sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Homens armados arrombam banco e rendem funcionários

Homens armados com pistolas arrombaram a agência do banco Santander em Estância Velha, no Vale do Sinos. Por volta das 8h15min do dia 29/08, três assaltantes entraram no local por uma porta dos fundos e iniciaram o roubo. O município pertence à base do Sindicato dos Bancários de Novo Hamburgo.

Minutos depois o gerente chegou ao banco e foi surpreendido pelos ladrões. O mesmo aconteceu com pelo menos outros quatro funcionários, que iam sendo rendidos a medida que chegavam para trabalhar.

Em uma hora, os assaltantes arrecadaram cerca de R$ 80 mil e fugiram pela mesma porta pela qual entraram. De acordo com a Brigada Militar ainda não se sabe o carro usado na fuga.

— Estamos tentando identificar o veículo para ampliarmos as buscas. Até o momento ainda não se tem suspeitos — afirma o tenente da BM Antônio Carlos da Rocha Ribeiro, que coordena as buscas.
 
Fonte: Zero Hora com edição da Fetrafi-RS

Santander humilha e ameaça gerentes em audio-conferências no Recife

P. é gerente do Santander. O bancário, que já chegou a se afastar do trabalho por causa do estresse e da pressão, conta que a rotina é insuportável: "São metas inatingíveis. E, ainda por cima, a gente tem de aguentar humilhações na frente dos colegas".

Em meados deste mês, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco recebeu uma série de denúncias com relação às audio-conferências realizadas pelos representantes do banco com os gerentes. Humilhações, exposição dos rankings individuais de metas e ameaças são práticas usuais do Santander.

Diz a Convenção Coletiva dos Bancários, em sua cláusula 35: "No monitoramento de resultados, os bancos não exporão, publicamente, o ranking individual de seus empregados". Não é o que acontece nas áudio-conferências do Santander. Muito pelo contrário. Os trabalhadores são citados nominalmente, com a quantidade de produtos vendidos, e ainda são chamados a dar explicações.

"O Santander está contrariando a Convenção Coletiva, estimulando o individualismo e a competição desenfreada e tornando o ambiente de trabalho insuportável", afirma a diretora do Sindicato, Veruska Ramos.

As ameaças também são comuns durante as áudio-conferências. Depois de citar nominalmente os gerentes de agências que venderam pouco seguro, por exemplo, os representantes do banco acrescentam: "Um profissional que não vende seguro é um profissional que a gente vai ter que repensar se está no lugar certo".

Mais à frente, as ameaças atingem até o reajuste salarial, que é previsto em Convenção Coletiva e independe de cumprimento de metas. Dizem os representantes do Santander: "O cara que não quer ganhar dinheiro não serve pra trabalhar em banco. E não esperem que vão ter aumento de salário sem vender seguro. Não terão".

As humilhações e ameaças se repetem para cada um dos produtos do banco: abertura de contas, cartão de crédito, seguro. A cada ponto, os gerentes que se "saíram bem" são chamados para falar de seus resultados. E os que se "saíram mal" são chamados a dar explicações. Depois, novas ameaças: "Da forma que a gente está trabalhando não dá mais. Daqui a pouco, vai ter alguém no nosso lugar fazendo nosso trabalho porque a gente não dá conta de fazer do jeito que o banco quer".

História antiga
Não é a primeira vez que o Sindicato recebe denúncias dos trabalhadores. "Os empregados do Santander não estão mais aguentando. É muito grande a quantidade de gente que está se afastando com problemas no coração, hipertensão, estresse, doenças ocupacionais...", afirma o diretor do Sindicato, Paulo Henrique de Oliveira.

Segundo Teresa Souza, secretária de Finanças da Fetrafi/NE (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro no Nordeste), nas rodadas de negociação com os representantes dos bancários, o Santander nega que exista este tipo de pressão e ameaça, com exposição de ranking individual. Mas mensagens eletrônicas e áudio-conferências mostram claramente como é a prática do banco.

"A pressão sempre existiu. Mas, de uns tempos para cá, a situação está tão grave e as metas são tão absurdas que a impressão que dá é que eles querem usar os lucros do Brasil para cobrir os problemas na Europa, por conta da crise. E os trabalhadores, como sempre, sofrem as consequências", opina Teresa.
 
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Pernambuco

Bancos são obrigados a instalar biombos em frente aos caixas, em Franca

Os bancos de Franca, no interior de São Paulo, estão obrigados a contar com biombos para o atendimento aos clientes a partir desta terça-feira (28). A Prefeitura promete multar as agências que não cumprirem a lei, criada para evitar que clientes sejam vistos fazendo saques e depois acabem perseguidos e roubados.

 Este ano na cidade em torno de 20 assaltos na modalidade "saidinha de banco" já teriam sido registrados.

Embora prevista multa de R$ 1.200 para quem não cumprir a lei, conforme verificou a reportagem do Diário, até ontem, a maioria das agências continuava com o sistema de filas nos caixas sem qualquer proteção visual aos clientes.

Os biombos são justamente para impedir que outras pessoas vejam as transações financeiras que são realizadas nos caixas, como saques de dinheiro. Isso porque nos crimes conhecidos como "saidinha de banco" os bandidos observam quem saca dinheiro para depois assaltá-lo na rua.

Uma lei já proíbe o uso de telefones celulares no interior das agências. Mesmo assim, os assaltos continuam a ocorrer. Isso porque o assaltante não precisa telefonar de dentro do banco. Para burlar essa lei ele pode, por exemplo, seguir o cliente ou mesmo sair primeiro da agência para depois avisar o comparsa.

Com os biombos evitando que os clientes sejam vistos no caixa, a ação de olheiros de criminosos ficaria inviabilizada dentro das agências. O projeto foi aprovado ainda no ano passado e já está sancionado e publicado.

A lei, porém, não vinha sendo cumprida, o que deve ocorrer a partir de hoje. O setor de fiscalização notificou todas as agências bancárias de Franca e o prazo de 90 dias para a instalação dos biombos venceu ontem.

O pedido para o cumprimento da lei partiu do Sindicato dos Bancários, que apoia a medida. O autor da lei, vereador Silas Cuba (PT), acredita que a determinação evitará muitos crimes que acontecem porque o cliente faz saques elevados no caixa aos olhos de todos que estão no interior da agência. "Se houver um assaltante por perto, ele vê o saque e arquiteta o crime", explicou.

Durante o período previsto para adaptar o sistema, de acordo com o setor de fiscalização da Prefeitura, foram emitidas notificações para que a lei fosse cumprida. Todas as 44 agências bancárias de Franca foram avisadas de que em três meses o atendimento deveria estar adequado à legislação.

PenalidadeA penalidade pelo descumprimento é de 300 Unidades Fiscais do Município (UFMs), cerca de R$ 1.200. Em caso de reincidência, esse valor é dobrado e, havendo a insistência em descumprir a lei, o banco pode ter o alvará de funcionamento cassado.

A ocorrência de roubos a clientes de agências bancárias, a conhecida "saidinha", tem sido registrada com frequência em Franca. Em um dos casos recentes, um vendedor foi assaltado após sacar R$ 5 mil de uma agência bancária no bairro Cidade Nova.

Ele foi visto pegando o dinheiro no caixa e rendido por dois assaltantes no momento em que se preparava para entrar em seu carro.

A vítima foi obrigada a entregar o dinheiro e a chave de uma picape Strada aos dois bandidos, que fugiram em uma moto. O dinheiro seria utilizado para realizar o pagamento de funcionários de uma empresa calçadista.

Em Franca, somente a Caixa Econômica Federal se antecipou e individualizou o atendimento. O Banco do Brasil realizou licitação para se adaptar à lei, mas, como não será possível fazer a mudança a tempo, ganhou um prazo extra do Setor de Fiscalização. Já os demais bancos não se manifestaram.

*Diário de Franca

Banrisulenses definem calendário inicial de negociação com o banco

O Comando dos Banrisulenses iniciou na tarde desta quinta-feira, 30, as negociações específicas com o Banrisul na Campanha Salarial. A pauta de reivindicações foi entregue na semana passada ao presidente do banco, Túlio Zamim, que garantiu que a instituição estará aberta ao diálogo com a representação dos trabalhadores durante a campanha.

Os dirigentes sindicais reiteraram as reivindicações da pauta específica durante a negociação, esclarecendo dúvidas dos representantes do banco e defendendo as propostas dos empregados, definidas no 20º Encontro Nacional dos Banrisulenses. 
 
O Comando e os representantes do Banrisul estabeleceram um calendário inicial de negociação, que continua na próxima semana com novas mesas separadas no dia 05 de setembro, uma sobre saúde e outra com o tema segurança, enquanto no dia 06 serão discutidos os demais itens da pauta específica, com ênfase para as questões econômicas.

A diretora da Fetrafi-RS, Denise Corrêa, destaca que o movimento sindical espera ter negociações efetivas e sérias, que gerem avanços para os trabalhadores do banco. “Temos uma participação massiva dos banrisulenses na Campanha Salarial. A nossa pauta específica agrega temas cruciais para todo o quadro de funcionários do Banrisul”, salienta a dirigente sindical.

Para o diretor da Federação, Carlos Augusto Rocha, as negociações tiveram um bom começo. “Esperamos que o banco mantenha a boa vontade ao longo de todo o processo e que atenda nossas reivindicações históricas”, ressalta o sindicalista.
 
O Banrisul foi representado na negociação pelos diretores Joel Raymundo e Ivandre de Jesus Medeiros, por Daniel Maia, diretor da Corretora Banrisul; pelo superintendente de Gestão de Pessoas, Gaspar Saikoski e pelo gerente de Gestão de Pessoas, Luiz Spader.
 
Fonte: Fetrafi-RS

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Caixa vai criar banco de investimento

A Caixa Econômica deu a largada em um plano agressivo de expansão. Pediu autorização do Banco Central para constituir um banco de investimento, começa em outubro a operar com crédito rural para a safra 2012/13 e anunciou que vai financiar exportações. Para modernização tecnológica criou, em uma sociedade da CaixaPar com a Funcef (fundo de pensão dos economiários) e a IBM, uma empresa para desenvolver a nova plataforma digital para o crédito imobiliário e adquiriu 24% da CPM Braxis, empresa do grupo francês Capgemini, segunda maior companhia de tecnologia da informação do mundo.

"Esse é um movimento estratégico. É ousadia com responsabilidade. Não é voluntarismo", disse o presidente da instituição, Jorge Hereda, ao Valor. A Caixa pretende ser um dos três maiores bancos do país em dez anos, com atuação em todas as áreas. Hoje é o quarto. Com a queda da taxa Selic - que ontem teve novo corte para 7,5% ao ano -, vislumbra-se um novo mundo onde os bancos terão de suar mais para ganhar dinheiro.

Hereda quer, com o banco de investimento, entrar no mercado de capitais, área que tem todas as condições de crescer agora que os juros estão mais baixos. Para tocar todo esse processo, ele discute mais uma capitalização do banco pelo Tesouro. Serão alguns bilhões de reais.

