Negociação continua nesta quarta-feira,29, às 10h.
O Comando Nacional dos Bancários
considera insuficiente a proposta apresentada nesta terça-feira (28)
pela Fenaban, que prevê 6% de reajuste (aumento real de cerca de 0,7%)
para todas as verbas salariais, inclusive PLR, além de avanços em
relação à saúde, à segurança bancária e à igualdade de oportunidades. As
negociações sobre remuneração continuam nesta quarta-feira (29), às
10h, em São Paulo. Na quinta-feira, terão continuidade as discussões
sobre saúde do trabalhador e condições de trabalho, como o combate ao
assédio moral.
"A proposta dos bancos contém
avanços nos temas de saúde e condições de trabalho, segurança bancária e
igualdade de oportunidades, mas é insuficiente em relação ao índice de
reajuste, ao piso e à PLR, e nada propõe sobre emprego", afirma Carlos
Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
"Setores da economia menos dinâmicos que o sistema financeiro estão
fazendo acordos com aumentos acima da inflação muito maiores do que a
proposta dos bancos. Também consideramos imprescindível que sejam
contempladas nossas reivindicações de garantia de emprego, de melhoria
da PLR e de valorização do piso salarial."
Em relação ao emprego, a Fenaban disse que o tema não deve ser
incluído na Convenção Coletiva dos Bancários, devendo ser tratado por
meio de acordos banco a banco. Assim, a Contraf-CUT enviará nesta
quarta-feira carta aos seis grandes bancos nacionais (BB, Itaú,
Bradesco, Caixa, Santander e HSBC), que empregam mais de 90% da
categoria, para cobrar negociações específicas sobre emprego. Os
bancários querem mais contratações, fim da rotatividade, proteção contra
demissões imotivadas e cumprimento da jornada de 6 horas, entre outras.
O representante da Fetrafi-RS na negociação, Sandro
Cheiran, enfatiza que a proposta ficou muito desproporcional aos lucros
dos bancos. "Mesmo com tantos truques contábeis a lucratividade do setor
continua altíssima. Esperamos que na sequência da negociação marcada
para a manhã desta quarta-feira os banqueiros avancem na proposta, pois a
categoria está mobilizada para enfrentar a campanha salarial", garante o
dirigente sindical.
Combate ao assédio moral
Os bancos aceitaram a reivindicação dos bancários de rediscutir o instrumento de combate ao assédio moral previsto na Convenção Coletiva com adesão espontânea para bancos e sindicatos. Para os bancários, esse instrumento precisa ser avaliado, porque é insuficiente e precisa de ajustes.
O tema será discutido nesta quinta-feira entre o Comando Nacional
dos Bancários e a Fenaban, com a participação de técnicos em saúde dos dois lados.
Programa de Reabilitação Profissional
Também vai a discussão nesta quinta-feira o Programa de Reabilitação Profissional (PRP). O Comando Nacional questionou os bancos sobre a razão pela qual nenhum deles aderiu ainda ao programa, que está desde 2009 na Convenção Coletiva. Pelo acordo, cuja implementação é opcional, os bancos devem instituir programas de reabilitação, visando assegurar condições para a manutenção ou a reinserção ao trabalho do bancário com diagnóstico de adoecimento, de origem ocupacional ou não.
O que está acontecendo na prática é que a grande maioria dos trabalhadores, ao retornarem ao trabalho depois de um determinado período de afastamento, é recolocada no mesmo posto de trabalho que o adoeceu, sem nenhuma mudança nas condições e no ritmo de trabalho.
A Fenaban disse que os bancos estão rediscutindo o assunto e apresentarão uma posição sobre a adesão ainda durante o processo de negociação da campanha.
Garantia de salário para bancários afastadosTambém continuam nesta quinta as discussões sobre garantia de salário do bancário no período entre ele receber alta programada do INSS e ser considerado inapto pelo médico do trabalho dos bancos quando do retorno ao trabalho, em que ele fica hoje sem salário. A Fenaban disse que os bancos aceitam pagar o salário durante esse período, assim como nos casos de afastamento entre a licença-médica e a realização da perícia.
Também prosseguem na mesma reunião os debates sobre as Sipats. A reivindicação dos bancários é que os bancos informem os sindicatos, com prazo mínimo de 30 dias antes da realização da Sipat, a data, o tema e o local de realização.
