terça-feira, 1 de outubro de 2013

Após dois anos, Bradesco ainda desconhecia rotina de assédio moral

Em mediação ocorrida na última sexta-feira, 27, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/RS, em Porto Alegre, representantes do Bradesco negaram ter conhecimento sobre os abusos cometidos pela gestora da agência de Lajeado contra colegas. As inúmeras situações de assédio moral e todo o tipo de constrangimentos foram denunciados por bancários à direção do Sindicato, que realizou reuniões com os trabalhadores e comunicou os fatos ao Diretor Regional do Bradesco, Francisco Júnior.

A mediação contou com as presenças do diretor da Fetrafi-RS, Luiz Carlos Barbosa; do presidente doSindicato dos Bancários de Lajeado, Edson Antonio Leidens; do funcionário do Bradesco, Marco Reckziegel e dos representantes da instituição financeira, Onivaldo Zangiacomo, advogado; e Norberto Piamolini, gerente regional.

Durante a reunião, os sindicalistas reafirmaram a conduta omissa do Bradesco diante das graves situações relatadas por funcionários ao longo dos últimos dois anos. De acordo com os trabalhadores, a gerente da unidade de Lajeado apresenta conduta abusiva, tratando a todos com desrespeito. Além disso, a gestora costuma perseguir, assediar e ameaçar funcionários, inclusive na presença de clientes.

O advogado do banco negou ter qualquer conhecimento sobre as denúncias relatadas, enquanto o gerente regional do Bradesco, salientou que o código de ética da instituição tem por fundamento apoiar e respeitar os funcionários. O executivo alega que a conduta da gerente em questão não tem anuência do banco.

O funcionário da agência de Lajeado, Marco Reckziegel, que está afastado devido a problemas de saúde, relatou na mediação que foi vítima de assédio moral diversas vezes. O bancário disse que a gestora o chamou de incompetente na frente de clientes e colegas de trabalho. Além disso, a gerente fez ameaças de demissão ao funcionário e de perseguição no futuro caso ele denunciasse o assédio. Segundo o bancário, o comportamento violento da gestora não se restringe a ele, mas também aos demais colegas, que sofrem todo tipo de humilhação diariamente.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários, a rotina de violência psíquica no trabalho já levou funcionários da unidade a pedirem demissão ou se afastarem das atividades, devido à depressão e outras doenças de caráter emocional.

O diretor da Fetrafi-RS, Luiz Carlos Barbosa, destaca que conduta do Bradesco é inadmissível, diante dos fatos graves denunciados à instituição. “Esperamos que o banco saia imediatamente da condição confortável de ‘desavisado’ e tome as medidas administrativas necessárias para o fim do assédio moral na agência. Por outro lado, é lamentável que a negligência do Gerente Regional, Francisco Júnior, tenha permitido que esta situação se repetisse por um longo período”, afirma do sindicalista.

Fonte: Imprensa/Fetrafi-RS

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