O Encontro Estadual sobre Saúde do
Banco do Brasil ocorreu no último sábado, 18, na sede da Fetrafi-RS. A
realização do evento, que reuniu cerca de 30 participantes, foi
deliberada no Encontro Estadual dos Funcionários do BB, no dia 02 de
junho deste ano. Os bancários, principalmente vindos do interior, tinham
muitas dúvidas em relação ao atendimento da Cassi e relataram a falta
de informações concretas sobre o plano de saúde. A mesa dos trabalhos
foi coordenada pelo diretor da Federação, Ronaldo Zeni, e contou com as
presenças da diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes,
Mirian Fochi e do vice-presidente do Conselho Deliberativo da Cassi,
Antônio Cladir Tremarin, além da diretora de Saúde do SindBancários
Karen D’ Ávila.
Os bancários fizeram muitas
queixas sobre a Cassi, como a falta de médicos credenciados, a demora
nos atendimentos, a falta de cobertura do plano, sendo que tudo isso
acontece principalmente nos municípios do interior do estado. Na busca
por um atendimento decente, muitos associados optam por pagar outro
plano de saúde ou por consultas particulares.
“Há cinco anos falamos de problemas que ainda persistem na Cassi.
Entre eles estão a falta de credenciamento, de cobertura e de
procedimentos que não são cobertos pelos planos”, analisou o diretor da
Fetrafi-RS, Ronaldo Zeni.
“A saúde do trabalhador não pode ser vista somente do ponto de vista do tratamento das doenças. Precisamos agir nas causas e combater o assédio moral e as más condições de trabalho que estão na origem do problema e isto é responsabilidade do Banco do Brasil", acrescentou Ronaldo.
“Este encontro sobre saúde do trabalhador uniu representantes do banco, da Cassi, do movimento sindical e funcionários do BB, o que revela a importância do tema para todos os envolvidos. Um fato relevante entre tantos apontados é a necessidade da criação de um programa preventivo de saúde mental para a categoria, visto que as estatísticas do INSS comprovam que 40% dos bancários já entraram em licença saúde por algum tipo de doença”, analisou Karen.
“Acompanhamos a Cassi faz muito tempo e há muitos problemas internos a
serem resolvidos. É um plano de saúde modelo porque os sindicatos
sempre lutaram por isso”, comentou Tremarin.
Para a diretora da Cassi, Mirian Fochi, há questões que não dependem
apenas da Cassi para serem resolvidas, deve haver acordo entre o banco e
os usuários do plano. “Temos um plano que é o melhor do país, mas
precisamos do apoio do Banco do Brasil, que é o maior interessado em
manter a saúde dos funcionários. Os associados por sua vez, precisam
entender que o plano é coletivo e não individual”, analisa Mirian.
Mirian comentou a importância da Resolução nº254, assinada pelo BB no
final de junho. “A resolução garante a entrada de novos associados ao
plano. Se o banco não assinasse o termo aditivo em alguns anos o nosso
plano desapareceria, pois temos uma grande quantidade de associados com
idade avançada”, observa.
O diretor da Federação, Ronaldo Zeni, criticou a omissão de
informações fornecidas pela Cassi. “A Cassi está proibida pelo Banco do
Brasil de expor os dados sobre saúde dos bancários porque são muito
negativos. Se os resultados fossem positivos o banco estaria exibindo a
qualidade da saúde dos funcionários”, analisou Zeni.
Credenciamento e falta de cobertura
Os grandes problemas encontrados pelos bancários são a falta de
profissionais credenciados e a cobertura insuficiente do plano. Essas
situações ocorrem com mais frequência nos municípios do interior do
estado, onde os associados recorrem a médicos particulares ou a outras
cidades para conseguir atendimento.
“A falta de médicos não acontece apenas no interior do Rio Grande do
Sul, mas sim em todo o país. Estamos com dificuldade de cadastrar
profissionais porque ninguém quer fazer carreira em pequenos municípios.
Vamos tentar oferecer junto ao BB algum tipo de benefício aos possíveis
credenciados”, analisa.
Vacinação
Os funcionários do Banco do Brasil também reivindicam que a vacina
contra a Gripe H1N1 seja incluída no plano de saúde da Cassi. Os
bancários já tiveram duas reuniões com a GEPES-RS para tratar do
assunto.
“A vacina para H1N1 é ocupacional, deve ser fornecida e paga pelo
banco, que é o maior interessado. A despesa não pode ser arcada pela
Cassi porque não é assistencial. Neste sentido, o que podemos fazer é
tratar com os fornecedores da vacina”, explica a diretora.
Plano odontológico
A Cassi elaborou um estudo para o plano odontológico que foi feito
pela antiga gestão, que exclui do benefício os bancários aposentados.
“Faremos um novo estudo para implantar um novo plano odontológico
na Cassi, que inclua tanto funcionários da ativa quanto aposentados do
banco”, conclui Mirian.
Fonte: Fetrafi-RS
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