Projeto-piloto para segurança bancária
Os bancos aceitaram a proposta do Comando Nacional de instituir um projeto-piloto conjunto para testar medidas de prevenção contra assaltos e sequestros e melhorar a segurança das agências. Eles propõem escolher uma grande cidade, definir um grupo de trabalho com especialistas em segurança e representantes do Comando Nacional e da Fenaban.
A 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Contraf-CUT, com apoio técnico do Dieese, revelou que as ocorrências cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012 e atingiram 1.261 casos em todo país, uma média assustadora de 6,92 por dia. Desses, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos.
Os representantes dos bancários também lembraram que já houve 27 assassinatos em assaltos envolvendo bancos, na sua maioria em "saidinhas" de banco, no primeiro semestre de 2012. Em todo ano passado foram 49 mortes.
Para combater essa insegurança, o Comando Nacional defende a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros (porta de segurança, câmeras de monitoramento, biombos, vidros blindados, entre outros), além de estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência.
Igualdade de oportunidades
A Fenaban também concordou com a proposta do Comando Nacional de realizar um novo censo na categoria bancária para avaliar se as medidas em defesa da igualdade de oportunidades, contidas nos planos de ação dos bancos após a divulgação do Mapa da Diversidade, estão produzindo resultados.
dos Bancários e a Fenaban, com a participação de técnicos em saúde dos dois lados.
Programa de Reabilitação Profissional
Também vai a discussão nesta quinta-feira o Programa de Reabilitação Profissional (PRP). O Comando Nacional questionou os bancos sobre a razão pela qual nenhum deles aderiu ainda ao programa, que está desde 2009 na Convenção Coletiva. Pelo acordo, cuja implementação é opcional, os bancos devem instituir programas de reabilitação, visando assegurar condições para a manutenção ou a reinserção ao trabalho do bancário com diagnóstico de adoecimento, de origem ocupacional ou não.
O que está acontecendo na prática é que a grande maioria dos trabalhadores, ao retornarem ao trabalho depois de um determinado período de afastamento, é recolocada no mesmo posto de trabalho que o adoeceu, sem nenhuma mudança nas condições e no ritmo de trabalho.
A Fenaban disse que os bancos estão rediscutindo o assunto e apresentarão uma posição sobre a adesão ainda durante o processo de negociação da campanha.
Garantia de salário para bancários afastadosTambém continuam nesta quinta as discussões sobre garantia de salário do bancário no período entre ele receber alta programada do INSS e ser considerado inapto pelo médico do trabalho dos bancos quando do retorno ao trabalho, em que ele fica hoje sem salário. A Fenaban disse que os bancos aceitam pagar o salário durante esse período, assim como nos casos de afastamento entre a licença-médica e a realização da perícia.
Também prosseguem na mesma reunião os debates sobre as Sipats. A reivindicação dos bancários é que os bancos informem os sindicatos, com prazo mínimo de 30 dias antes da realização da Sipat, a data, o tema e o local de realização.
Projeto-piloto para segurança bancária
Os bancos aceitaram a proposta do Comando Nacional de instituir um projeto-piloto conjunto para testar medidas de prevenção contra assaltos e sequestros e melhorar a segurança das agências. Eles propõem escolher uma grande cidade, definir um grupo de trabalho com especialistas em segurança e representantes do Comando Nacional e da Fenaban.
A 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Contraf-CUT, com apoio técnico do Dieese, revelou que as ocorrências cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012 e atingiram 1.261 casos em todo país, uma média assustadora de 6,92 por dia. Desses, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos.
Os representantes dos bancários também lembraram que já houve 27 assassinatos em assaltos envolvendo bancos, na sua maioria em "saidinhas" de banco, no primeiro semestre de 2012. Em todo ano passado foram 49 mortes.
Para combater essa insegurança, o Comando Nacional defende a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros (porta de segurança, câmeras de monitoramento, biombos, vidros blindados, entre outros), além de estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência.
Igualdade de oportunidades
A Fenaban também concordou com a proposta do Comando Nacional de realizar um novo censo na categoria bancária para avaliar se as medidas em defesa da igualdade de oportunidades, contidas nos planos de ação dos bancos após a divulgação do Mapa da Diversidade, estão produzindo resultados.
Pela proposta dos bancos, o novo censo será planejado em 2013 e aplicado no início de 2014.
O Comando mostrou aos bancos que os planos de ação que os bancos
instituíram unilateralmente não estão produzindo efeitos positivos, uma
vez que não há negros nas agências nem programas de encarreiramento das
mulheres com critérios objetivos, que evitem discriminações.
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