A joint venture com a IBM ainda não tem nome e seu estatuto estará concluído até o fim do ano. A IBM terá 51% do capital. Com controle privado, ela nasce livre das restrições impostas pela Lei de Licitações e com um contrato de R$ 1,19 bilhão com a Caixa.

Amanhã os três sócios vão aportar R$ 110 milhões para integralizar parte do capital social, que pode chegar a R$ 170 milhões. A operação foi previamente aprovada pelo Banco Central e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Com o programa da IBM em rede, o cliente da Caixa que buscar um financiamento imobiliário poderá fazer praticamente tudo por meio eletrônico e só terá de ir à agência no momento de assinar o contrato. Já a parceria com a CPM Braxis é para modernizar toda a tecnologia de informação do banco estatal.

"Quem pular na frente nesse momento vai estar em vantagem no reposicionamento do sistema bancário em um mercado de juros mais baixos", resumiu o presidente.

Fonte: Valor Econômico

Banrisulenses começam a negociar com o banco nesta quinta

As negociações específicas com o Banrisul começam nesta quinta-feira, 30, às 14h, na Direção Geral do banco, em Porto Alegre. Os banrisulenses serão representados na reunião pelos membros do Comando Nacional. A pauta de reivindicações do segmento foi entregue ao presidente da instituição, Túlio Zamin na última sexta-feira, 24.

Durante o ato de entrega o Comando dos Banrisulenses reafirmou a grande expectativa dos funcionários do Banrisul quanto às negociações específicas. Já o presidente do Banco, disse que o processo de negociação deve ser tranquilo e que o Banrisul está disposto a manter o diálogo. “Quero reafirmar nosso discurso na prática”, ressaltou Zamin na ocasião.
A pauta de reivindicações específicas dos banrisulenses foi atualizada a partir dos debates e deliberações do último Encontro Nacional, promovido no dia 18 de agosto, no Ritter Hotel, em Porto Alegre. O evento contou com a participação de funcionários e dirigentes sindicais vindos de várias regiões do país.
 
 

Fonte: Fetrafi-RS

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Bancários do HSBC realizam Dia Continental de Lutas nesta quarta

Os bancários do HSBC nas Américas realizam nesta quarta-feira (29) um Dia Continental de Lutas. A mobilização foi aprovada na 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais (Santander, HSBC, Banco do Brasil e Itaú), ocorrida em Montevidéu, no Uruguai, no mês de julho.
Os trabalhadores protestam por mais respeito aos direitos e às leis dos países em que atuam, por mais empregos e por melhores condições de trabalho, sem terceirizações nem substituições de funcionários por máquinas, e pelo fim imediato das práticas antissindicais. O jornal Rede Global Bancária está sendo distribuído pelos sindicatos aos bancários.

> Clique aqui para ler o jornal da Rede Global Bancária.

Segundo Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT e funcionário do HSBC, a mobilização dos trabalhadores no Brasil terá como foco principal a cobrança por mais empregos e melhores condições de trabalho. Também discute os problemas com os programas de remuneração variável e as questões referente a provisões para créditos em liquidação duvidosa (PDD), que comprometem a PLR e o PPR/PSV. "Além disso, também serão tratadas as inúmeras denúncias em que o banco está envolvido atualmente", afirma o dirigente sindical.

PDD

Os valores destinados para PDD aumentaram em 63,4% no primeiro semeste deste ano, atingindo a cifra de R$ 1,8 bilhão, ou seja, três vezes o valor do lucro. A PDD é um velho truque contábil usado pelos banqueiros para maquiar resultados.

No mesmo período o índice de inadimplência aumentou apenas 1,2 ponto percentual, atingindo 4,8% no semestre.

Para o Dieese, fica claro que o HSBC está usando a PDD para reduzir seus lucros no Brasil, não mantendo qualquer relação com a carteira de créditos em atraso, que deveria ser a referência para a formação destas reservas.

"É vergonhoso ver o banco se utilizar dessa possibilidade legal para diminuir o seus lucros e dos esforços sobre-humanos dos bancários para atingir metas irem para o ralo. Se isso não ocorresse, somente os valores pagos a título de PLR poderiam ser muito maiores, atingindo o teto de 2,2 salários", critica Miguel.

Emprego e condições de trabalho

Quanto ao emprego, os dados do balanço mostram que, apesar do exorbitante lucro no Brasil de R$ 602,5 milhões no primeiro semestre deste ano, o banco eliminou 1.836 postos de trabalho entre junho de 2011 e junho deste ano, na contramão da economia brasileira que gerou empregos.

"Não é à toa que as condições de trabalho estão péssimas, beirando o insuportável e a cada dia o nível de adoecimento é maior. E quando isso acontece, os funcionários ainda são discriminados e perseguidos pelo banco, como apontou a recente denúncia feita pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba ao Ministério Público do Trabalho", aponta Miguel.

O fato de a PDD ser uma das contas de despesas dos balanços, além de baixar o lucro líquido, compromete não só o pagamento da PLR da categoria bancária prevista na Convenção Coletiva de Trabalho, como pode até inviabilizar o pagamento dos programas próprios de remuneração variável, como o PPR e o PSV.

Apesar das mudanças paliativas feitas pelo HSBC para o PPR/PSV 2012, como a não compensação apenas para os gerentes entre a PLR e o seu programa próprio (PSV) e o pagamento diferenciado aos funcionários da área de atendimento das agências, com esse volume de provisionamento corre-se o risco de ao final do programa ninguém ganhar nada.

Denúncias

Somente no último mês, um número enorme de denúncias em diversas partes do mundo levou o HSBC a ser manchete de forma negativa nos principais jornais.

Nos EUA, o Senado americano apura o envolvimento do HSBC em crimes de lavagem de dinheiro do narcotráfico mexicano e ligações com o terrorismo internacional, por ocultação de operações com o Irã no montante de U$ 16 bilhões. O Banco já reservou U$ 700 milhões para pagamento de multas que serão aplicadas. Especialistas dizem que esse valor poderá atingir U$ 1 bilhão.

No México, foi aplicada multa de U$ 28 milhões, a maior da história daquele país, pelo HSBC ter sido o maior canal de transferência de dólares do México para os Estados Unidos em meados dos anos 2000.

Na Inglaterra, o banco reservou U$ 1,3 bilhão para compensar clientes pela venda enganosa de seguro de empréstimos a indivíduos e produtos de hedge de juros a pequenas empresas.

No Brasil, o HSBC é apontado como provável banco em que se movimentavam a maior parte dos recursos das empresas citadas no escândalo político ligado ao contraventor Carlinhos Cachoeira. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara já solicitou averiguação ao Banco Central.

"Ainda no Brasil, temos a espionagem feita pelo banco inglês com 164 trabalhadores afastados para tratamento de saúde, cuja apuração se encontra no Ministério Público do Trabalho do Paraná", ressalta Miguel.

Para o dirigente sindical, muitos são os episódios em que o banco se encontra totalmente fora da lei. "Não basta o executivo-chefe do HSBC, Stuart Gulliver, se lamentar ou pedir desculpas. O fato é que ninguém foi punido até o momento", conclui Miguel.

Fonte: Contraf/CUT

Homens armados arrombam banco e rendem funcionários

Homens armados com pistolas arrombaram a agência do banco Santander em Estância Velha, no Vale do Sinos. Por volta das 8h15min, três assaltantes entraram no local por uma porta dos fundos e iniciaram o roubo. O município pertence à base do Sindicato dos Bancários de Novo Hamburgo.

Minutos depois o gerente chegou ao banco e foi surpreendido pelos ladrões. O mesmo aconteceu com pelo menos outros quatro funcionários, que iam sendo rendidos a medida que chegavam para trabalhar.

Em uma hora, os assaltantes arrecadaram cerca de R$ 80 mil e fugiram pela mesma porta pela qual entraram. De acordo com a Brigada Militar ainda não se sabe o carro usado na fuga.

— Estamos tentando identificar o veículo para ampliarmos as buscas. Até o momento ainda não se tem suspeitos — afirma o tenente da BM Antônio Carlos da Rocha Ribeiro, que coordena as buscas.
 
Fonte: Zero Hora com edição da Fetrafi-RS
 

Bancários retomam negociação sobre remuneração com a Fenaban na terça

Retomadas nesta quarta-feira 29 de manhã, as negociações sobre as cláusulas econômicas da pauta de reivindicações da Campanha 2012 entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban prosseguem na próxima terça-feira 4 de setembro, às 15h, em São Paulo. No período da tarde desta quarta os dirigentes sindicais discutem com os bancos o combate ao assédio moral.

Nesta quinta-feira 30 haverá uma reunião de um grupo técnico, formado por representantes dos bancários e dos bancos, para debater as questões envolvendo os trabalhadores afastados por motivo de saúde.

A Fenaban apresentou na terça-feira 28 a proposta que prevê 6% de reajuste (aumento real de cerca de 0,7%) para todas as verbas salariais, inclusive PLR, além de avanços em relação à saúde, à segurança bancária e à igualdade de oportunidades. O Comando Nacional considerou a proposta insuficiente. Veja aqui como foi a rodada de negociação da terça-feira.

No final desta quarta-feira o Comando Nacional se reunirá para fazer uma avaliação das negociações e encaminhar os próximos passos da Campanha 2012.

Fonte: Contraf-CUT

Ministério da Saúde institui Política Nacional de Saúde do Trabalhador

A portaria que institui a Política e o Plano Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora foi publicada na sexta-feira (24), no Diário Oficial da União (DOU). Com este instrumento, o Ministério da Saúde (MS) passa a regulamentar, de maneira técnica e legal, a garantia dos direitos à qualidade salutar no ambiente profissional de todos os trabalhadores, independentemente de sua localização (urbana ou rural), de sua forma de inserção no mercado de trabalho (formal ou informal), de seu vínculo empregatício (público ou privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado) ou desempregado.

A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora se articula com a Política e o Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho, que integra ações do Ministério da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e de outros dois ministérios: Trabalho e Emprego e da Previdência Social.

"Chegamos num novo momento para a saúde do trabalhador no país. Com a publicação desta portaria - que traz as diretrizes e estratégias a serem observados nas três esferas de gestão do Sistema Único de Saúde no que se referem à saúde do trabalhador - todos os níveis de gestão estão fortalecidos pela definição desses princípios", explica Carlos Augusto Vaz de Souza, coordenador geral da Saúde do Trabalhador.

A Política Nacional de Saúde do Trabalhador foi elaborada por meio de sete princípios e diretrizes, sete objetivos e seis estratégias. E está alinhada com o conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a transversalidade das ações de saúde do trabalhador e o trabalho como um dos determinantes do processo saúde-doença.

"Sempre tivemos várias normativas, mas não havia uma política que determinasse a vigilância, a atenção integral, entre outros aspectos. Agora, temos a organização das diversas legislações em uma única fonte", reitera Carlos Augusto Vaz de Souza.

