Imagem: Fetrafi/RS |
A categoria bancária entrou com força total na greve em todo o Brasil no dia 29 de setembro, demonstrando aos banqueiros sua insatisfação com os baixos salários e o assédio moral. Mesmo enfrentando o setor mais poderoso do país, os bancários não se intimidaram e com uma greve de 15 dias garantiram a valorização dos pisos e ganhos reais tanto nos bancos públicos quanto privados.
Ao longo das campanhas salariais dos últimos 11 anos, os trabalhadores de bancos privados conseguiram aumento real em seis oportunidades, sendo duas em 2004 e 2005. Já para quem trabalha no Banco do Brasil e na Caixa, a história foi diferente. Durante os anos FHC, esses trabalhadores nunca conquistaram aumento real, muitas vezes, sequer tiveram aumento. Os funcionários do BB amargaram com um reajuste de 0% de 1996 até 1999. No caso da Caixa, os empregados também sofreram com a estagnação salarial em 1996 e 1997 e depois de 1999 até 2001.
Segundo dados do Dieese, as perdas salariais acumuladas pelos bancários do BB durante o período de 1995 até 2002 foram de -42,88%, enquanto os empregados da Caixa acumularam -49,64%. Embora tenham sido conquistados aumentos reais nas últimas campanhas salariais, as perdas acumuladas naquele período ainda refletem sobre os salários dos trabalhadores destes segmentos do sistema financeiro.
Na campanha salarial deste ano, a valorização dos salários iniciais, os pisos, foi diferente nos bancos públicos e privados. Na Fenaban a categoria conquistou reajuste de 16,33% nos pisos após 90 dias de contratação. Na Caixa o piso salarial recebeu reajuste de 12,74% (R$ 1.600); no Banco do Brasil de 12,99% (1.600) e no Banrisul o reajuste foi de 8,81% (R$1.262,05).
Os demais salários acima do piso tiveram o reajuste de 7,5% com teto de R$ 5.250 na Fenaban. No caso dos bancos públicos Caixa, BB e Banrisul, o reajuste foi concedido de maneira linear, sem limite de teto.
Fonte: Imprensa Fetrafi-RS
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