quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SindBancários proíbe que segurança privada do HSBC faça filmagens da greve

          Não bastasse a tentativa de enfraquecer a greve dos bancários com o uso do interdito proibitório, os seguranças privados do HSBC foram para as agências e começaram a registrar imagens da movimentação desta quarta-feira, dia 6. Ao tomar conhecimento dos fatos, o SindBancários condenou tal atitude e não autorizou a filmagens dos piquetes.
         O diretor Jurídico do SindBancários e funcionário do HSBC, Lúcio Mauro Paz, entrou em contato com o banco proibindo a captação de imagens e sons dos grevistas. “A intenção é registrar nossa greve para buscar obter o interdito na Justiça. Não precisa filmar, uma vez que as salas de autoatendimento são equipadas com câmeras. Nossa greve é pacífica e não estamos obstruindo o ingresso de ninguém aos caixas eletrônicos”, informou o diretor.
         O interdito proibitório
         O expediente jurídico usado pelos bancos para atacar os bancários e seus sindicatos é da época da ditadura militar. É o chamado interdito proibitório. Não se baseia numa lei trabalhista, não tem a ver com relações entre empregados e empregadores, greves ou negociações. Apesar disto, vem sendo sistematicamente usado para tentar inibir as greves da categoria bancária.
        A finalidade verdadeira do interdito é outra. É geralmente concedido pela Justiça em conflitos da área rural para garantir aos proprietários a posse de terras ameaçadas de serem ocupadas. O interdito proíbe, ainda, grandes movimentações no entorno da propriedade, determinando, para isto, multas pesadas aos que desobedecerem à ordem judicial.
        Os bancos se utilizam de um artifício para inibir as greves, entrando com pedidos de interdito proibitório, como se a posse das agências estivesse ameaçada pela greve dos bancários. E solicita que os sindicatos sejam punidos com multas.
Fonte: Imprensa/SindBancários

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