DEFINIÇÕES

A política observa os seguintes princípios e diretrizes: universalidade; integralidade; participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; descentralização; hierarquização; equidade e precaução.

Já os objetivos desta política são os de fortalecer a Vigilância em Saúde do Trabalhador e a integração com os demais componentes; promover a saúde e ambientes e processos de trabalhos saudáveis; garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador; ampliar o entendimento de que a saúde do trabalhador deve ser concebida como uma ação transversal; incorporar a categoria "trabalho" como determinante do processo saúde-doença dos indivíduos e da coletividade, incluindo-a nas análises de situação de saúde e nas ações de promoção em saúde.

Além disso, está previsto assegurar que a identificação da situação do trabalho dos usuários seja considerada nas ações e serviços de saúde do SUS e que a atividade de trabalho realizada pelas pessoas, com as suas possíveis consequências para a saúde, seja considerada no momento de cada intervenção em saúde; e certificar a qualidade da atenção à saúde do usuário do SUS.

Fonte: Agência Saúde

Contraf/CUT critica agências sem bancários do Itaú e do Bradesco

A Contraf-CUT critica o modelo de "agências do futuro" do Itaú e Bradesco que substituem bancários por robôs e sistemas de computador. Esse novo conceito de atendimento, a ser inaugurado nesta semana em unidades de São Paulo, com a utilização de alta tecnologia, ameaça o emprego da categoria e precariza ainda mais o atendimento dos clientes e da população. 

A iniciativa ocorre depois que o Itaú lucrou R$ 7,12 bilhões no primeiro semestre de 2012 e, além da política de rotatividade, fechou mais de 9.014 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses. O Bradesco, por sua vez, apurou lucro líquido de R$ 2,867 bilhões no segundo trimestre do ano, enquanto fechou 571 postos de trabalho no período.

Na contramão do emprego
"Esse novo tipo de agência está na contramão do emprego e do desenvolvimento do país, cujo objetivo é tão somente reduzir os custos e turbinar ainda mais os lucros dos bancos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

O novo conceito transforma as agências numa espécie de butique financeira, onde prevalece a exclusão do atendimento a clientes de menor renda. No Bradesco, por exemplo, não haverá caixas para pagamento de contas e, no Itaú, o caixa "físico" será mantido, mas o atendimento será exclusivo aos correntistas.

"O modelo é discriminatório e atenderá preferencialmente os clientes de maior poder aquisitivo. O chamado 'banco do futuro' parece fazer parte de um processo que já vem sendo construído para discriminar a população de baixa renda", aponta Cordeiro.

"De um lado, estimula-se a expansão dos correspondentes bancários para atender as pessoas de menor renda fora das agências e, de outro, cria-se espaços de alta tecnologia, como esses, que darão preferência aos clientes de maior renda. Está-se firmando um modelo de banco altamente excludente. Os órgãos que fiscalizam o sistema financeiro brasileiro precisam ficar atentos a esses modismos que ameaçam o futuro da categoria bancária", alerta Cordeiro.

Objetivo é turbinar lucros
O presidente da Contraf-CUT observa que o Itaú lança esse novo modelo no exato momento em que amplia o horário de atendimento de 1,5 mil agências até as 20h, sem qualquer negociação com o movimento sindical, desrespeitando milhares de funcionários do banco.

"Mais uma vez, o Itaú foca o crescimento do lucro, sem atentar para o aumento do ritmo de trabalho que a medida ocasiona e coloca em risco a vida de seus funcionários e clientes, uma vez que à noite existe mais insegurança. Isso mostra a falta de compromisso cada vez maior do Itaú com os trabalhadores e a sociedade", destaca o dirigente sindical.

Na "agência do futuro" haverá inclusive uma prateleira, que parece uma vitrine de joalheria, exibindo os produtos do banco. "Enquanto lutamos pelo emprego decente, com atendimento digno ao cliente, e cobramos do sistema financeiro que o banco cumpra seu papel social de contribuir com o desenvolvimento do país com distribuição de renda, as agências são transformadas em lojas de produtos financeiros", critica Cordeiro.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, as duas primeiras experiências serão inauguradas em shoppings da capital paulista. O Itaú abrirá as portas no shopping Villa-Lobos, enquanto o Bradesco inaugura sua unidade no JK Iguatemi. Os bancos dizem que as novidades são "incubadoras de ideias" que podem ser expandidas para o resto da rede.

Mais automação
O Bradesco transformou a agência numa viagem ao futuro, com displays por todo lado, e escalou um robô, o Link 237, para dar as boas-vindas ao cliente. Os caixas eletrônicos são paralelos à parede, de modo a garantir privacidade ao correntista.

Já no Itaú, a aposta é na estratégia adotada desde a fusão com o Unibanco, em 2008: trazer mais informalidade e ar de "lounge" à rede de atendimento. "A agência não tem mesa fixa de gerente - ela vai com o notebook aonde o cliente estiver", explica Fernando Chacon, diretor executivo do Itaú Unibanco.

No próximo ano, o Itaú deve abrir uma nova unidade nos mesmos moldes no Shopping Ibirapuera. O Bradesco investiu R$ 10 milhões nos últimos meses para desenvolver seu modelo de "agência do futuro".

Mobilização

Para essas "agências do futuro", não falta dinheiro. "Enquanto isso, o banco não amplia investimentos em segurança para proteger a vida de trabalhadores e clientes", aponta o presidente da Contraf-CUT.

"Vamos aproveitar a Campanha Nacional dos Bancários para mobilizar os bancários e sociedade e dar uma resposta aos bancos, a fim de cobrar mais empregos e um atendimento decente para os clientes, como contrapartida social diante dos lucros astronômicos", conclui Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT

Comando Nacional considera proposta de 6% da Fenaban insuficiente

Negociação continua nesta quarta-feira,29, às 10h.

O Comando Nacional dos Bancários considera insuficiente a proposta apresentada nesta terça-feira (28) pela Fenaban, que prevê 6% de reajuste (aumento real de cerca de 0,7%) para todas as verbas salariais, inclusive PLR, além de avanços em relação à saúde, à segurança bancária e à igualdade de oportunidades. As negociações sobre remuneração continuam nesta quarta-feira (29), às 10h, em São Paulo. Na quinta-feira, terão continuidade as discussões sobre saúde do trabalhador e condições de trabalho, como o combate ao assédio moral.

"A proposta dos bancos contém avanços nos temas de saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades, mas é insuficiente em relação ao índice de reajuste, ao piso e à PLR, e nada propõe sobre emprego", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Setores da economia menos dinâmicos que o sistema financeiro estão fazendo acordos com aumentos acima da inflação muito maiores do que a proposta dos bancos. Também consideramos imprescindível que sejam contempladas nossas reivindicações de garantia de emprego, de melhoria da PLR e de valorização do piso salarial." 

Em relação ao emprego, a Fenaban disse que o tema não deve ser incluído na Convenção Coletiva dos Bancários, devendo ser tratado por meio de acordos banco a banco. Assim, a Contraf-CUT enviará nesta quarta-feira carta aos seis grandes bancos nacionais (BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC), que empregam mais de 90% da categoria, para cobrar negociações específicas sobre emprego. Os bancários querem mais contratações, fim da rotatividade, proteção contra demissões imotivadas e cumprimento da jornada de 6 horas, entre outras.
O representante da Fetrafi-RS na negociação, Sandro Cheiran, enfatiza que a proposta ficou muito desproporcional aos lucros dos bancos. "Mesmo com tantos truques contábeis a lucratividade do setor continua altíssima. Esperamos que na sequência da negociação marcada para a manhã desta quarta-feira os banqueiros avancem na proposta, pois a categoria está mobilizada para enfrentar a campanha salarial", garante o dirigente sindical.

Combate ao assédio moral
Os bancos aceitaram a reivindicação dos bancários de rediscutir o instrumento de combate ao assédio moral previsto na Convenção Coletiva com adesão espontânea para bancos e sindicatos. Para os bancários, esse instrumento precisa ser avaliado, porque é insuficiente e precisa de ajustes.
O tema será discutido nesta quinta-feira entre o Comando Nacional
dos Bancários e a Fenaban, com a participação de técnicos em saúde dos dois lados.

Programa de Reabilitação Profissional
Também vai a discussão nesta quinta-feira o Programa de Reabilitação Profissional (PRP). O Comando Nacional questionou os bancos sobre a razão pela qual nenhum deles aderiu ainda ao programa, que está desde 2009 na Convenção Coletiva. Pelo acordo, cuja implementação é opcional, os bancos devem instituir programas de reabilitação, visando assegurar condições para a manutenção ou a reinserção ao trabalho do bancário com diagnóstico de adoecimento, de origem ocupacional ou não.

O que está acontecendo na prática é que a grande maioria dos trabalhadores, ao retornarem ao trabalho depois de um determinado período de afastamento, é recolocada no mesmo posto de trabalho que o adoeceu, sem nenhuma mudança nas condições e no ritmo de trabalho.

A Fenaban disse que os bancos estão rediscutindo o assunto e apresentarão uma posição sobre a adesão ainda durante o processo de negociação da campanha.

Garantia de salário para bancários afastadosTambém continuam nesta quinta as discussões sobre garantia de salário do bancário no período entre ele receber alta programada do INSS e ser considerado inapto pelo médico do trabalho dos bancos quando do retorno ao trabalho, em que ele fica hoje sem salário. A Fenaban disse que os bancos aceitam pagar o salário durante esse período, assim como nos casos de afastamento entre a licença-médica e a realização da perícia.

Também prosseguem na mesma reunião os debates sobre as Sipats. A reivindicação dos bancários é que os bancos informem os sindicatos, com prazo mínimo de 30 dias antes da realização da Sipat, a data, o tema e o local de realização.

Projeto-piloto para segurança bancária
Os bancos aceitaram a proposta do Comando Nacional de instituir um projeto-piloto conjunto para testar medidas de prevenção contra assaltos e sequestros e melhorar a segurança das agências. Eles propõem escolher uma grande cidade, definir um grupo de trabalho com especialistas em segurança e representantes do Comando Nacional e da Fenaban.

A 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Contraf-CUT, com apoio técnico do Dieese, revelou que as ocorrências cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012 e atingiram 1.261 casos em todo país, uma média assustadora de 6,92 por dia. Desses, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos.

Os representantes dos bancários também lembraram que já houve 27 assassinatos em assaltos envolvendo bancos, na sua maioria em "saidinhas" de banco, no primeiro semestre de 2012. Em todo ano passado foram 49 mortes.

Para combater essa insegurança, o Comando Nacional defende a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros (porta de segurança, câmeras de monitoramento, biombos, vidros blindados, entre outros), além de estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência.

