Apesar de reconhecer a importância dos funcionários no aumento da lucratividade obtida pelo banco, o diretor condena a expectativa de reconhecimento fomentada pelo movimento sindical durante a Campanha Salarial. Segundo o representante do BB, o aumento do valor destinado à PLR e da quantia que é distribuída aos acionistas da empresa, assim como os novos investimentos necessários à expansão do banco, não viabilizam a concessão de benefícios aos funcionários, de maneira proporcional ao crescimento financeiro da instituição. Ao longo da carta, o BB também destaca que não há sobras no lucro do banco e que qualquer benefício significa aumento “no dispêndio” da empresa. O banco ainda aproveita para atrelar as suas argumentações a preocupação do Governo em relação às contas públicas.
Ao final da carta, o BB, “convida” os “colegas” a terem um olhar mais amplo, observando o que foi “conquistado” nos últimos anos.
O diretor da Fetrafi-RS, Ronaldo Zeni enfatiza que a Diretoria do BB usa argumentos contraditórios em sua manifestação. “O banco tenta vender a ideia de que atendeu a pauta dos trabalhadores, mas isto é um equívoco. Temos reivindicações represadas quanto à jornada de trabalho de 6h para todos; PCS e PCR; garantia da manutenção da comissão para os bancários afastados em licença-saúde; critérios de comissionamento e descomissionamento; auxílio-educação e o fim do assédio moral. Estes itens não foram apresentados na lista de ‘conquistas’ citada pelo banco”, explica Zeni.
O dirigente sindical também destaca que as conquistas obtidas nos últimos anos não foram fruto do acaso. “O Banco do Brasil não deu nada de graça aos funcionários. Todos nós sabemos o que tivemos que enfrentar para avançar em cada cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho. Além disso, as conquistas só vieram a ser concretizadas porque os funcionários do BB tiveram um papel fundamental nas campanhas salarial, muitas vezes assumindo a vanguarda nas greves da categoria”, explica Zeni.
Para o sindicalista, a carta enviada ao funcionalismo do BB não passa de mais uma manobra a fim de desmobilizar os trabalhadores. “Temos que encarar esta mensagem do banco de maneira inversa, como um incentivo à luta coletiva. Nossa resposta à sutil argumentação do BB será uma mobilização maior do que a promovida em 2010. Estamos junto com a categoria bancária nesta campanha salarial e só vamos parar quando nossos objetivos gerais e objetivos forem atingidos”, finaliza Ronaldo Zeni.
Fonte: Imprensa Fetrafi-RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário