quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Empregados e Caixa iniciam negociações da pauta específica da campanha salarial 2013

Comando Nacional dos Bancários e a Caixa Econômica Federal iniciaram na tarde da última sexta-feira (9), em Brasília, as negociações acerca da pauta de reivindicações especificas para a campanha salarial 2013. A representação dos trabalhadores tem coordenação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e participação de integrantes da Comissão Executiva Nacional dos Empregados (CEE/Caixa).

A rodada de negociações abordou cláusulas relativas à saúde do trabalhador, ao plano Saúde Caixa e às condições de trabalho.

Porém, antes de iniciar o debate dos itens da pauta, o Comando cobrou da empresa solução para questões ainda pendentes, a exemplo dos casos de descomissionamentos de dirigentes sindicais ocorridos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e de empecilhos colocados à distribuição de material das entidades associativas e sindicais em determinadas unidades da cidade de São Paulo, todos tidos como prática antissindical.

Os representantes dos empregados cobraram ainda que a Caixa reveja sua posição de considerar como falta o dia não trabalhado em 11 de julho último, em razão da greve nacional convocada pelas centrais sindicais.

Saúde do trabalhador 
Nos debates sobre saúde, o Comando defendeu a criação de unidades específicas para Saúde do Trabalhador e Saúde Caixa, com estruturas técnica e administrativa compatíveis com suas atribuições, sendo, no mínimo, uma por estado. Cobrou o reconhecimento das atividades de tesoureiro, avaliador de penhor e caixa como insalubres, a extensão da pausa de 10 minutos a cada 50 trabalhadores a todos os bancários que atendem público ou trabalham com entrada de dados e a manutenção da titularidade e complementação salarial referente ao CTVA para afastados por motivo de saúde, enquanto perdurar o afastamento.

Os representantes dos empregados argumentaram ainda em favor do custeio integral pela Caixa do tratamento das doenças do trabalho, inclusive para aposentados por invalidez por acidente de trabalho, e em defesa da extensão da licença-aleitamento para mães com crianças de até um ano.

O Comando cobrou da Caixa procedimentos de efetivo combate a todas as formas de violência organizacional, sobretudo no que se refere ao assédio moral e ao assédio sexual. A imposição de metas e as pressões por resultados foram taxadas pelos representantes dos empregados como exercício do assédio moral.

Saúde Caixa
 
Nos debates sobre Saúde Caixa, os representantes dos empregados propuseram a utilização do resultado anual para melhorias no plano, bem como o ressarcimento do valor integral dos procedimentos, em localidades em que não haja profissionais credenciados.

O Comando reforçou a cobrança de transformação do caráter do Conselho de Usuários de consultivo para deliberativo e defendeu a o fortalecimento dos comitês de acompanhamento da rede credenciada.

A defesa da extensão do Saúde Caixa para as pessoas que se aposentaram por PADV foi feita, uma vez mais, pelo presidente da Federação Nacional dos Aposentados, Décio de Carvalho, representante do segmento na mesa de negociação. Na oportunidade, o dirigente cobrou ainda informação da empresa sobre a busca de solução para os mais de quinze anos de congelamento dos benefícios pagos pelo INSS aos aposentados pelo chamado Plano de Melhoria de Proventos e Pensões (PMPP).

Os representantes da Caixa asseguraram que a extensão do plano aos aposentados por PADV está sendo avaliada e que a conclusão deve sair ainda em agosto. Sobre o PMPP, a informação é de que a Caixa adotou como procedimento acionar a Câmara de Arbitragem da Advocacia Geral da União (AGU), para trazer o INSS para a discussão do assunto.

Condições de trabalho
 
As representações dos empregados apresentaram à Caixa e exigência de que a abertura de novas unidades se dê somente com a estrutura física, de segurança e ergonomia necessárias ao atendimento adequado da população. Cobraram também o fortalecimento das estruturas das Gilogs para o atendimento das demandas existentes.

Para o Comando Nacional, a melhoria das condições de trabalho exige o aumento do número mínimo de empregados por agência. Foram reivindicados também dois tesoureiros por unidade, em dois turnos de trabalho, e no mínimo um TBN na retaguarda, por unidade.

A segunda rodada de negociação da pauta de reivindicações específicas para a campanha salarial 2013 dos empregados da Caixa ficou agendada para o dia 19 de agosto. “Essa mesa sobre temas específicos é importante porque temos muitas coisas para resolver com a Caixa e a hora de começar a pressão é agora, com mobilização por todo o país”, ressaltou Fabiana Uehara Proscholdt, representante da Contraf/CUT nas negociações.

Fonte: Fenae

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