Igualdade de oportunidades
A Fenaban também concordou com a proposta do Comando Nacional de realizar um novo censo na categoria bancária para avaliar se as medidas em defesa da igualdade de oportunidades, contidas nos planos de ação dos bancos após a divulgação do Mapa da Diversidade, estão produzindo resultados.
Pela proposta dos bancos, o novo censo será planejado em 2013 e aplicado no início de 2014.
O Comando mostrou aos bancos que os planos de ação que os bancos instituíram unilateralmente não estão produzindo efeitos positivos, uma vez que não há negros nas agências nem programas de encarreiramento das mulheres com critérios objetivos, que evitem discriminações.
Fonte: Contraf-CUT  com edição da Fetrafi-RS

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

HSBC usa truque da PDD, reduz lucro para R$ 602 milhões e corta empregos

A análise do balanço do 1º semestre de 2012 do HSBC, realizada pela subseção do Dieese da Contraf-CUT, aponta que  enquanto o lucro líquido registrado nos primeiros seis meses do ano atingiu o montante de R$ 602 milhões, com queda de 1,6% comparativamente ao mesmo período de 2011, os valores destinados para provisões para créditos em liquidação duvidosa (PDD) aumentaram em 63,4%, atingindo a cifra de R$ 1,8 bilhão, ou seja, três vezes o valor do lucro. A PDD é um velho truque contábil usado pelos banqueiros para maquiar resultados.

No mesmo período o índice de inadimplência aumentou apenas 1,2 ponto percentual, atingindo 4,8% no semestre.

Para o Dieese, fica claro que o HSBC está usando a PDD para reduzir seus lucros no Brasil, não mantendo qualquer relação com a carteira de créditos em atraso, que deveria ser a referência para a formação destas reservas.

"É vergonhoso ver o banco se utilizar dessa possibilidade legal para diminuir o seus lucros e dos esforços sobre-humanos dos bancários para atingir metas irem para o ralo. Se isso não ocorresse, somente os valores pagos a título de PLR poderiam ser muito maiores, atingindo o teto de 2,2 salários", critica Miguel Pereira, funcionário do HSBC e secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

Quanto ao emprego, os dados do balanço mostram que, apesar do lucro milionário, o banco eliminou 1.836 postos de trabalho entre junho de 2011 e junho deste ano, na contramão da economia brasileira que gerou empregos.

"Não é à toa que as condições de trabalho estão péssimas, beirando o insuportável e a cada dia o nível de adoecimento é cada vez maior. E quando isso acontece, os funcionários ainda são discriminados e perseguidos pelo banco, como apontou a recente denúncia feita pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba ao Ministério Público do Trabalho", aponta Miguel.

O fato de a PDD ser uma das contas de despesas dos balanços bancos, além de baixar o lucro líquido, compromete não só o pagamento da PLR da categoria bancária prevista na Convenção Coletiva de Trabalho, como pode até inviabilizar o pagamento dos programas próprios de remuneração variável, como o PPR e o PSV.

Apesar das mudanças paliativas feitas pelo HSBC para o PPR/PSV 2012, como a não compensação apenas para os gerentes entre a PLR e o seu programa próprio (PSV) e o pagamento diferenciado aos funcionários da área de atendimento das agências, com esse volume de provisionamento corre-se o risco de ao final do programa ninguém ganhar nada.

"Todos sabemos que o PPR/PSV é péssimo. Ele é mal dimensionado nas metas e nos valores para pagamento e, nos últimos períodos, o banco tem escolhido entre as áreas administrativas e de vendas para quem não pagar. Ano passado ofereceu empréstimo ao invés de pagar o que havia prometido. No semestre anterior a maioria dos gerentes é que não recebeu nada. Quando paga, alguns gerentes, após as compensações, recebem muito menos que os caixas, e obviamente ficam todos desmotivados", salienta Miguel.

Agora, envolto em diversas denúncias de lavagem de dinheiro nos EUA e venda irresponsável de produtos na Inglaterra, tendo de provisionar bilhões de dólares em multas, parece que a ordem da matriz em Londres é apertar ainda mais o cinto, a fim de sobrar recursos para o pagamento das multas aplicadas pelas autoridades nos EUA, México e Inglaterra, que passam dos US$ 2 bilhões.

"E o pior é que neste cenário negativo que contaminou a imagem do HSBC em todo mundo, ainda aumentaram as exigências para atingimento dos resultados, elevando os níveis de assédio moral, com a falsa promessa de ao final o funcionário receber alguma compensação financeira. E a direção da empresa ainda tenta vender a ideia que caso isso não ocorrer é por descompromisso das equipes de trabalho país a fora, o que é um absurdo", alerta o dirigente da Contraf-CUT.

"Além de desculpas, os executivos do banco deveriam cumprir os compromissos assumidos com os funcionários do banco", conclui Miguel.
 
Fonte: Contraf-CUT com Dieese

Bancários criticam ampliação do horário de agências do Itaú

O Itaú mudará o horário de atendimento ao público de inúmeras agências a partir da próxima segunda-feira (27), com abertura a partir das 9h e fechamento até às 20h. A maior parte das unidades está localizada em shoppings e corredores mais movimentados de grandes cidades. O objetivo do banco é chegar a 1,5 mil agências com horários ampliados em todo o país.

O representante dos bancários gaúchos na Comissão de Organização dos Empregados do Itaú, Antonio Augusto Borges de Borges, salienta que os sindicatos devem fiscalizar as condições de trabalho nas agências, que forem atingidas por mudanças de horário de atendimento. O dirigente sindical enfatiza a necessidade de acompanhamento do registro da jornada efetiva dos funcionários. "Os bancários do Itaú já enfrentam uma série de problemas como a sobrecarga de trabalho e o déficit de funcionários. Ficaremos atentos às novas mudanças no atendimento", reitera Guto.
 
"Vários bancários já se manifestaram contra as mudanças, que estão sendo implantadas sem qualquer diálogo prévio com o movimento sindical. O Itaú está mais uma vez desrespeitando seus trabalhadores. O sindicato é contra a nova política do banco, pois ela prejudica diretamente a vida do trabalhador, que tem outros compromissos além do trabalho e agora terá que readequar sua rotina de maneira drástica em função do banco", destaca o sindicalista.

"Não concordamos com a ampliação do horário de expediente até as 20h. Não existe demanda da sociedade para fazer essa mudança. Mais uma vez, o Itaú foca o crescimento do lucro, sem atentar para o aumento do ritmo de trabalho que a medida ocasiona e coloca em risco a vida de seus funcionários e clientes, uma vez que à noite existe mais insegurança. Isso mostra o descompromisso cada vez maior do Itaú com os trabalhadores e a sociedade", critica o funcionário do banco e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

"Além disso, a decisão foi tomada de forma unilateral pelo banco, sem qualquer discussão com o movimento sindical", aponta. "Se o Itaú quer ampliar o horário de atendimento, ele deveria atender a reivindicação histórica dos bancários, que é o expediente ao público das 9h às 18h, com dois turnos de trabalho, como forma de estender a prestação de serviços aos clientes, gerar mais empregos e melhorar as condições de trabalho", defende Cordeiro.

"Como se não bastasse, essa medida afeta a qualidade de vida do bancário, pois a noite não deve ser usada para trabalho, mas para o descanso, o lazer e convívio com a família. Há ainda muitos bancários que estudam, fazendo cursos de graduação, pós e doutorado, buscando maior qualificação profissional", observa o dirigente da Contraf-CUT.

O banco lucrou no primeiro semestre de 2012 o montante de R$ 7,12 bilhões e, mesmo assim, fechou mais de 9.014 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses. "Está na hora de o Itaú entrar no campo do desenvolvimento econômico e jogar bola para gerar empregos e contribuir com a inclusão social de milhões de brasileiros", conclui Cordeiro.

Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS
 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Caixa frustra empregados ao não apresentar soluções para jornada, Sipon e segurança

O Comando Nacional dos Bancários e a Caixa Econômica Federal realizaram nesta quinta-feira (23), em Brasília, a terceira rodada de negociação da pauta específica da campanha salarial 2012. No entanto, apesar de cobrado, o banco não apresentou qualquer contraproposta para solucionar pendências em relação à jornada, Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) e segurança bancária.

“Desde a primeira rodada de negociações, em 10 de agosto, temos apresentado propostas detalhadas para cada reivindicação da pauta específica e tínhamos a expectativa de que os negociadores da Caixa trouxessem soluções para itens como isonomia, contratação de pessoal, Saúde Caixa, condições de trabalho, carreira, jornada /Sipon, segurança bancária e questões relativas à Funcef, entre as quais a incorporação do REB pelo Novo Plano e a extensão do auxílio e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas”, afirmou Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e vice-presidente da Fenae.

Ele lembra que isto não só não aconteceu, como a Caixa limitou-se a afirmar, após o fim da terceira rodada de negociações, que irá esperar os resultados da negociação com a Fenaban (prevista para o dia 28 de agosto), em São Paulo, para só depois apresentar uma proposta global aos trabalhadores da empresa. Diante disso, Jair Ferreira observou que o resultado da negociação desta quinta-feira foi frustrante, sobretudo por não registrar nenhum avanço.

Jornada de trabalho/Sipon

Reivindicação recorrente, o respeito à jornada de seis horas para todos os empregados, inclusive os de nível gerencial e carreiras profissionais, e sem redução salarial, abriu o bloco de debates sobre jornada de trabalho e Sipon. O item foi mais uma vez negado pela Caixa, sob a alegação de que a empresa opera basicamente com duas jornadas: uma de seis horas e outra de oito para cargos comissionados e de carreiras profissionais.

Foi lembrado também à empresa que a questão do Sipon é uma das maneiras de avaliar o respeito à jornada, mas quase sempre isto não vem sendo colocado em prática. Como resultado disso, segundo Jair Ferreira, os trabalhadores estão sobrecarregados e são frequentemente vítimas de assédio moral, sofrendo com a pressão pelo cumprimento de metas abusivas. O dirigente sindical ressaltou ainda que “uma das tarefas do Sipon é mostrar a sobrecarga de trabalho a que estão submetidos os empregados com jornadas extensas no dia a dia, o que vem causando cada vez mais adoecimento no ambiente das unidades”.

Para resolver essas situações esdrúxulas, o Comando Nacional propôs na mesa de negociação, entre outras medidas, a adoção de “login único” para acesso aos sistemas corporativos, o fim do banco de horas ou a extinção do registro de horas negativas no Sipon (não previsto no acordo coletivo) e o pagamento de todas as horas extras, acrescidas de 100% das horas normais. Também foi reivindicada a adoção da “areg inteligente”, de modo a permitir que o batimento do ponto de saída ocorra apenas a partir do horário de fechamento do último sistema acessado no dia em que o ponto ficar em aberto.

