Gabriel Gusmão, da 4ª Vara do Trabalho de Curitiba, negou o pedido de interdito proibitório feito pelo Banco do Brasil. Em despacho emitido na última sexta-feira, dia 20, o magistrado observou que não vislumbrava ameaça à posse alegada pelo BB e que "qualquer transgressão para uso dos passeios (calçadas) e vias públicas deve ser analisada pelo órgão de fiscalização do trânsito ou de policiamento". O banco afirmara que os grevistas estariam impedindo o acesso de empregados, clientes e usuários às suas dependências.

"Ora, não é o banco quem vai trabalhar ou acessar serviços, mas são as pessoas! A posse não está e nunca esteve ameaçada", destacou Gusmão. Ele ainda reafirmou o direito de greve dos bancários ao dizer que "entender de modo diverso é provocar a destruição ou esvaziamento do conteúdo do próprio direito fundamental ao exercício de greve que possui, como corolário, o efeito de causar prejuízo ao empregador e, por consequência, afetar sua atividade econômica", enfatizou o juiz.

Clique aqui para ler a íntegra da decisão do juiz.

A decisão judicial desmonta um dos argumentos do banco, que vem ameaçando os funcionários desde o início da greve. No boletim publicado no site de negociação coletiva do BB, no dia 19, primeiro dia da greve nacional dos bancários, o diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas do BB, Carlos Eduardo Neri, afirmou que "o interdito proibitório é o instrumento legal que, nessa hipótese, visa garantir o direito de acesso à Empresa para aqueles funcionários que, legitimamente, não concordem com uma paralisação".

Para a Contraf-CUT, o posicionamento do juiz comprova o quanto o BB está errado em persistir com práticas antissindicais e em recorrer a essa manobra jurídica, que vem sendo cada vez mais recusada pela Justiça do Trabalho.

"O BB faz coro com os banqueiros ao intimidar os funcionários em relação ao exercício do seu legítimo direito de greve, em vez de negociar seriamente a pauta de reivindicações específicas, que busca melhorar as condições de trabalho e garantir respeito e valorização profissional", ressalta William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Fonte: Contraf/CUT com Seeb Curitiba

Fotos da Greve em Ijuí - 24/09/2013



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Amanhã 24/09 é greve em Ijuí

Amanhã 24/09 é greve em Ijuí

23/09 - Nacional - Greve entra na segunda semana ainda mais forte e paralisa 9.015 agências

Diante do silêncio dos bancos, a greve nacional dos bancários entrou na segunda semana ainda mais forte, e continua crescendo em todo o território nacional. Nesta segunda-feira 23, quinto dia do movimento, as paralisações atingiram 9.015 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal, um crescimento de 23,8% em relação à sexta-feira 20.

As informações foram enviadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) até as 18h15 pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários. No primeiro dia de greve, na quinta-feira 19, haviam sido fechadas 6.145 unidades. Já no segundo dia as paralisações alcançaram 7.282 dependências, um salto de 18,5%.

"Os bancários estão cada vez mais indignados com o silêncio da Fenaban. Por isso o movimento se amplia rapidamente a cada dia em todo o país. Os banqueiros não atenderam as reivindicações da categoria na mesa de negociação e agora estão sentindo a força da mobilização", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Os bancos são o setor mais rentável da economia brasileira graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. As seis maiores instituições, que empregam mais de 90% da categoria, tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões só no primeiro semestre. Mais de 84% das categorias que fecharam acordo este ano conquistaram reajustes acima da inflação, mesmo nos segmentos com menor rentabilidade. Os bancários não sairão dessa greve sem aumento real de salário, valorização do piso e melhores condições de trabalho", adverte Carlos Cordeiro.

Confira aqui o aumento da produtividade dos bancários.

Os bancários aprovaram a greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, com reajuste de 6,1% (que apenas repõe a inflação), rejeitada pelos bancários em assembleias em todo o país.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.


Fonte: Contraf-CUT

Bancos usam práticas antissindicais para cercear direito de greve

O Centro Administrativo Brigadeiro (CA Brigadeiro), do Itaú, em São Paulo, onde trabalham cerca de 2 mil pessoas, entre bancários e terceirizados, amanheceu "misteriosamente" vazio, em plena sexta-feira 20, segundo dia de paralisação da categoria bancária. Os poucos que apareceram no local, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, relataram que desde a véspera foram convocados a trabalhar em outro lugar.

Os bancos fazem isso para evitar o contato dos trabalhadores com as comissões de esclarecimento, que exercem o legítimo direito, previsto da Lei de Greve (lei 7.783/89), de convencer os colegas a aderir ao movimento. A lei, em seu artigo sexto assegura ao grevista o direito de empregar "meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve".

Esse é um dos muitos exemplos de prática antissindical das direções das instituições financeiras, que pressionam, de todas as formas para que os bancários não participem do movimento.

Cartório

Os funcionários do HSBC estão sendo obrigados a registrar em cartório que foram impedidos de entrar no banco por conta da greve da categoria, mesmo que não tenham sidos. A denúncia partiu de um bancário, que não será identificado para evitar represálias.

Segundo ele, ordens de cima chegam aos gerentes gerais das agências paralisadas para que eles escolham um funcionário para cumprir a missão. "Os bancários não querem ir, mas estão sendo forçados", conta o trabalhador.

Segundo o diretor do Sindicato e funcionário do HSBC, Nelson Nascimento, a prática é comum no banco, que já usou desse artifício contra a paralisação em anos anteriores. "O banco força esses 'depoimentos' para depois usar como falso embasamento para interditos proibitórios, que são uma forma de impedir o direito de greve dos trabalhadores", explica.

