quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Convenção Coletiva de Trabalho 2010/2011 será assinada nesta quarta-feira

          A Campanha Salarial 2010 será selada nesta quarta-feira (20) com a assinatura do instrumento nacional da categoria que é a Convenção Coletiva de Trabalho 2010/2011. A CCT abrange toda categoria e é aplicada na sua totalidade aos bancos privados e Banrisul, sendo que o Banco do Brasil e a Caixa cumprem algumas cláusulas. A partir desta assinatura os Acordos Coletivos de Trabalho do BB e Caixa serão aditados a CCT 2010/2011 com suas especificidades.
          A assinatura do documento ocorre às 15h, em São Paulo. A CCT agrega as cláusulas acordadas durante a Campanha, ao final de seis rodadas de negociação realizadas pelo Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.
         A Campanha Salarial 2010 foi encerrada na semana passada, após apresentação de novas propostas da Fenaban, Banco do Brasil e Caixa. Com isso, os trabalhadores do setor financeiro garantiram 7,5% de aumento sobre as verbas de natureza salarial (para os salários de até R$ 5.250) e aumento real nos pisos de 16,33%.
        A partir da assinatura da CCT, os bancos terão prazo de até 10 dias corridos para efetuar o pagamento da antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Assim, haverá o crédito de 60% da regra básica da PLR que corresponde a 54% do salário mais R$ 660,48, com teto de R$ 4.308,60.
        Para o diretor da Fetrafi-RS, Arnoni Hanke, que participou das rodadas de negociação com a Fenaban, a categoria atingiu seus principais objetivos. “Nossa principal conquista foi a mobilização que levou à maior greve dos últimos vinte anos. Diante deste movimento não restou alternativa à Fenaban, senão recuar e melhorar a proposta”, observa o dirigente.
        Confira a íntegra da proposta da Fenaban:
● Reajuste de 7,5% (o que representa aumento real de 3,1%) para quem ganha até R$ 5.250.
● R$ 393,75 ou reajuste de 4,29% (inflação do período) para os salários superiores a R$ 5.250 - o que for mais vantajoso para os bancários.
● Reajuste de 16,33% (aumento real de 11,54%) nos pisos salariais, que ficariam assim:
- Portaria: R$ 870,84.
- Escritório: R$ 1.250,00.
- Caixa: R$ 1.709,00 (reajuste de 13,82%)
● PLR:
- Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181.
- Parcela adicional : 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 2.400,00.
- Isso significa que na regra básica o reajuste é de 7,5% e na parcela adicional de 14,28%. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 15.798.
- Antecipação da PLR: 60% da regra básica mais 50% da parcela adicional até 10 dias corridos após a assinatura da Convenção Coletiva.
● Gratificação de caixa: R$ 311,67.
● Outras verbas de caixa após 90 dias: R$ 147,38.
● Adicional tempo de serviço: R$ 17,83.
● Gratificação de compensador de cheques: R$ 101,56.
● Auxílio-refeição: R$ 18,15.
● Auxílio-cesta alimentação: R$ 311,08.
● 13ª cesta-alimentação: 311,08.
● Auxílio-creche/babá: Concessão de R$ 261,00 para novos beneficiados por um período de 71 meses, com adequação à nova legislação sobre o ensino fundamental (6 anos de idade a partir de 2011). Quem já recebe o auxílio terá um aumento de 7,5% (R$ 223,54), sendo que as diferenças serão pagas a partir dos 61 meses. Os bancários que já ultrapassaram os 71 meses de benefício continuarão recebendo normalmente até os 83 meses o valor de 223,54.
● Auxílio-funeral: R$ 599,61.
● Ajuda deslocamento noturno: R$ 62,59.
● Indenização por morte/incapacidade decorrente de assalto: R$ 89.413,79.
● Requalificação profissional: R$ 893,63.
● Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, que inclui definição de mecanismos de combate ao assédio moral, a serem implementados mediante adesão voluntária dos sindicatos e dos bancos por meio de acordo aditivo.
● Compensação dos dias parados no prazo entre a data da assinatura da Convenção Coletiva e 15 de dezembro de 2010, nos mesmos moldes do ano passado.
● Segurança bancária:
- No caso de assalto, atendimento médico ou psicológico logo após o ocorrido.
- O banco registrará BO em caso de assalto, tentativa e sequestro.
- Possibilidade de realocação para outra agência ao bancário vítima de sequestro.
- Apresentação semestral de estatísticas nacionais sobre assaltos e ataques na Comissão Bipartite de Segurança Bancária.
Fonte: Imprensa Fetrafi-RS

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