Não houve avanço ainda para o item da proibição de trabalho aos sábados, domingos e feriados, exceto quando se tratar de situações em que a Caixa fica obrigada ao pagamento das horas trabalhadas com acréscimo de 100%, mais tíquete-alimentação e transporte a todos os trabalhadores envolvidos. Foi lembrado que trabalho fora do horário, mesmo por meios eletrônicos, é claramente irregular e contraria recente lei do governo federal. “Parece até que, tendo como referência situações dessa natureza, a Caixa trata seus empregados como meras peças de um tabuleiro. Isto agride, inclusive, o principio largamente difundido de ser a empresa a melhor para se trabalhar”, disse Jair Ferreira.

Foram citados os exemplos dos feirões da casa própria em finais de semana, cuja realização não está devidamente regulamentada. Sobre esse assunto, a empresa alegou não ter como proibir, argumentando que vem cumprindo o que determina a legislação, até quanto ao pagamento de horas extras. O certo, porém, é que a Caixa resiste a fazer esse debate com a seriedade necessária.

A denúncia de que em Salvador gestores estão sendo convocados a trabalhar neste fim de semana (25 e 26 de agosto), com o propósito de ajudar empresas de construção civil, ficou de apurada pela Caixa para eventuais providências.

Por outro lado, caso a Caixa não se comprometa a acabar com o registro de horas negativas no Sipon, além de outras questões relativas à jornada que prejudicam seus empregados, o Comando afirmou categoricamente que não pretende mais renovar essa cláusula no acordo coletivo deste ano. Outra coisa: a compensação das horas trabalhadas a mais precisa ser feita de forma negociada, pois isto é condição para a renovação da cláusula.

Sobre o “login único”, a Caixa informou que o sistema está sendo revisto. A previsão é de que a medida seja implantada a partir do início do ano de 2013. A empresa esclareceu ainda que o bloqueio de acesso motivado por falta de homologação do gestor ou decorrente de hora extra não acordado não se constitui mais em problema, por já ter sido resolvido.

Para a reivindicação de o ponto ser batido independentemente de qualquer restrição, os negociadores da Caixa ficaram de verificar como isto poderá ser feito.

Universidade Caixa
O Comando reivindicou a realização dos cursos da Universidade Caixa dentro da jornada de trabalho, obrigatoriamente, cabendo ainda à empresa disponibilizar locais e equipamentos adequados, sem abrir mão de planejamento, de forma a assegurar a igualdade a todos os trabalhadores.

A Caixa, porém, não dispõe de informações detalhadas sobre o quantitativo de empregados que fizeram os cursos da UCC até agora, ficando de apresentar os números quanto a esse item na próxima rodada de negociação.

Segurança bancária
A Caixa recusou a atender a proposta de criação de estruturas de segurança em todos os estados, compatíveis com as demandas locais e de modo a impedir a existência de regiões desprotegidas, como ocorre hoje.

Alegou, para isso, que o atual modelo de segurança, formado por nove filiais e por 84 consultores espalhados pelas Superintendências Regionais, é suficiente para as necessidades da empresa. A expansão está descartada, portanto, mas o banco pensa em investir em outras modalidades de segurança.

Para combater a onda de clonagem de cartão, recorrente em vários lugares do país, a Caixa afirmou que pretende adotar medidas “inovadoras” para evitar essas fraudes eletrônicas. Disse, inclusive, que já estão instaladas câmaras internas de monitoramento em mais de 2.704 unidades, com o objetivo de verificar os chamados chupas-cabras nas máquinas de autoatendimento.

O Comando, por outro lado, cobrou a imediata instalação de biombos nos guichês de caixa e penhor, separando os clientes durante o atendimento, nos moldes da lei municipal existente na cidade de Jundiaí (SP). A medida é vista como necessária para combater os chamados crimes de “saidinha de banco”, cada vez mais comum no sistema financeiro.

Foi solicitada que seja estendida aos gestores de todo o país a marcação de ponto, a exemplo do que já acontece na cidade de São Paulo.

A retomada da implantação do modelo “Agência Segura” também foi reivindicada. Nesse quesito, a Caixa limitou-se a dizer que esse projeto não está paralisado, mas o Comando lembrou aos representantes da empresa que nada de concreto está sendo viabilizado pelo país. “A Caixa precisa dispor de uma política que leve em conta a segurança de empregados e clientes, resgatando assim a discussão do projeto de Agência Segura. Os gestores não devem ter autonomia para decidir sobre assunto da maior relevância”, cobrou Plínio Pavão, diretor da Contraf/CUT.

Diante dessas cobranças, a Caixa assumiu o compromisso de discutir melhor essa questão com as áreas pertinentes.

A Caixa se negou ainda a atender reivindicações como a que prevê a instalação de portas de segurança com detectores de metais na entrada das unidades, antes das salas de autoatendimento. A empresa também alega dificuldades em proibir o atendimento prévio na parte externa das unidades, argumentando para isso que precisa discutir melhor o assunto internamente.

Outro item que a Caixa considera complicado de atender é o da não-responsabilização civil dos empregados em caso de fraudes ou golpes de terceiros contra o banco. Os representantes dos bancários esclareceram que não se trata de inocentar o empregado por princípio, mas sim de não imputá-lo responsabilidade civil, como vem ocorrendo com freqüência.

Também foi negada a isenção de tarifas para TED e DOC nos casos de saques do FGTS, precatórios e alvarás judiciais, sob a alegação de que essa cobrança é da responsabilidade exclusiva do Banco Central. A cobrança de tarifas para as operações de transferências, segundo a empresa, é feita apenas entre bancos distintos e não entre agências de uma mesma instituição.

A Caixa se nega ainda a apresentar ao movimento sindical e às entidades representativas relatórios sobre estatísticas das ocorrências de assaltos, furtos ou outros delitos ocorridos em suas agências e postos de correspondentes bancários. A reivindicação está baseada no fato de que os ataques a todos os bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012, atingindo 1.261 ocorrências em todo o país.

O Comando cobrou que esse debate seja feito na mesa específica de negociações, mas a Caixa alegou não ser possível a apresentação dos relatórios, dado que essas informações são repassadas diretamente à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a quem cabe definir as medidas necessárias em negociação com os representantes dos bancários.

Avaliação
A representação nacional dos empregados avalia que a ausência de proposta decente, para o desfecho das negociações específicas da campanha salarial 2012, deve ser respondida com mobilização. Isto é visto como fundamental para que sejam atendidas as expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às suas reivindicações específicas como em relação aos itens gerais tratados na mesa da Fenaban.

Segundo Jair Pedro Ferreira, da CEE/Caixa e da Fenae, “os empregados estão dispostos a seguir com a luta na campanha salarial deste ano, não só por aumento real e PLR digna, mas também por valorização do piso, isonomia, contratação de mais empregados, saúde e condições de trabalho, Funcef/Prevhab, tíquete dos aposentados, respeito à jornada/Sipon e por medidas efetivas de segurança bancária”. O momento, segundo ele, é de mostrar nossa força.
 
Fonte: Agência Fenae

Rodada é concluída e Fenaban fará proposta global dia 28

Comando defende reivindicações da minuta, incluindo reajuste de 10,25%.

Ao final da terceira rodada de negociações da Campanha 2012, realizada nesta quarta-feira, 22, em São Paulo, os bancos informaram que apresentarão na próxima terça-feira, dia 28, às 10h, uma proposta global para as demandas da categoria. "Será um presente para o Dia dos Bancários", disseram os banqueiros. O Comando Nacional defendeu as reivindicações sobre remuneração da minuta geral da categoria, incluindo o reajuste de 10,25%.

"Deixamos claro aos bancos que a categoria tem a expectativa de que, além do aumento real, valorização do piso e melhoria da PLR, a proposta contemple as reivindicações sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades", ressalta Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Ao longo da negociação os bancários destacaram o aumento nos lucros dos bancos mesmo com o exagero nos provisionamentos para devedores duvidosos. O Comando também lembrou os bônus milionários pagos aos altos executivos e os salários muito baixos recebidos pelos bancários brasileiros comparados com outros países da América Latina.
 
“Como tem sido a praxe nas negociações, os banqueiros ouviram nossas propostas,contestaram nossos números e argumentaram que o momento atual é pior que o ano passado. Nós rebatemos cobrando o uso de "truques" contábeis e de provisionamentos que diminuem a PLR e os programas próprios de remuneração. Somente uma proposta que englobe além do aumento real e a valorização do piso, as questões de saúde, emprego e segurança será aceita pelos bancários e bancárias. A campanha tem sido muito dinâmica e a categoria espera uma proposta decente ouirá à greve”, salienta o representante da Fetrafi-RS no Comando Nacional, Sandro Cheiran.
 
Detalhes da negociação

O Comando insistiu que o aumento real e a valorização do piso são questões indispensáveis para o fechamento da campanha. os bancários também reivindicaram a inclusão da 13ª cesta-refeição e auxilio creche/babá para os aposentados. Os representantes da Fenaban disseram que os bancos não querem manter vínculo com os aposentados e que estes não são temas para a CCT.
Sobre  os auxílios, ficam garantidos os que já existem sem ampliação de prazos e/ou valores, com aplicação do possível reajuste. Para a Fenaban, questões como auxilio-educação consistem em políticas internas de cada banco.
 
Em relação ao PCS/PCC, os bancos dizem não há motivo para debate. Para a Fenaban, este também é um tema específico para cada banco.

Os bancos aceitam discutir a questão do parcelamento do adiantamento de férias, mas querem avaliar melhor o impacto que isso teria no conjunto do acordo. O Comando sustenta que a medida iria gerar baixo custo aos bancos e não aceita trocar este benefício por outra questão já convencionada.
 
Os bancos não aceitam discutir a questão do salário substituto.

Com relação à PLR, os banqueiros querem manter o mesmo formato de 2011, com os mesmos parâmetros e aplicando os índices de reajustes. Os bancários cobraram o fim dos “truques” contábeis e de provisionamento que diminuem a PLR e os programas próprios de remuneração. Assim Bradesco, Santander e HSBC pagarão menos na regra adicional do que no ano passado.
 
Veja as principais reivindicações dos bancários sobre remuneração:

* Reajuste salarial de 10,25% (reposição da inflação mais 5% de aumento real).
* PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
* Piso salarial de R$ 2.416,38 (salário mínimo do Dieese).
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
* Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
* Auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-refeição e 13ª cesta-alimentação: R$ 622,00 (salário mínimo nacional).
 
O Comando Nacional dos Bancários iniciou reunião de avaliação do processo de negociação. Divulgaremos mais informações ao final da reunião.

Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS

Fetrafi-RS divulga a nova composição Comando dos Banrisulenses 2012/2013

A Fetrafi-RS divulgou nesta quarta-feira, 22, a nominata oficial do Comando Nacional dos Banrisulenses. A composição foi eleita em uma chapa de unidade, no final do 20º Encontro Nacional dos Banrisulenses, realizado no último sábado, 18, no Ritter Hotel, em Porto Alegre. A nominata contempla de forma proporcional as representações que estavam no encontro. Na ocasião também foram escolhidos os representantes dos funcionários do Banrisul nas Comissões de Saúde e Segurança.
 
