segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Encontro Estadual debate saúde no Banco do Brasil

O Encontro Estadual sobre Saúde do Banco do Brasil ocorreu no último sábado, 18, na sede da Fetrafi-RS. A realização do evento, que reuniu cerca de 30 participantes, foi deliberada no Encontro Estadual dos Funcionários do BB, no dia 02 de junho deste ano. Os bancários, principalmente vindos do interior, tinham muitas dúvidas em relação ao atendimento da Cassi e relataram a falta de informações concretas sobre o plano de saúde. A mesa dos trabalhos foi coordenada pelo diretor da Federação, Ronaldo Zeni, e contou com as presenças da diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Mirian Fochi e do vice-presidente do Conselho Deliberativo da Cassi, Antônio Cladir Tremarin, além da diretora de Saúde do SindBancários Karen D’ Ávila.

Os bancários fizeram muitas queixas sobre a Cassi, como a falta de médicos credenciados, a demora nos atendimentos, a falta de cobertura do plano, sendo que tudo isso acontece principalmente nos municípios do interior do estado. Na busca por um atendimento decente, muitos associados optam por pagar outro plano de saúde ou por consultas particulares.
 
“Há cinco anos falamos de problemas que ainda persistem na Cassi. Entre eles estão a falta de credenciamento, de cobertura e de procedimentos que não são cobertos pelos planos”, analisou o diretor da Fetrafi-RS, Ronaldo Zeni.

“A saúde do trabalhador não pode ser vista somente do ponto de vista do tratamento das doenças. Precisamos agir nas causas e combater o assédio moral e as más condições de trabalho que estão na origem do problema e isto é responsabilidade do Banco do Brasil", acrescentou Ronaldo.

“Este encontro sobre saúde do trabalhador uniu representantes do banco, da Cassi, do movimento sindical e funcionários do BB, o que revela a importância do tema para todos os envolvidos. Um fato relevante entre tantos apontados é a necessidade da criação de um programa preventivo de saúde mental para a categoria, visto que as estatísticas do INSS comprovam que 40% dos bancários já entraram em licença saúde por algum tipo de doença”, analisou Karen.

“Acompanhamos a Cassi faz muito tempo e há muitos problemas internos a serem resolvidos. É um plano de saúde modelo porque os sindicatos sempre lutaram por isso”, comentou Tremarin.

Para a diretora da Cassi, Mirian Fochi, há questões que não dependem apenas da Cassi para serem resolvidas, deve haver acordo entre o banco e os usuários do plano. “Temos um plano que é o melhor do país, mas precisamos do apoio do Banco do Brasil, que é o maior interessado em manter a saúde dos funcionários. Os associados por sua vez, precisam entender que o plano é coletivo e não individual”, analisa Mirian.

Mirian comentou a importância da Resolução nº254, assinada pelo BB no final de junho. “A resolução garante a entrada de novos associados ao plano. Se o banco não assinasse o termo aditivo em alguns anos o nosso plano desapareceria, pois temos uma grande quantidade de associados com idade avançada”, observa.

O diretor da Federação, Ronaldo Zeni, criticou a omissão de informações fornecidas pela Cassi. “A Cassi está proibida pelo Banco do Brasil de expor os dados sobre saúde dos bancários porque são muito negativos. Se os resultados fossem positivos o banco estaria exibindo a qualidade da saúde dos funcionários”, analisou Zeni.

Credenciamento e falta de cobertura
Os grandes problemas encontrados pelos bancários são a falta de profissionais credenciados e a cobertura insuficiente do plano. Essas situações ocorrem com mais frequência nos municípios do interior do estado, onde os associados recorrem a médicos particulares ou a outras cidades para conseguir atendimento.

“A falta de médicos não acontece apenas no interior do Rio Grande do Sul, mas sim em todo o país. Estamos com dificuldade de cadastrar profissionais porque ninguém quer fazer carreira em pequenos municípios. Vamos tentar oferecer junto ao BB algum tipo de benefício aos possíveis credenciados”, analisa.

Vacinação
Os funcionários do Banco do Brasil também reivindicam que a vacina contra a Gripe H1N1 seja incluída no plano de saúde da Cassi. Os bancários já tiveram duas reuniões com a GEPES-RS para tratar do assunto.

“A vacina para H1N1 é ocupacional, deve ser fornecida e paga pelo banco, que é o maior interessado. A despesa não pode ser arcada pela Cassi porque não é assistencial. Neste sentido, o que podemos fazer é tratar com os fornecedores da vacina”, explica a diretora.

Plano odontológico
A Cassi elaborou um estudo para o plano odontológico que foi feito pela antiga gestão, que exclui do benefício os bancários aposentados.
 
“Faremos um novo estudo para implantar um novo plano odontológico na Cassi, que inclua tanto funcionários da ativa quanto aposentados do banco”, conclui Mirian.
 
Fonte: Fetrafi-RS

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