Interdito

O interdito proibitório é uma ação judicial prevista no Código de Processo Civil que visa repelir algum tipo de ameaça à posse. Mas é usada de forma inapropriada pelos bancos, que a utilizam com o único propósito de impedir que os trabalhadores exerçam seu direito constitucional de greve.

"O interdito proibitório é um instrumento totalmente estranho à relação do trabalho. Querem impedir a presença dos grevistas como se fossem tomar os prédios ou como se os próprios trabalhadores fossem propriedade dos banqueiros", argumenta o advogado trabalhista Ericson Crivelli.

Circulando

Outro artifício muito utilizado durante a greve é transferir os bancários de agências ou departamentos paralisados para outros locais do banco que estejam funcionando. Foi o que aconteceu na Regional Centro do Santander, que funciona em prédio da Prefeitura de São Paulo.

"Os gerentes têm de ficar circulando pela cidade até achar um lugar onde possam trabalhar. E eles ficam pressionando pelo celular, ameaçando funcionários, cobrando metas. Isso é um atentado ao direito de greve e um desrespeito da empresa espanhola ao trabalhador brasileiro. Há pouco tempo encontrei uma gerente que chorou na minha frente, devido à pressão", conta o diretor do Sindicato e funcionário do banco, Marcelo Gonçalves, o Marcelinho.

Denúncias chegaram ao Sindicato de que a direção do Casa 2, concentração do Santander, teria distribuído notebooks para que os bancários trabalhassem em casa ou em outros locais do banco, assim como já aconteceu no Itaú e no Banco do Brasil.

Paulista

A reportagem também encontrou na Avenida Paulista, durante o primeiro dia de greve, diversos bancários que saíam de uma agência fechada pelo movimento com a orientação de procurar outro local para trabalhar. Duas delas, do Bradesco, estavam em pé no autoatendimento sem nada para fazer. "Aqui não temos nem mesa pra trabalhar, mas não podemos sair", contou a trabalhadora.

Cidade de Deus

Neste segundo dia de greve, os funcionários da concentração Cidade de Deus, do Bradesco, aderiram ao movimento. Mas o banco já havia providenciado o contingenciamento.

"Os funcionários do Fone Fácil, SAC e outros departamentos estão sendo obrigados a vir para Santa Cecília, onde não há estrutura nenhuma para nos abrigar, péssimas condições de trabalho, lugares apertados e quem não viesse pra cá foi ameaçado de perder o emprego ou sofrer retaliações por participar da greve", denunciou uma bancária por e-mail ao Sindicato.

Fonte: Contraf/CUT com Seeb São Paulo

Cliente agride sindicalista em Santo Ângelo

O Sindicato dos Bancários de Santo Ângelo relatou na tarde desta segunda-feira o primeiro incidente da greve no estado. Um cliente agrediu fisicamente o dirigente sindical Almiro Copetti, em frente à agência local do Itaú, localizada na Rua Marechal Floriano, no centro de Santo Ângelo.

Segundo testemunhas o agressor estava muito irritado porque precisava efetuar o pagamento de um boleto bancário, mas a agência estava fechada devido à greve. O cliente já havia se exaltado com uma funcionária do banco, mas foi orientado a procurar outras formas de pagamento disponibilizadas pela instituição.

“Ele estava furioso e agrediu verbalmente a funcionária do banco Quando estava fora do autoatendimento da agência partiu para a violência física contra o colega”, relataram sindicalistas que presenciaram a agressão.

O Sindicato acionou a Polícia e a assessoria jurídica da entidade, enquanto o sindicalista recebeu atendimento médico. Nesta terça-feira Almiro fará exame de corpo delito.

O diretor da Fetrafi-RS e representante gaúcho no Comando Nacional, Arnoni Hanke, lamenta a truculência contra o colega. “Parte dos clientes não compreende a greve e não respeita o direito de livre manifestação da categoria. Os bancários sempre reivindicaram a melhoria dos serviços prestados pelos bancos na campanha salarial, mas às vezes é difícil conscientizar a população sobre a importância da greve para pressionar a Fenaban na mesa de negociação”, explica Hanke.

Entre as principais reivindicações dos bancários estão a contratação de mais funcionários para proporcionar um atendimento mais ágil e qualificado; mais segurança nas agências e postos de atendimento para evitar ataques a funcionários, clientes e usuários dos bancos, assim como a redução dos juros e tarifas abusivas cobradas pelas instituições.

Fonte: Imprensa/Fetrafi-RS

23/09 - Greve cresce em todo o estado e bancários fecham 636 agências

A greve dos bancários foi retomada nesta segunda-feira com grande adesão em todo o Rio Grande do Sul. Segundo informações disponibilizadas pelos sindicatos do interior à Fetrafi-RS, 350 agências aderiram ao movimento. Na capital, o SindBancários contabilizou 286 unidades em greve. No total foram 636 agências paralisadas. Clique aqui para ver o quadro de greve no interior!

Os números comprovam um movimento crescente e massivo de greve. A tendência para esta terça-feira é de ampliação do movimento, com adesão de novas unidades e de mais trabalhadores de bancos públicos e privados”, analisa o diretor da Fetrafi-RS e membro do Comando Nacional, Arnoni Hanke.

No interior o Banrisul lidera o ranking das paralisações com 126 agências em greve, seguido pela Caixa com 80. Entre os bancos privados o destaque vai o Bradesco, com 40 unidades paralisadas. Santander e Itaú possuem 31 e 28 agências em greve respectivamente.

Os bancários aumento real, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades. Eles aprovaram a greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, com reajuste de 6,1% (que apenas repõe a inflação), rejeitada pelos bancários em assembleias em todo o país.
Fonte: Imprensa/Fetrafi-RS