O Comando é o fórum específico de organização e deliberação dos banrisulenses, responsável pelo encaminhamento das demandas do segmento e pelas negociações específicas durante a Campanha Salarial.

O primeiro compromisso da nova gestão do Comando será a entrega da pauta específica de reivindicações dos banrisulenses ao presidente do banco Túlio Zamin. A entrega foi agendada para a próxima sexta-feira, 24, à tarde, na Direção Geral do banco, em horário a confirmar.
 
Confira a nova composição do Comando dos Banrisulenses
Titulares:
1) Ana Maria Betim Furquim (Sindicato dos Bancários de Vale do Paranhana)
2) Carlos Augusto Oliveira Rocha (Fetrafi-RS/ Sindicato dos Bancários de Alegrete)
3) Carlos Henrique de Almeida (Porto Alegre)
4) Carlos Sica (Sindicato dos Bancários de Pelotas)
5) Claudete Genuíno Marocco (SindBancários Porto Alegre)
6) Cleberson Pacheco Eichholz (Florianópolis/SC)
7) Daniela Amoretti Finkler (Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul)
8) Denise Falkenberg Corrêa (Fetrafi-RS/S Sindicato dos Bancários de Pelotas)
9) Jorge Almir da Silva Paz (SindBancários Porto Alegre)
10) Luciano Fetzner Barcellos (SindBancários Porto Alegre)
11) Paulo Antonio Leandro Chaves (Sindicato dos Bancários de Rio Grande)
12) Rejane Michaelsen Farias (Porto Alegre)
13) Rosane dos Santos Aquino (Sindicato dos Bancários de Santa Cruz do Sul)
14) Selvino Welter (Sindicato dos Bancários de Horizontina)
15) Sérgio Rogério Hoff(Porto legre)
16) Vitor Luiz da Silva Moreira (SindBancários Porto Alegre)
Suplentes:
1) Balduíno Gabriel Kohl Nangelen (Sindicato dos Bancários de Cruz Alta)
2) Bartira Ferreira de Ferreira (Sindicato dos Bancários de Rio Pardo)
3) Carlos José Marcos (Sindicato dos Bancários de Passo Fundo)
4) Carmen Gema Zanchet (Sindicato dos Bancários de Guaporé)
5) Celso Moisés Bortoluzzi (Sindicato dos Bancários de Frederico Westphalen)
6) Cesar Vinicius do Couto Lopes (Rio de Janeiro)
7) Cezar Augusto Vieira de Oliveira (Porto Alegre)
8) Diego Weidemann Rache Vitello (Porto Alegre)
9) Gerson Marques dos Reis (Porto Alegre)
10) Guilherme da Silva Marques (Porto Alegre)
11) Hilda Teixeira (SEEB Rio Grande)
12) José Guilherme Boninsegna da Nóbrega (Porto Alegre)
13) Madeleine Pizzini Weitikiewic (Porto Alegre)
14) Margarete Zamberlan Thomasi (SEEB Santa Maria)
15) Milena de Cássia Silva de Oliveira (SindBancários Porto Alegre)
16) Nilton Paulo Leite Dias (Sindicato dos Bancários de Bagé)
 
Comissão de Saúde dos Banrisulenses
Titulares:
1) Analise Mastrantonio (Sindicato dos Bancários de Pelotas)
2) Carmen Gema Zanchet (Sindicato dos Bancários de Guaporé)
3) Claudete Genuíno Marocco (SindBancários/Porto Alegre)
4) Renato Luis Battistel (SindBancários/Porto Alegre)
5) Vitor Luiz da Silva Moreira (SindBancários/Porto Alegre)
Suplentes:
1) Ana Maria Betim Furquim (Sindicato dos Bancários do Vale do Paranhana)
2) Antonio Tadeu Menezes (SEEB Santa Maria)
3) Carmen Narcisa Dalmaso (Sindicato dos Bancários de Santo Ângelo)
4) Edmilson Walmir P. do Amaral (Santiago)
5) Jorge Almir da Silva Paz (Porto Alegre)
Comissão de Segurança dos Banrisulenses
Titulares:
1) Carlos Rogério Teixeira (SindBancários/Porto Alegre)
2) José Joel Freitas da Luz (Sindicato dos Bancários de Alegrete)
3) Márcia Dresch de Oliveira (SindBancários/Porto Alegre)
Suplentes:
1) Gerson Marques dos Reis (Porto Alegre)
2) Maria de Fátima Souza Barcelos (Sindicato dos Bancários de Santa Maria)
3) Luiz Renato Serrasol Pascal (SindBancários/Porto Alegre)
 

Fonte: Fetrafi-RS
Foto: Marisane Pereira - Mtb/RS9519

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Com lucros acima de R$ 25 bi, bancos podem atender pauta dos bancários

Sistema financeiro lucra com prestação de serviços e tarifas.

Os balanços dos seis maiores bancos que atuam no país mostram um lucro líquido conjunto de R$ 25,2 bilhões no primeiro semestre deste ano, 1,20% maior que o resultado em igual período de 2011, mesmo com a manobra contábil de superdimensionar as provisões para devedores duvidosos diante de uma inadimplência estável e com viés de queda.
"Os bancos usaram o truque de maquiar os balanços para esconder o lucro, mas mesmo assim os resultados foram superiores aos do ano passado. Isso mostra que o sistema financeiro nacional passou longe da crise e está mais sólido do que nunca, principalmente em razão do aumento da produtividade dos trabalhadores", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. "Não há, portanto, nenhuma razão para os bancos não atenderem às reivindicações da categoria."

Entre junho de 2011 e junho deste ano, segundo o Banco Central, a inadimplência cresceu apenas 0,7 pontos percentuais na média do setor financeiro e aponta tendência de queda no próximo período.

Veja na tabela como foi a variação da inadimplência do Itaú, do Banco do Brasil, do Bradesco, da Caixa, do Santander e do HSBC. Apesar disso, eles aumentaram de forma descabida as provisões para devedores duvidosos.

O Itaú, por exemplo, provisionou o equivalente a uma vez e meia o lucro líquido do período. O provisionamento do BB chegou a quase duas vezes o lucro líquido, o Santander duas vezes e meia e o HSBC mais de três vezes.

"Isso significa que os lucros reais dos bancos têm sido ainda maiores do que estão divulgando nos balanços. Um dos objetivos desse truque é reduzir a PLR dos bancários", diz Carlos Cordeiro.

O sistema financeiro também aumentou os ganhos com receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias, que cobrem com muita folga as folhas de pagamento de todos os bancos (veja na tabela abaixo).

Pisos baixos X remuneração milionária dos executivos

Os bancos que operam no Brasil são os mais rentáveis do mundo, remuneram seus executivos com bônus milionários, mas pagam salários mais baixos que vários países da América do Sul.

Pesquisa realizada pela Contraf-CUT junto a entidades sindicais da América do Sul mostra que, em 2010, o piso salarial dos bancários brasileiros era de R$ 1.250,00, o equivalente a US$ 735 (ou 6,1 dólares a hora trabalhada). No Uruguai, o piso salarial do bancário era US$ 1.039 (8 dólares a hora) e na Argentina era quase o dobro dos brasileiros: US$ 1.432 (9,8 dólares por hora).
Em contrapartida, a remuneração dos altos executivos do sistema financeiro está entre os mais altos do mundo.

A remuneração do Bradesco para os altos executivos chegou a R$ 4,24 milhões na média. E o Itaú remunerou seus diretores estatutários com R$ 14,14 milhões na média. Importante ressaltar que, exceto o Santander, nenhum desses bancos informou quanto os administradores embolsaram em 2011 com os ganhos em ações.

"Aqui no Brasil estão os maiores lucros dos bancos, inclusive dos estrangeiros, e as maiores remunerações dos executivos. Por que os salários dos bancários brasileiros estão entre os piores?", questiona Carlos Cordeiro. "São práticas absurdas como essas que tornam o Brasil um dos 12 países com a pior concentração de renda do mundo, ao mesmo tempo em que ostenta o sexto lugar no ranking das maiores economias. É inadmissível que isso continue."

Rotatividade corta empregos e reduz remuneração

Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) realizada trimestralmente pela Contraf-CUT e Dieese mostra que o setor bancário gerou 2.350 empregos no primeiro semestre de 2012, uma redução de 80,40% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram criadas 11.978 vagas.

O levantamento revela que entre janeiro e junho os bancos contrataram 23.336 empregados e desligaram 20.986.

Já a remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.708,70 e a dos desligados de R$ 4.193,22, o que representa uma diferença de 35,40%. Na economia brasileira, como um todo, a diferença entre a média salarial dos contratados é 7% inferior à média salarial dos demitidos.

É por isso que, apesar de a categoria bancária conquistar com luta 13,9% de aumento real no salário e de 31,7% no piso salarial de 2004 a 2011, nesse mesmo período o salário médio do bancário brasileiro teve ganho acima da inflação de apenas 3,64%.

O instrumento da rotatividade é um truque que os bancos usam para reduzir a massa salarial da categoria.

"Essa alta rotatividade nos bancos é uma jabuticaba, na medida em que só existe no Brasil, sendo utilizada para travar a expansão da massa salarial e aumentar ainda mais os lucros", denuncia Cordeiro. "Por isso a garantia de emprego contra demissões imotivadas é outra reivindicação importante da campanha nacional deste ano."
 
Fonte: Contraf-CUT

Comando Nacional dos Bancários negocia jornada, Sipon e segurança bancária com Caixa

Rodada será em Brasília, nesta quinta a partir das 14h.

Com assessoria da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), o Comando Nacional dos Bancários se reúne nesta quinta-feira, dia 23, às 14h, em Brasília, com a direção da Caixa Econômica Federal, para a terceira rodada de negociação da pauta específica da campanha salarial 2012. Os destaques, dessa vez, são as reivindicações sobre jornada de trabalho, Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) e segurança bancária, além de outros temas. A diretora do SindBancários e titular da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Rachel Weber, participará da negociação.

As duas rodadas anteriores, nos dias 10 e 17 de agosto, em Brasília, ocorreram sem o registro de qualquer avanço. Nessas ocasiões, por exemplo, foram discutidas questões relativas à Funcef e aposentados, isonomia de direitos, carreira, contratação de pessoal, representação dos empregados no Conselho de Administração, saúde do trabalhador, Saúde Caixa e condições de trabalho.

