terça-feira, 2 de outubro de 2012

Bancários assinam Convenção Coletiva com a Fenaban nesta terça, 02

A Contraf-CUT, as federações e os sindicatos vão assinar com a Fenaban nesta terça-feira 2 de outubro, em São Paulo, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2012/2013. O acordo foi aprovado pelas assembleias realizadas em todo o país no dia 26 de setembro, depois de uma greve nacional de nove dias. O evento ocorre às 17h, no Hotel Maksoud Plaza. O representante da Fetrafi-RS no Comando Nacional, Sandro Cheiran, irá acompanhar o ato de assinatura.  As datas das assinaturas dos acordos aditivos da Caixa e do Banco Brasil ainda não foram agendadas.

"A assinatura é um ato de celebração depois de mais uma campanha vitoriosa, em que os bancários deram outra prova de sua capacidade de mobilização e de unidade, fundamentais para a conquista de novos avanços para a categoria, como o aumento real pelo nono ano consecutivo, valorização do piso e PLR maior, além de melhorias na saúde, segurança e igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Este ano o acordo se reveste de uma simbologia especial, uma vez que estamos completando 20 anos da assinatura da primeira Convenção Coletiva, conquista história dos bancários que é hoje parâmetro para todos os trabalhadores dos outros setores", acrescenta Carlos Cordeiro.


Aumento real de 2%
A Convenção Coletiva garante reajuste salarial de 7,5%, correspondendo a aumento real de 2%, com valorização ainda maior nos pisos de ingresso, que serão reajustados em 8,5% (ganho real de 2,95%).

Assim, o salário inicial do escriturário, por exemplo, passa de R$ 1.400 para R$ 1.519. Vale lembrar que o reajuste acaba refletindo também em férias, 13º salário, Fundo de Garantia, entre outras conquistas. Veja abaixo exemplos por faixa salarial:

 
Reajuste Salarial por faixa salarial (R$)
Salário
Reajuste
Salário com reajuste
Aumento mensal absoluto
1.400,00
8,5%
1.519,00
119,00
1.900,36
8,2%
2.056,89
156,53
2.170,00
8,5%
2.354,45
184,45
2.500,00
7,5%
2.687,50
187,50
3.000,00
7,5%
3.225,00
225,00
3.500,00
7,5%
3.762,50
262,50
4.000,00
7,5%
4.300,00
300,00
4.500,00
7,5%
4.837,50
337,50
5.000,00
7,5%
5.375,00
375,00
6.000,00
7,5%
6.450,00
450,00
7.000,00
7,5%
7.525,00
525,00
8.000,00
7,5%
8.600,00
600,00
 
Parte fixa da PLR tem reajuste de 10%
Pela Convenção, que é retroativa a 1º de setembro e vigorará até 31 de agosto de 2013, a PLR corresponderá a 90% do salário mais o valor fixo de R$ 1.540. Dessa forma, o valor fixo foi reajustado em 10% em relação ao ano passado.

A parcela adicional da PLR, que corresponde à distribuição linear de 2% do lucro líquido entre os bancários, também teve o teto reajustado em 10%, passando de até R$ 2.800 para até R$ 3.080. Esse valor é creditado sem desconto dos programas próprios de remuneração dos bancos.

Piso tem 2,95% de ganho real
A valorização dos trabalhadores a partir do momento que ingressam na categoria é uma importante reivindicação, mais uma vez conquistada na campanha nacional deste ano. A valorização do piso, além disso, é uma forma de combater a rotatividade no sistema financeiro, pois serve para inibir a troca de trabalhadores apenas para economizar com salários.

Vales refeição e alimentação maiores

Da mesma forma que os pisos, os vales refeição e alimentação e a 13ª cesta-alimentação tiveram reajuste de 8,5%. O auxílio creche-babá subiu 7,5%.
  
Avanços sociais
No tema saúde dos trabalhadores, a Convenção Coletiva conterá cláusula garantindo os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica sejam mantidos pelos bancos até que seja regularizada a situação junto ao INSS. Há inúmeros casos em que o trabalhador recebe a alta programada do INSS, mas acaba sendo considerado inapto no exame de retorno ao trabalho realizado pelos bancos, ficando sem benefício do INSS e sem salário.

O acordo com a Fenaban também inclui a implementação de um projeto-piloto para experimentar medidas defendidas pelos bancários e vigilantes para a melhoria da segurança nos bancos, como portas de segurança, biombos entre a fila e os caixas, e divisórias entre os caixas, inclusive os eletrônicos, dentre outras demandas.

Os bancos aceitaram ainda a proposta de realizar um novo censo na categoria para verificar questões como gênero e raça, na perspectiva da igualdade de oportunidades, nos moldes do Mapa da Diversidade, feito em 2008.

 
Fonte: Contraf/CUT com edição da Fetrafi-RS

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