Jornada de trabalho e Sipon
  • Adoção e respeito à jornada de seis horas para todos os empregados, inclusive os de nível gerencial e carreiras profissionais, sem redução salarial.
  • Registro obrigatório de ponto para todos os empregados, inclusive os de nível gerencial.
  • Fim das horas extras sistemáticas.
  • Pagamento de todas as horas extras acrescidas de 100% da hora normal.
  • Pagamento das horas “in itinere” nos casos de viagem a serviço da Caixa, com os seguintes critérios: a) como hora normal trabalhada no período das 6h às 22h em dias úteis; b) como hora extra no período noturno e em finais de semana ou feriados.
  • Extinção do registro de horas negativas no Sipon e do bloqueio de acesso motivado por falta de homologação do gestor ou decorrente de hora extra não acordada, bem como adoção de login único para acesso aos sistemas corporativos.
  • Realização de cursos da UCC obrigatoriamente dentro da jornada de trabalho, com disponibilização de local e equipamento adequados, além de planejamento, de forma a garantir a igualdade a todos os empregados.
  • Proibição de trabalho aos sábados, domingos e feriados, exceto quando se tratar das situações previstas nos artigos 61 e 62 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ocasiões em que a Caixa fica obrigada ao pagamento das horas trabalhadas com acréscimo de 100%, mais tíquete-alimentação e transporte a todos os trabalhadores envolvidos.

Segurança bancária
  • Criação de estrutura de segurança em todos os estados, compatíveis com as demandas locais.
  • Instalação de divisórias entre os guichês de caixa e penhor, separando os clientes durante o atendimento, nos moldes da lei municipal existente em Jundiaí (SP).
  • Instalação de biombo que impeça a visualização das operações efetuadas nos caixas pelo público, sem impedir a visão dos caixas.
  • Implantação das portas de segurança com detectores de metais na entrada das agências, antes das salas de auto-atendimento.
  • Retomada da implantação do modelo “Agência Segura”.
  • Proibição do transporte de valores por empregados da Caixa.
  • Proibição do atendimento prévio na parte externa das unidades.
  • Obrigatoriedade de apresentação de relatório para as entidades sindicais e representativas dos empregados sobre estatísticas das ocorrências de assaltos, furtos e outros delitos ocorridos em agências da Caixa e correspondentes bancários.
  • Isenção de tarifas para TED e DOC nos casos de saque do FGHTS, precatórios e alvarás judiciais, como forma de prevenção de ações criminosas denominadas ‘saidinha de banco’.
  • Abertura de agência somente com o total cumprimento do plano de segurança homologado pela Polícia Federal.
  • Aperfeiçoamento da crítica nos sistemas e aplicativos, impedindo operações em desacordo com os manuais normativos, reduzindo os riscos de fraude.
 
Fonte: Fenae

Negociação sobre igualdade emperra; Comando propõe projeto de segurança

Reunião continua nesta quarta-feira com o tema remuneração.

Na abertura da terceira rodada de negociações da Campanha 2012, realizada nesta terça-feira, 21, com a Fenaban, em São Paulo, não houve avanços em relação às reivindicações apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários sobre igualdade de oportunidades nas empresas. Na discussão sobre segurança bancária, os representantes dos bancos disseram que consultarão seus superiores sobre proposta do Comando de elaboração de projeto-piloto conjunto para prevenir assaltos e sequestros.

As negociações continuam nesta quarta-feira 22, das 9h às 13h, agora para debater remuneração, o último tema da pauta de reivindicações.

“Os bancos têm a obrigação de investir pesado na segurança dos bancários, clientes e usuários, pois a cada ano que passa os lucros aumentam e a contrapartida na área fica bem aquém do crescimento. Sobre o Plano Piloto proposto pelo Comando e aparentemente recebido com simpatia pela Fenaban, é necessário ter cautela e aguardar o desenrolar das negociações para admitir isto como um avanço”, destaca o representante da Fetrafi-RS no Comando Nacional, Sandro Cheiran.

Segurança bancária
O Comando Nacional apresentou as principais preocupações da categoria com relação à segurança bancária, tema que interessa também aos vigilantes, aos clientes e à sociedade. Os representantes dos bancários mostraram os dados da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Contraf-CUT, com apoio técnico do Dieese, a partir de notícias da imprensa, estatísticas de Secretarias de Segurança Pública (SSP) e os levantamentos de sindicatos e federações de vigilantes e bancários.

Segundo a pesquisa, os ataques a bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012 e atingiram 1.261 ocorrências em todo país, uma média assustadora de 6,92 por dia. Desses casos, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos.

Os representantes dos bancários também lembraram que já houve 27 assassinatos em assaltos envolvendo bancos, na sua maioria em "saidinhas de banco", no primeiro semestre de 2012. Em todo ano passado foram 49 mortes em todo país.

Para combater essa insegurança, o Comando Nacional defende a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos como a porta giratória e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões, estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.

"Nos últimos anos tivemos avanços nas negociações, mas insuficientes diante dos graves problemas de segurança que atingem bancários, vigilantes e clientes. É preciso avançar mais e proteger a vida das pessoas. Os bancos têm que investir mais em segurança", afirmou Ademir Wiederkehr, diretor de imprensa da Contraf-CUT.

No primeiro semestre, os cinco maiores bancos lucraram R$ 24,6 bilhões e aplicaram R$ 1,5 bilhão em despesas de segurança e vigilância, o que representa somente 6% em comparação aos lucros.

"Cobramos também o fim da discriminação contra vigilantes que em diversos estados não podem utilizar o espaço de refeição de agências no horário do meio-dia para almoçar, segundo denúncia da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV)", destaca Ademir. Reportagem da TV Goiânia divulgada no site da Contraf-CUT mostra vigilantes almoçando no banheiro, ao lado de um vaso sanitário, de uma agência do Banco do Brasil. Os representantes dos bancos nada comentaram.

O Comando propôs a elaboração conjunta de um projeto-piloto, em cidade ou região a ser definida, para experimentar propostas dos bancários para a melhoria da segurança, como portas de segurança, biombos e fim da guarda das chaves por bancários e vigilantes, dentre outras demandas. Os negociadores da Fenaban se comprometeram a levar a proposta para apreciação dos bancos e que disseram que trarão uma resposta até o final da campanha nacional.

"Achamos que essa é uma ideia pioneira e um passo positivo nas negociações", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Igualdade de oportunidades
O Comando Nacional reivindicou da Fenaban a inclusão na Convenção Coletiva dos Bancários dos planos de ação dos bancos de combate às discriminações, elaborados a partir do Mapa da Diversidade. Defendeu também a realização de um novo censo na categoria para avaliar se as medidas em defesa da igualdade de oportunidades estão produzindo resultados. Os bancos, no entanto, recusaram todas as propostas.

"Mostramos que os planos de ação que os bancos instituíram unilateralmente não estão produzindo efeitos positivos, uma vez que não vemos negros nas agências nem programas de encarreiramento das mulheres com critérios objetivos, que evitem discriminações", aponta Deise Recoaro, secretária de Mulheres da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS).

O Comando ainda propôs a inclusão dos planos de ação dos bancos na Convenção Coletiva, mas a Fenaban rechaçou a proposta, afirmando que isso "engessaria" as iniciativas das empresas.

"O Mapa da Diversidade fez uma boa radiografia das discriminações nos locais de trabalho, mas precisa ser acompanhado de ações concretas de promoção da igualdade de oportunidades", acrescenta Carlos Cordeiro.

Remuneração
A terceira rodada das negociações da Campanha Nacional 2012 prossegue nesta quarta-feira, das 9h às 13h, com o tema remuneração em todas as suas dimensões para debater as reivindicações da categoria:

> Remuneração fixa direta: reajuste salarial de 10,25%, piso de R$ 2.416,38, Plano de Cargos e Salários, salário do substituto, parcelamento do adiantamento de férias e gratificações.

> Remuneração indireta: auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-creche/babá, vale-transporte, auxílio-educação.

> Remuneração variável: PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. Os bancários reivindicam também a contratação total da remuneração, incluindo a renda variável.
 

Fonte: Contraf-CUT com edição da Fetrafi-RS

Propostas dos bancários estão na mesa, mas BB não apresenta soluções

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, realizou nesta segunda-feira (20), em São Paulo, a segunda rodada de negociação da pauta específica do funcionalismo com a direção do BB. O banco não apresentou nenhuma solução para melhorias do Plano de Carreira e Remuneração (PCR) e Planos de Comissões.
 
"Temos apresentado, desde a primeira rodada de negociações, propostas detalhadas para cada ponto de reivindicação e nossa expectativa era de que o BB trouxesse soluções para melhorias na carreira do trabalhador, incluindo piso maior, jornada de seis horas para todos, soluções para os caixas executivos e CABB, fim dos descomissionamentos e tratamento isonômico para os trabalhadores, independentemente da origem, seja pré ou pós 1998 ou de bancos incorporados. Nossa reivindicação é que todos saiam desta campanha nas mesmas condições", defende William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador nacional da Comissão de Empresa do BB.

No entanto, o BB afirmou que irá esperar os resultados da negociação dos bancários com a Fenaban para só depois apresentar uma proposta global aos trabalhadores do banco. "Os resultados desta segunda rodada foram decepcionantes. Não é verdade que o banco não possa fazer propostas para as questões específicas. O BB está com as reivindicações dos bancários desde 1º de agosto e não consegue nenhum avanço. Não é à toa que a Contraf-CUT está chamando os bancários a se mobilizarem em todo o país", afirma William.

"Estamos cobrando que o BB mude a postura que mantém há nove anos de trazer propostas apenas após a greve. Este é o momento de o banco mudar esse espírito para que possamos encontrar soluções na mesa de negociação", salienta o dirigente sindical.

Pontos fundamentais
O conjunto dos problemas da vida funcional dos bancários do BB passa por soluções apresentadas nos artigos 3 e 18 da minuta de reivindicações que tratam do PCR e Planos de Comissões, e que envolvem 100% dos trabalhadores. "Justamente por tratar de assuntos como piso, jornada, melhoria na carreira de mérito e como adquirir as letras M, esses artigos protegem o trabalhador e sua vida laboral", aponta William.

"Em termos de carreira não é possível seguir sem melhorias que passem pelas discussões feitas nestes três dias. Todos os problemas de assédio moral e fraudes generalizadas na empresa passam por falta de critérios e respeito para se manter e crescer na carreira. Queremos restabelecidos critérios de remoção automática sem discriminação e concorrência sem travas, pois hoje apenas cresce na empresa quem é conhecido de gestores e quem se arrisca além dos normativos para cumprimento de metas e os bancários não concordam com isso", destaca o dirigente da Contraf-CUT.

Reivindicações
Entre os pontos apresentados pelo Comando estão as seguintes propostas: seleção interna para comissionamento, fim da perda de funções/descomissionamentos, volta dos caixas executivos para dotações das agências e inclusão na carreira de mérito para os caixas, fim das travas para concorrência e remoção automática, fim da perda de função por licenças e afastamentos, direito à adesão Cassi/Previ para todos, mudança nos comitês de ética para que tenha renovação da cláusula, assinatura da cláusula de Combate ao Assédio Moral da convenção coletiva firmada com a Fenaban e fim do voto de minerva na Previ.

Em relação à remuneração e carreira:
- aumento do piso, interstício de 6% e diminuição do tempo para aquisição das letras de mérito;
- PLR (modelo debatido na Fenaban), sendo que qualquer modelo aditivo à Fenaban não terá vínculo com o programa Sinergia BB;
- pontuação de mérito para caixas e escriturários;
- VR para os caixas executivos e aumento no valor da gratificação de função;
- efetivação dos caixas e que todos pertençam às dotações das agências;
- gratificação de função de 55% para atendentes CABB, unificação dos atendentes A e B e tirar a trava de remoção (pela natureza do trabalho).

Sem redução de direitos
O banco chegou a sugerir a possibilidade de reduzir o número de dirigentes sindicais bancários e prazos para descomissionar funcionários. “Não vamos assinar nenhum tipo de acordo com retirada de direitos. É absurdo que mais de 40% do funcionalismo esteja adoecido devido ao assédio moral e às metas inatingíveis. O que o banco está pedindo é uma carta branca para praticar mais violência organizacional contra os funcionários”, destaca o representante dos bancários gaúchos na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Júlio Vivian.
 
Bom pra todos
Os bancários reivindicam o fim dos truques que envolvem o Bom pra Todos. "É necessário que o banco tome medidas sérias para impedir que gestores obriguem os bancários a praticar venda casada entre outras fraudes, constrangendo os trabalhadores e aumentando a pressão por metas", alerta William. "As tarifas devem ser reduzidas, pois para se ter direito a taxas menores do programa gasta-se mais de R$ 400", completa.

Ameaças
A Contraf-CUT condena a atitude de gestores do banco que estão fazendo reuniões nos locais de trabalho para ameaçar funcionários sobre participação na greve. "Cobramos um posicionamento da direção do BB, uma vez que apostamos na mesa de negociação e esse terrorismo nada contribui para a construção de propostas para um bom acordo", destaca William.

Mobilização
A Comissão de Empresa, que assessora o Comando nas negociações com o BB, levará sugestão de Dia Nacional de Luta à reunião de avaliação do Comando Nacional, que deve acontecer nesta quarta-feira (22) após a negociação com a Fenaban.

Para William, todos os trabalhadores devem intensificar os processos de mobilização, principalmente o segmento comissionado, que hoje é mais da metade da categoria, participando das atividades que estão sendo organizadas pelos sindicatos em todo país.

Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS

Ataques a bancos no Rio Grande do Sul crescem 39% em 2012

Centésima ocorrência foi registrada em Passo Fundo.

No domingo, o Rio Grande do Sul contabilizou o 100º ataque a banco ou caixas eletrônicos no ano de 2012. Em Passo Fundo, no Norte, assaltantes tentaram furtar um terminal usando maçaricos. Eles fugiram sem conseguir levar nada. Na segunda-feira, o 101º ataque ocorreu em Cacequi, na região central do Estado. Também utilizando maçaricos, ladrões arrombaram um cofre do Banco do Brasil.
 
Os ataques aumentaram 39% se comparado ao período de janeiro a agosto do ano passado, conforme levantamento realizado pela Rádio Gaúcha. Desde 2009, quando a Gaúcha começou o estudo, 2012 foi o ano em que mais rápido o 100º caso foi contabilizado. A média atual é menor do que dois ataques a cada cinco dias.

O uso de maçaricos e o de explosivos representam a metade dos ataques a bancos em 2012. Inclusive, estas duas modalidades registram aumento neste ano. Porto Alegre aparece como a campeã no número de ocorrências (24), quase a metade dos 51 ataques registrados na Região Metropolitana.

Outra preferência dos ladrões são os municípios com menos de 20 mil habitantes. Um em cada quatro ataques são registrados nestas localidades. Por terem uma quantidade menor de policiais civis e militares, estes municípios chamam a atenção dos bandidos.

Segundo o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, a corporação realiza uma parceria com a polícia catarinense e mapeia os grupos que atuam em solo gaúcho. Além disso, o policiamento nestas regiões é adequado para os crimes corriqueiros. Para combater os ataques, o comandante destinou o Batalhão de Operações Especiais (BOE) para atuar em ações preventivas.

O titular da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) Juliano Ferreira acredita que a disseminação do conhecimento entre as quadrilhas sobre os ataques com explosivos e maçaricos estão relacionados com o aumento das ocorrências.

Se a média for mantida, o Rio Grande do Sul deve terminar o ano com 155 ataques a bancos e caixas eletrônicos, 26 casos a mais do que o total de 2011, quando o recorde de ataques foi atingido desde 2009.

A 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, por outro lado, aponta que no primeiro semestre de 2012 foram 51 ataques, entre arrombamentos e assaltos. O número representaria um aumento de 8,51% comparado ao mesmo período de 2011.
 
Fonte: RD Gaúcha

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

20° Encontro Nacional debate campanha salarial dos banrisulenses

Fetrafi-RS e sindicatos filiados reuniram neste sábado 195 banrisulenses, vindos de todo o país para a 20ª edição do Encontro Nacional dos Banrisulenses. O evento, realizado no Ritter Hotel, em Porto Alegre, debateu a atualização da pauta específica dos banrisulenses, que será entregue à direção do banco na Campanha Salarial 2012.

Integraram a mesa de abertura do Encontro os diretores da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha e Denise Corrêa; o presidente do SindBancários, Mauro Salles; o secretário de Imprensa da Contraf/CUT, Ademir Wiederkehr; o diretor Administrativo da Afaban, Ledir José Gamba; o diretor de Seguridade Social da Fundação Banrisul, Fábio Alves; o presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo e o presidente do Banrisul, Túlio Zamin.

O diretor da Federação, Carlos Augusto Rocha abriu os pronunciamentos da mesa, destacando que os banrisulenses começam mais uma campanha salarial, dispostos a encarar a luta por melhores condições de trabalho e remuneração. “Temos ainda dois desafios muito importantes na atualidade, que sempre integraram nossa pauta histórica de reivindicações, que são o novo plano de carreira e as mudanças estruturais na Fundação Banrisul. Estes dois instrumentos são essenciais para dar condições de evolução na carreira, para a valorização dos funcionários e a garantia de uma aposentadoria tranquila”, enfatiza Rocha.

O presidente do SindBancários, Mauro Salles, disse que os banrisulenses têm o compromisso de debater e compreender o momento de possibilidades e desafios que representa a Campanha Salarial. “Teremos que organizar os banrisulenses para enfrentar o processo de negociação com a Fenaban, porque a campanha salarial tende a chegar no momento de definição já em meados de setembro. Muitas vezes, os bancos tendem a se esconder atrás da crise, usando o truque do provisionamento, sem o qual os lucros seriam muito maiores. Por outro lado temos o debate sobre o plano de carreira e a discussão da pauta específica, que vai nortear o processo de negociação com o Banrisul”, salienta o sindicalista.

Mauro Salles ainda reafirmou a importância da unidade dos bancários para garantir avanços na campanha salarial. “Não podemos aceitar que interesses individuais ou de alguns grupos, se sobreponham aos interesses coletivos dos banrisulenses. Temos que sair daqui lado a lado, conversando com os colegas e construindo a unidade que vai nos levar a uma campanha vitoriosa”.

O presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo, elogiou a grande participação feminina no evento e a importância dos banrisulenses na campanha salarial. “O Banrisul emprega um terço da categoria bancária no Rio Grande do Sul. Vejam o peso deste segmento na campanha salarial. Temos muita expectativa quando o banco é público, porque se espera uma postura diferenciada, com nível de responsabilidade maior. Esperamos que o banco cumpra uma função social diferente do sistema financeiro privado”, desafia o presidente da CUT/RS.

Ledir José Gamba, presidente da Afaban, disse que a inserção de todos os segmentos de funcionários nas discussões da campanha é importante. “Logo ali adiante todos que estão aqui estarão ao nosso lado, como aposentados, vivenciando os mesmos problemas. Por isso temos que resolver as questões da Fundação Banrisul, para garantir uma aposentadoria digna a todos os funcionários do Banrisul”, argumenta.

Já o diretor de Seguridade Social da Fundação Banrisul, Fábio Alves, destacou o intenso cronograma de seminários, que estão sendo promovidos pela FBSS, a fim de ampliar a participação dos banrisulenses no debate dos problemas enfrentados pelo fundo. “Estamos indo a todas as regiões do estado para conversar com as pessoas, muitas vezes pela primeira vez. Vamos fazer este debate nos meses de agosto e setembro. Esta medida reitera a responsabilidade e o esforço da atual gestão da Fundação Banrisul para resolver nossos problemas”, conclui Fábio Alves.

“O Banrisul é um dos cinco bancos sobreviventes, que resistiram às privatizações”, observou o secretário de Imprensa da Contraf/CUT, Ademir Wiederkehr. Para o dirigente sindical, a preservação dos bancos públicos, que garantem 45% do crédito concedido no país, é fundamental. “Temos todas as condições para fazer uma grande campanha salarial, garantindo conquistas para a categoria e a valorização de cada bancário que constrói a lucratividade do setor”, analisa Ademir.

O dirigente da Contraf/CUT ainda criticou a baixa criação de empregos no sistema financeiro, que representa apenas 0,46% das vagas geradas no país. Ademir também defende a inclusão bancária, a qualificação do atendimento prestado à população e a melhoria das condições de saúde, segurança e remuneração nos bancos. “Além da nossa campanha salarial, queremos realizar uma conferência nacional sobre o sistema financeiro, envolvendo toda a sociedade, para discutir o papel dos bancos no país”, finaliza.
O presidente do Banrisul, Túlio Zamin , reiterou a disposição da direção do banco de manter o diálogo com os trabalhadores durante a campanha salarial. “A nossa prática não vai mudar, queremos reafirmar este compromisso, porque não queremos fugir da responsabilidade”, afirma Zamin.

Zamin reconhece que a elaboração do novo plano de carreira e a resolução dos problemas da Fundação Banrisul são prioridades e atingem todo o quadro. “Todos nós temos algum tipo de responsabilidade. Não está faltando coragem para fazer este debate”, garante o presidente do Banrisul. O presidente disse novamente que o atual modelo de plano de carreira não serve. “Estou convencido de que precisamos fazer isto com calma. São temas pesados, mas importantes para o nosso futuro. Eu não tenho a menor dúvida de que nós todos crescemos e que daremos passos importantes que serão registrados na história da categoria”, ressalta o presidente.

A diretora da Fetrafi-RS, Denise Corrêa, encerrou as manifestações de abertura do evento destacando que que os banrisulenses têm maturidade e organização pra enfrentar os desafios propostos. “A nossa pauta específica é muito democrática porque contempla os colegas que chegaram antes, os que chegaram agora e os colegas aposentados. Com unidade e disposição vamos avançar e conquistar melhores condições de trabalho e remuneração, sem perder de vista que trabalhamos num banco público e estatal, que deve continuar assim”, finalizou.
 
Após a mesa de abertura, a programação do Encontro continuou com a apresentação do economista Alex Leonardi, assessor técnico da Subseção do Dieese/Fetrafi-RS sobre o tema “Conjuntura Econômica, Mercado de Trabalho e Desempenho dos Bancos”.
 
Fonte: Fetrafi-RS